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Transtornos neurocognitivos na síndrome de Down
Placas de beta-amilóide em um paciente de 67 anos com Síndrome de Down
Existem vários tipos de transtornos neurocognitivos (antigamente chamados demências), sendo o Alzheimer de início precoce o mais comum em pessoas com síndrome de Down. O cérebro sofre com o ataque de radicais livres, problemas mitocondriais e inflamação. Isto porque alguns dos genes codificados pelo cromossomo 21 levam ao aumento do estresse oxidativo e redução das defesas antioxidantes.
O acúmulo de proteína beta-amilóide no cérebro afeta a integridade neuronal e o metabolismo energético cerebral. A dieta e a suplementação adequada tentam reduzir, a longo prazo, os danos oxidativos responsáveis pela neurodegeneração.
Receba a newsletter semanal. Dra. Andreia Torres é nutricionista, mestre em nutrição, doutora em psicologia clínica, especialista em yoga.
Atualmente algumas drogas vem sendo testadas para a redução do estresse oxidativo cerebral, como huperzina A, vinpocetina e idebenona. Vários suplementos antioxidantes também vem sendo estudados, sendo os mais promissores a carnitina, ginkgo, ginseng, niacina/niacinamida, fosfatidilserina, curcumina do açafrão, erva-cidreira e vitamina E.
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Estresse oxidativo na síndrome de Down
A síndrome de Down é a causa genética mais comum de deficiência intelectual. O estímulo precoce garante o adequado desenvolvimento motor e cognitivo das pessoas com a trissomia do cromossomo 21. Programas de fisioterapia, terapia ocupacional e fonoaudiologia são importantes, assim como a alimentação adequada. Para que os ganhos não sejam perdidos durante a vida adulta, especialmente a partir dos 40 anos, o estresse oxidativo deve ser limitado. Indivíduos com síndrome de Down produzem mais radicais livres, em decorrência da superexpressão do gene superóxido dismutase (SOD-1). No cérebro o estresse oxidativo aumentado contribui para a aceleração da demência na velhice.
Atrofia do hipocampo (principal região relacionada à memória)
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A dieta adequada associada à suplementação de antioxidantes vem sendo investigadas na redução do estresse oxidativo e prevenção do Alzheimer. Apesar do pequeno tamanho do efeito das intervenções ser em geral baixo, existe a expectativa de que as medidas dietoterápicas tenham efeito a longo prazo, visto que uma pessoa se alimenta por toda a vida várias vezes ao dia. Mas lembre-se, tudo deve ser individualizado:
