Benefícios da aveia para a saúde

A aveia foi o primeiro alimento funcional autorizado a ser divulgado no Brasil pela ANVISA. Os estudos com este alimento são antigos e mostram que a aveia possui polifenóis com ação antioxidante, reduzindo o risco de aterosclerose, obesidade, doença inflamatória intestinal e diabetes. É o que discuto neste novo vídeo:

E se faltam fibras na dieta?

Na falta de fibras, as bactérias presentes no intestino utilizam glicanos presentes no muco intestinal para se proliferarem, aumentando a permeabilidade intestinal. Quando as células afastam-se, pedaços de bactérias, proteínas mal digeridas e xenobióticos (substâncias estranhas como agrotóxicos) podem passar para a corrente sanguínea, inflamando todo o corpo.Cerca de 70% da energia dos colonócitos (células do intestino grosso) vêm de fermentação das fibras pelas bactérias intestinais. A partir dessa fermentação são produzidos ácidos graxos de cadeia curta (especialmente o butirato) que servem de energia para o intestino.

A redução da integridade da barreira intestinal leva à endotoxemia e inflamação crônica sistêmica. O excesso de proteína animal, principalmente quando mal digeridas, seja por falta de mastigação, hipocloridria, ingestão de líquido durante a refeição, insuficiência pancreática e biliar ou excesso no consumo, estimula a proliferação de bactérias tolerantes à bile redutoras de sulfato. Elas utilizam aminoácidos, como cisteína, metionina e taurina, produzindo ácido sulfídrico.

Essas bactérias também degradam as glicoproteínas do muco intestinal e produzem enzimas proteolíticas, agravando a hiperpermeabilidade intestinal. Quando há falta de muco, alimentos mal digeridos e paredes intestinais permeáveis, as toxinas e bactérias atingem a corrente sanguínea, ativando o sistema imunológico, aumentando a reatividade e suprimindo a tolerância. Ou seja, o sistema imune perde a capacidade de diferencial o que é próprio do que não é próprio, gerando um processo de autoimunidade. Podem surgir então alergias e o risco de doenças autoimunes, como tireoidite de Hashimoto aumenta.

A Organização Mundial de Saúde recomenda o consumo mínimo diário de 600g de frutas, verduras e hortaliças. Outros autores falam em 600g ao dia. Ainda estimulam a mastigação, produzindo o fator de crescimento epitelilal durante esse processo, capaz de estimular a reparação das células epiteliais do trato gastrointestinal.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Cetoacidose diabética: prevenção e tratamento

A cetoacidose diabética é uma emergência médica e acontece quando os níveis de açúcar (glicose) no sangue do paciente diabético encontram-se muito altos e estão acompanhados do aumento da quantidade de cetonas no sangue.

No diabetes tipo 1 o pâncreas não produz insulina. Desta forma, o paciente precisa aplicar insulina exógena a intervalos regulares, por meio de injeções. 

Quando há falta de insulina a glicose não entra nas células e as mesmas sofrem com a falta de energia. Para evitar que os tecidos deixem de funcionar, o organismo passa a usar os estoques de gordura para gerar energia. Só que nesse processo em que o corpo usa a gordura como energia, formam-se as cetonas, compostos ácidos que desequilibram o pH do sangue. O excesso de cetonas em um diabético pode levar à coma e  morte.

Cetoacidose diabética.jpg

Para prevenir a cetoacidose diabética, alguns cuidados são importantes:

  • Aplicação correta das injeções de insulina;

  • Realização das medidas da glicemia diárias com o aparelho glicosímetro;

  • Controle dietético com dieta de baixo índice glicêmico

Em caso de surgimento dos sintomas indicados procure seu médico: excesso de urina, sede excessiva, fraqueza, náuseas, vômitos, taquicardia, sonolência, confusão mental, respiração ofegante, desidratação, pressão baixa, hálito cetônico, dor abdominal, pele ressecada, vômitos. 

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Alimentos com e sem glúten

O glúten é uma rede de proteínas, composta principalmente por gliadina e gluteína. Está presente naturalmente em muitos cereais, como o trigo, o centeio e a cevada. Em alimentos processados confere elasticidade às receitas. Por exemplo, quando a farinha de trigo é sovada (amassada) são criadas redes de glúten que aprisionam gás carbônico dando maciez ao alimento.

Para algumas pessoas o glúten pode causar problemas como fadiga, cansaço, dor abdominal, anemia. É o caso das pessoas com doença celíaca, uma desordem sistêmica autoimune, desencadeada pela ingestão de glúten. A doença é caracterizada pela inflamação crônica da mucosa do intestino delgado que pode resultar na atrofia das vilosidades intestinais, com consequente má absorção intestinal e maior risco de osteoporose, infertilidade e câncer de cólon. Neste caso, o glúten precisa ser eliminado da dieta.

Algumas pessoas sem doença celíaca possuem maior sensibilidade ao glúten, sofrendo com sintomas parecidos quando se expõem à proteína. Podem surgir também coceiras, inchaços e mais dores. 

No caso da doença celíaca o diagnóstico é feito após biópsia intestinal. No caso da intolerância ao glúten o resultado da biópsia será normal. Por isto o diagnóstico é feito por meio da dieta de eliminação do glúten, onde se observarão se os sintomas estão sumindo. 

A figura mostra alimentos que contém e alimentos livres de glúten.

Glúten.jpg
Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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