Com o envelhecimento muitas pessoas têm a sensibilidade gustativa em relação ao sal diminuída. A dificuldade se acentua na presença de doenças como o Alzheimer.
Para entender a relação da sensibilidade gustativa com a doença de Alzheimer, a nutricionista e pesquisadora Patrícia Contri, do setor de geriatria da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, estudou cerca de 130 pessoas e observou que a doença de Alzheimer está diretamente associada com o prejuízo da sensibilidade gustativa. A percepção do gosto salgado ficou prejudicada desde o estágio inicial da doença. E, com avanço, verificou-se que essas pessoas também sentem menos os gostos doce e amargo.
O que preocupa é que a dificuldade na identificação dos gostos pode acentuar danos nutricionais nos idosos e agravar indiretamente a saúde. Dados da Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz) mostram que cerca de 1,2 milhão de brasileiros e de 35,6 milhões ao redor do mundo possuem a doença. No vídeo abaixo discuto como os profissionais de saúde podem ajudar para que o estado nutricional não se agrave, gerando desnutrição, queda da imunidade e mais dificuldades cognitivas: