Nutricionistas e a prática de yoga

Ano a ano o interesse pelo yoga vem aumentando. As razões pelas quais as pessoas aproximam-se desta antiga filosofia são bastante variadas e incluem necessidade de alívio do estresse ou das dores nas costas, para melhoria do humor, redução da pressão arterial ou manutenção da memória. Outros encontram no yoga suporte adjuvante no tratamento da depressão ou de transtornos alimentares. A ciência também está de olho no yoga. Centenas de estudos científicos mostram o uso do yoga como estratégia complementar para a melhoria da qualidade de vida, preservação da saúde, prevenção e tratamento das mais diversas doenças. De fato, hoje, o yoga é a prática integrativa mais estudada na área de saúde.

A prática de yoga afeta positivamente o cérebro. Estudos que incluíram exames de imagem, como a ressonância magnética, mostram modificações de áreas do cérebro e na produção de neurotransmissores que regulam as emoções e protegem contra a neurogeneração.

Muitos estudos ainda precisam ser feitos mas já existem evidências de que praticantes de yoga controlam naturalmente melhor o consumo alimentar, conseguem manter um peso mais saudável, reduzem a compulsão alimentar, melhoram a autoestima e a auto-aceitação.

O yoga facilita mudanças positivas nos comportamentos em saúde e nutricionistas podem usar o yoga como apoio por meio de práticas de alimentação consciente e intuitiva. Clientes mais abertos podem aprender pránáyámas (técnicas respiratórias) e até meditação durante as sessões de aconselhamento. Técnicas que aliviam o estresse e reduzem a insatisfação corporal, podem ser associadas a posturas que corrigem desequilíbrios ou desalinhamentos estruturais gerando maior conforto e autoaceitação.

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As técnicas e a filosofia do yoga podem ser articuladdas ao conhecimento científico moderno. Com a implementação da política de práticas integrativas e complementares em saúde no Brasil o nutricionista pode começar a olhar o yoga (assim como já olha a fitoterapia) como mais uma ferramenta para promover a saúde e melhorar o cuidado em saúde da clientela atendida. O Conselho Federal de Nutricionistas montou um grupo para discutir a aplicação das PICs na clínica e na saúde pública.

A prática pessoal de yoga também ajudar nutricionistas a ouvirem melhor, a terem mais empatia e maior capacidade de solucionar problemas, enquanto mantém a própria saúde física e mental. Para atuarem na área, nutricionistas precisam buscar uma formação de pelo menos 200 horas. Nutricionistas que trabalham com yogaterapia já possuem um conjunto de competências facilitadoras como conhecimento sobre nutrição, capacidade de avaliar o estado nutricional, habilidades de aconselhamento e experiência em clínica e saúde coletiva.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Benefícios do chá de gengibre

O gengibre é um dos condimentos mais utilizados em todo o mundo. Contém gingerol e outros ingredientes ativos (zingerone, paradol, shogoal, zerumbone), substâncias com poderosas propriedades medicinais. Estudos mostram o poder antioxidante, antiinflamatório, antimicrobioano, antihemáticas (reduzindo náuseas e vômitos), antitumoral e hepatoprotetor do gengibre. Também é um potente analgésico, sendo capaz de reduzir dores musculares e contribuir para o tratamento da osteoartrite. Por seus poderosos efeitos antiinflamatórios é bastante utilizado no tratamento do diabetes, da indigestão, das dislipidemias. Também vem sendo estudado na prevenção do câncer e do Alzheimer.

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Muitas receitas podem ser potencializadas com o uso do gengibre. Molhos, sopas, peixes, biscoitos, massas, purês, bolos e até sorvetes podem receber sua pitada de gengibre. Mas o mais prático mesmo é o uso do gengibre em chás. Você pode simplesmente ferver a água com lascas de gengibre. A esta água você pode depois acrescentar outras ervas de sua preferência. Outros condimentos como cravo, cardamomo, sementes de funcho ou um pau de canela são também bem-vindos! O ideal é consumir sem leite e sem açúcar.

CHÁ DE GENGIBRE É SAUDÁVEL PARA QUEM TEM PRESSÃO ALTA?

Existe um mito de que pessoas com aumento da pressão arterial não podem consumir chá de gengibre. Não é verdade. O gengibre è rico em compostos extremamente benéficos, antioxidantes e antiinflamatórios, como o gingerol e o shogaol, que contribuem para a saúde cardiovascular. Não preocupe-se com o gengibre e sim com a pizza, o refrigerante, o sorvete, o álcool, o açúcar, a carne cheia de gordura saturada...

