Câncer de Próstata - o que precisamos saber sobre a nutrição

A próstata é a glândula do sistema reprodutor masculino que produz e guarda parte do fluido seminal. No Brasil, esse é o segundo tipo de câncer de maior ocorrência entre os homens. Tem como fatores de risco a idade avançada (é considerado um câncer do envelhecimento), histórico familiar (genética), excesso de peso, sedentarismo e má alimentação.

A prevenção do câncer de próstata deve começar cedo com prática de atividade física, redução do consumo de álcool e gordura saturada, manutenção do peso saudável. Compostos bioativos da dieta devem ser incluídos rotineiramente como o licopeno, presente no tomate, na melancia e na goiaba. O licopeno possui propriedades antiinflamatórias e reduz o processo oxidativo protegendo as células da próstata.

Bebidas ricas em catequinas como chá verde, preto, branco, oolong e hibiscos também reduzem o risco de câncer de próstata e outros tipos de câncer. Outro chá interessante é o chá de casca de romã. A fruta romã em si também pode ser consumida pura, em saladas, iogurtes ou como suco. Contém polifenóis como punicalagina e antocianinas com propriedades antioxidantes. Estes polifenóis também suprimem genes e proteínas que levariam ao crescimento e progressão de células cancerígenas (Turrini, Ferruzzi & Fimognari, 2015).

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Novembro azul - dieta na prevenção do câncer de próstata

O câncer de próstata ocorre quando as células desta glândula diferenciam-se, multiplicando-se sem controle. Entre os sintomas estão dor, dificuldade para urinar e disfunção erétil. O diagnóstico é feito por exame físico, avaliação dos níveis do antígeno prostático específico (PSA) e biópsia.

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Estudos recentes se focam no potencial das fibras na prevenção e para o controle  da doença. A pectina, fibra encontrada em ums série de frutas, reduz em até 40% o risco deste tipo de câncer. Vegetais ricos em sulforafano, como o brócolis também exercem o mesmo efeito. E mais: o efeito do brócolis é potencializado em contato com o licopeno, dos tomates e de outros alimentos.

Fatores de risco para o câncer de próstata incluem genética, alimentação rica em gorduras e carnes, pobre em legumes, verduras e frutas, sedentarismo e obesidade. Os sintomas aparecem em estágios mais avançados da doença e incluem aumento ou endurecimento da próstata e dificuldade de urinar.

Homens asiáticos possuem a prevalência de câncer de próstata 10 vezes menor do que entre homens ocidentais. Uma das razões é que não existe o hábito do consumo de leites e derivados na Ásia. Já por aqui existe o tal cafezinho com leite, acompanhado de pão com manteiga, queijo, pão de queijo, bolos...

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Outra razão é que é grande o consumo de chá verde em países como Japão, China, Bangladesh e Indonésia. O chá verde é fonte de catequinas que parecem proteger o DNA das células da próstata reduzindo a proliferação de tumores.

Pesquisa de 2013 mostrou que as a dieta saudável também reduz a formação de novas veias no tumor já instalado. Desta forma, a célula cancerígena fica sem energia e não consegue crescer. O ideal é então ingerir cerca de 5 porções de frutas e verduras ao dia e substituir os carboidratos simples por carboidratos complexos e integrais.

O câncer de próstata pode ser curado quando ainda está pequeno e restrito à próstata. Se identificado já em estádio avançado, o risco de sobrevida do paciente é menor. Portanto, o diagnóstico precoce é fundamental no controle e cura da doença.

O tratamento do câncer pode envolver cirurgia, radioterapia ou quimioterapia. A escolha do melhor procedimento é feito pelo oncologista com base na localização, estágio, tamanho do tumor, além de características individuais do paciente. 

Após o tratamento os pacientes devem continuar monitorando os níveis de PSA. A recorrência (volta) do câncer pode ocorrer com novo aumento do PSA. Pacientes que reduzem o consumo de carnes, laticínios e cereais refinados e aumentam o consumo de vegetais, frutas e legumes (Saxe et al., 2006Saxe et al., 2009).

O consumo de ômega-6 também deve ser reduzido, já que a partir destes é produzido ácido araquidônico, o qual aumenta a inflamação local e estimula o crescimento das células cancerígenas. O ômega-6 é encontrado no óleo de soja, milho e soja, no frango, ovos, carne vermelha e embutidos (salsicha, linguiça etc). Já o ômega-3 precisa ser aumentado. Está presente na linhaça e óleo de linhaça, chia, óleo de peixe e óleo de krill. Para dosagens consulte seu nutricionista clínico.

Pacientes com câncer: a troca de leite por whey é benéfica

Pacientes que adoram um leite precisam ter mais cuidado. O leite e o queijo estimulam muito a secreção de IGF-1 e a proliferação celular. O whey tem um efeito muito mais brando neste sentido (Melnik et al., 2012). Estudos também mostram que o whey ajuda a evitar a caquexia do câncer. Por isso, se está fazendo tratamento contra o câncer, indico que troque seu leite por uma proteína vegana neutra sem corantes ou um whey isolado sem corantes.

Opções de whey isolado sem corantes e sabor neutro:

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Recomendações no tratamento do câncer de próstata

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O câncer de próstata é um tipo de tumor que acomete principalmente homens maduros (6 a cada 10 casos acima dos 65 anos).

Homens mais jovens podem ter câncer de próstata, especialmente quando há mutação dos genes BRCA1 ou BRCA2, que também estão ligados a um risco aumentado de câncer de mama e de ovário nas mulheres.

Homens com síndrome de Lynch (também conhecido como câncer colorretal hereditário não polipose, ou HNPCC), uma condição causada por alterações genéticas hereditárias, também têm um risco aumentado de vários tipos de câncer, incluindo câncer de próstata.

Além da genética parecem aumentar o risco para o câncer de próstata: (1) alimentação rica em gorduras, laticínios e carnes, (2) dieta pobre em legumes, verduras e frutas, (3) sedentarismo, (4) tabagismo ou exposição a compostos químicos tóxicos, incluindo pesticidas, (5) doenças sexualmente transmissíveis (como clamídia e gonorréia), (6) uso de anabolizantes, e (7) obesidade.

Tratamento do câncer de próstata

Há tratamento para o câncer de próstata, que pode ser curado quando ainda está pequeno e restrito à próstata. O diagnóstico é feito pelo exame de toque retal, pela dosagem sanguínea do antígeno prostático específico (PSA) e exames de imagem. Confira os estágios da doença:

Estadiamento do câncer de próstata

Estadiamento do câncer de próstata

Os sintomas aparecem em estágios mais avançados da doença e incluem aumento ou endurecimento da próstata e dificuldade de urinar. Pacientes com metástases ósseas podem apresentar dores em diversas partes do corpo. As opções de tratamento para os estágios I, II e III são observação, cirurgia para remoção da próstata, radioterapia externa ou interna (braquiterapia). A escolha do melhor procedimento é feito pelo oncologista com base na localização, estágio, tamanho do tumor, além de características individuais do paciente. 

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Quando o tumor infiltra os tecidos ao redor da próstata, como vesícula seminal (Estádio IIIA), reto (Estádio IIIB) e bexiga (Estádio IIIC), ou atinge os linfonodos pélvicos (Estádio IVA), o tratamento indicado é a radioterapia combinada com hormonioterapia. Em alguns casos, opta-se pela cirurgia muitas vezes seguida pela radioterapia pós-operatória e, ocasionalmente, tratamento hormonal.

Quando o câncer atinge os ossos ou outros órgãos, o tratamento indicado é a hormonioterapia e, quando ele se torna resistente ao tratamento hormonal, recomenda-se a quimioterapia. Nos pacientes com envolvimento ósseo ou de outros órgãos, o tratamento de escolha é a hormonioterapia. A probabilidade de resposta a essa forma de tratamento é maior que 85%, mas, ao contrário da radioterapia e da cirurgia, na doença localizada, o tratamento hormonal tem a capacidade de controlar, mas não de curar o câncer. A taxa de sobrevivência na maioria das pessoas com câncer de próstata avançado (estágio IV) é de 30 por cento no quinto ano de diagnóstico.

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Após o tratamento os pacientes devem continuar monitorando os níveis de PSA. A recorrência (volta) do câncer pode ocorrer com novo aumento do PSA. Pacientes devem reduzir o consumo de carnes, laticínios e cereais refinados e aumentar o consumo de vegetais, frutas e legumes (Saxe et al., 2006Saxe et al., 2009).

O consumo de ômega-6 também deve ser reduzido, já que a partir destes é produzido ácido araquidônico, o qual aumenta a inflamação local e estimula o crescimento das células cancerígenas. O ômega-6 é encontrado nos óleos de soja, milho e girassol, no frango, ovos, carne vermelha e embutidos (salsicha, linguiça etc). Já o ômega-3 precisa ser aumentado. Está presente na linhaça e óleo de linhaça, chia, óleo de peixe e óleo de krill. Vitaminas antioxidantes podem precisar ser aumentadas, mas o ideal é ter em mãos os exames nutrigenéticos, que fornecerão ainda informações sobre tendências à dificuldades de metilação, estresse oxidativo, inflamação, problemas de destoxificação etc.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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