Omeprazol, disbiose intestinal e aumento do risco de doenças crônicas

O omeprazol é um medicamento indicado para tratar o desconforto estomacal em pacientes com úlceras no estômago ou no intestino. Também costuma ser prescrito para pacientes com refluxo, hérnia de hiato ou infecção pela bactéria Helicobacter pylori.

omeprazol

Antibióticos não tem venda livre, devendo ser prescrito por médicos pois, ao inibir a bomba de prótons, acaba dificultando a digestão de proteínas, a absorção de vitamina B12 e de alguns minerais, aumentando inclusive o risco de osteoporose e anemia.

Medicamentos usados para o tratamento da gastrite alteram muito a microbiota (conjunto de seres vivos que habitam nosso organismo). A microbiota intestinal desempenha um papel fundamental na manutenção da saúde humana.

O uso prolongado de medicamentos do grupo dos prazóis (omeprazol, pantoprazol, esomeprazol, lansoprazol etc) causam disbiose intestinal. E, ao desregularem o intestino, aumentam a inflamação e contribuem para o desenvolvimento de hipertensão, insuficiência cardíaca e renal (Kitai e Tang, 2018) e inflamação crônica intestinal.

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Modificações na microbiota causadas pelo uso de antiácidos

Para o tratamento da acidez excessiva mudanças no estilo de vida são necessárias. Fatores de risco para a gastrite, incluem, por exemplo, dieta pobre (rica em fast food), deficiências nutricionais, excesso de peso, consumo excessivo de álcool, tabagismo e ansiedade. Para combater os sintomas beba mais água, mastigue bem os alimentos, fracione suas refeições em menores quantidades, divididas em 6 vezes ao dia, pratique yoga para combater o estresse, pare de fumar, consulte um nutricionista e converse sobre a suplementação de nutrientes e compostos benéficos incluindo vitamina B12, vitamina C, probióticos, ômega-3 e extrato de aloe vera. Fazendo estas melhorias e emagrecendo, será muito mais fácil o desmame da medicação.

Alternativa ao uso dos prazóis

A espinheira santa (Maytenus ilicifolia) é uma planta medicinal, cientificamente comprovada por sua eficácia no combate às dores de estômago, gastrite, úlcera, azia e queimação. Possui atividade semelhante aos bloqueadores de bomba de prótons, tais como o Omeprazol, mas não altera o pH gástrico, impedindo gastrite alcalina, problemas de digestão e deficiência de Vitamina B12.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Consumo excessivo de proteína e risco de doenças

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Estudos mostram uma associação entre o consumo de alimentos processados, incluindo carnes, no risco de síndrome metabólica.  O maior consumo de proteínas de origem animal e o baixo consumo de proteínas de origem vegetais tem sido associado, em vários estudos, a maior risco de diabetes tipo 2 (Umpierrez & Pasquel, 2017).

Muita gente é defensora ferrenha do alto consumo de proteínas. Mas olhe o leite materno, o melhor alimento para o bebê. Se a proteína fosse assim o nutriente dos nutrientes, o leite materno teria uma concentração muito maior. Mas não é o que acontece. A quantidade de proteína no leite materno (cerca de 6% das calorias) é muito menor do que a do leite de outros animais. Não precisamos de tanta proteína!

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É comum vermos no consultório pessoas consumindo quantidades gigantes de proteína - entre 2 a 4 gramas por quilo por dia. Mas estudos mostram que não há necessidade de quantidades superiores a 1 a 2 gramas ao dia, mesmo para marombeiros. Produtos de uma dieta rica em proteínas, como L-carnitina e fosfatidilcolina, podem ser metabolizados em colina, que é convertida em trimetilamina (TMA) pela microbiota intestinal. A TMA pode ser oxidada no fígado para formar TMA-N-óxido (TMAO), que aumenta o risco de aterosclerose. O consumo proteico excessivo também vem sendo associado a maior risco de câncer, problemas no fígado, diabetes e agravamento da doença arterial coronariana (Serino et al., 2014).

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Dicas de nutrição para controle da quantidade de açúcar no sangue

Muitos fatores afetam a glicemia (concentração de glicose no plasma), dentre eles a genética, o percentual de massa magra, a atividade física, disbiose intestinal e o consumo de alimentos ricos em carboidratos simples e proteínas animais. Desequilíbrios hormonais também podem desregular a glicemia (Gambineri & Pelusi, 2019). Ovários policísticos nas mulheres, obesidade e resistência à insulina desregulam hormônios andrógenos em mulheres. Deficiências nutricionais (especialmente zinco, magnésio, carnitina ou vitaminas B6, B9, C, D e K) em homens afetam a produção de testosterona e desregulam a glicemia.

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Outros fatores que desregulam os níveis plasmáticos de açúcares são estresse, falta de sono, aumento do cortisol e redução da produção de melatonina (Karamitri, & Jockers, 2019). No vídeo de hoje falo mais sobre o tema, com dicas de alimentação para o controle da glicemia:

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