GENGIBRE E MEDICINA AYURVÉDICA

No Ayurveda, o gengibre é referido como Maha Ahadham, que significa "ótimo remédio". De acordo coma tradicional medicina indiana, o gengibre ajuda a melhorar o paladar, equilibrar os doshas Vata e Kapha (entenda mais no curso online sobre o Ayurveda), promover a digestão e aliviar a prisão de ventre e cólicas abdominais. Também é útil para o tratamento da asma e de outros problemas respiratórios crônicos.

Se você está tomando para desintoxicação ou para a perda de peso o horário ideal para o uso do chá é pela manhã, em jejum. Durante o dia, continue tomando o chá de gengibre, 2 a 3 horas após as refeições. Normalmente, o gengibre não tem efeitos colaterais. Contudo, pessoas mais quentes, com uma constituição de Pitta e pessoas com arritmias cardíacas devem ter cuidado no uso do gengibre.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Práticas integrativas no tratamento da Síndrome dos Ovários Policísticos

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A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é ​​uma condição complexa que gera consequências metabólicas, reprodutivas e psicológicas, exigindo uma abordagem holística para o sucesso do tratamento.

Descrita primeiramente por Stein e Leventhal, que observaram, em 1935, uma série de casos de mulheres com amenorréia, problemas para engravidar e ovários policísticos. Outros achados são o hiperandrogenismo e a hiperinsulinemia. Os desequilíbrios hormonais que impedem o desempenho normal dos ovários acabam desencadeando outras mudanças metabólicas e hormonais. Ou seja, um problema começa a gerar outros em um ciclo vicioso que pode levar à infertilidade.

A resistência à insulina leva à hiperinsulinemia e subsequente desenvolvimento folicular anormal, o que, por sua vez, eleva os níveis elevados de estrogênio e androgênio. Os efeitos sistêmicos são exacerbados por uma redução na globulina de ligação a hormônios sexuais (SHBG), juntamente com níveis persistentemente elevados de hormônio luteinizante (LH), o que impede a ovulação. Altos níveis de androgênios circulantes livres são responsáveis ​​pelas características clínicas associadas à SOP (como queda de cabelos, distúrbios menstruais, mudança na voz, aumento dos pelos na face, acne, irritabilidade). Vê-se que altos níveis de hormônios masculinos (andrógenos) e do hormônio insulina desempenham um papel importante na causa da SOP.

As funções adrenais comprometidas criam ainda um impacto negativo na pressão arterial, no nível de energia, na resistência à infecção e nos níveis de estresse. A resistência à insulina é um achado comum na SOP, podendo estar presente independentemente do excesso de peso. Estresse, consumo excessivo de gordura, açúcar e outros carboidratos simples, aumentam a quantidade de gordura acumulada na barriga, no fígado, no pâncreas e em outros órgãos. Também aumentam a inflamação de vários tecidos, contribuindo para seu sub-funcionamento.

O tratamento inclui controle do estresse, melhorias na alimentação, uso de fitoterápicos. Seguem algumas dicas:

  • Adote uma dieta antiinflamatória, rica em alimentos de origem vegetal, ervas, condimentos, de baixa carga glicêmica, rica em fibras, gorduras monoiinsaturadas e ômega-3. Um nutricionista funcional poderá lhe ajudar neste processo;

  • Trate a resistência à insulina - além das dicas acima seu nutricionista poderá sugerir suplementos (picolinato de cromo, cromo GTF ou Cromo DM-II, myoinositol, Coenzima Q10, quercetina, vitamina D) e fitoterápicos (Vitex Agnus Castus, Glycyrrhiza glabra, Mentha piperita, Withania somnifera - Ashwagandha ou ginseng indiano).

  • Movimente-se para combater o estresse! Musculação, yoga, caminhadas, surf ou qualquer atividade que ame vão facilitar a manutenção/ganho de massa magra, tão importante para o controle da glicemia. Vão também aumentar a produção de neurotransmissores que relaxam e promovem o bem-estar.

  • Medite para reduzir a ansiedade. Mulheres com SOP são mais propensas a sentir ansiedade ou desenvolverem depressão do que a população em geral. A baixa auto-estima devido a preocupações com a imagem corporal e aparência também aumenta o risco de transtornos alimentares. Se necessário busque também ajuda psicológica.

  • Converse com seu ginecologista sobre o uso de medicamentos para controle da acne, glicemia, ansiedade, hiperandrogenismo, hiperglicemia. Porém, lembre que medicamentos tratam os sintomas e não a causa do problema!

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/