Tratamentos integrativos na síndrome dos ovários policísticos

A Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) é um distúrbio endócrino que ocorre em 7 a 20% das mulheres em idade fértil, provocando o aparecimento de cistos em um ou ambos os ovários. Dentre os sintomas, estão a presença de menstruação irregular, amenorreia (ausência de menstruação por mais de três meses), alta produção de testosterona, excesso de pelos e espinhas, além de oleosidade na pele e cabelo.

Dentre os fatores causais parecem estar a genética, a resistência à insulina, a inatividade física, o excesso de gordura corporal, a inflamação corporal e a carência de vitamina D.  Na Medicina Convencional, geralmente a SOP é tratada com anticoncepcionais hormonais. Dentre os efeitos colaterais destes medicamentos estão a queda da libido, o ganho de peso, o aumento do risco de infertilidade, trombose e tumores. Por esse motivo, muitas mulheres têm recorrido a meios mais naturais, que possibilitam uma maior autonomia sobre o próprio corpo, como atividade física, meditação, modificações na dieta, emagrecimento, uso de suplementos e de óleos essenciais.

Dicas:

  • Reduza a ingestão de carboidratos simples, refinados ou com açúcares adicionados;
  • Elimine os refrigerantes;
  • Inclua alimentos que melhoram a ação dos receptores de insulina, como cogumelos, ameixa, salsinha e nozes;
  • Diminua o consumo alimentos inflamatórios como laticínios, frituras e carnes vermelhas;
  • Aumente o consumo de alimentos com propriedades antiinflamatórias como chás (com gengibre, canela e cravo), peixes do mar e folhosos;
  • Medite para reduzir o estresse e a compulsão alimentar;
  • Utilize na pele óleos essenciais calmantes e antiinflamatórios, como gerânio, sálvia e rosas. 

As práticas ayurvédicas valorizam procedimentos naturais como as massagens. Para a Síndrome dos Ovários Policísticos sugere a massagem do baixo ventre com: 1 colher de óleo de coco ou de gergelim misturado com 3 gotas de óleo essencial de gerânio e 2 gotas de óleo essencial de sálvia. 

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Terapias integrativas: Ayurveda

A tradição indiana milenar conhecida como ayurveda (que significa ciência ou conhecimento da vida), surgiu da observação da natureza.  Apesar da alimentação ayurvédica e as massagens (abhyanga) serem os aspectos mais destacados na mídia, a reeducação mental, conquistada principalmente pela prática do yoga e da meditação, também é fundamental nesta tradição. 

No Ocidente, medicina, nutrição e psicologia andam comumente separadas, cada uma focando em um aspecto do ser. Sabemos que o ideal é o trabalho multiprofissional. Na abordagem ayurvédica a pessoa é caracterizada de acordo com os doshas (características biológicas) e gunas (tendências comportamentais/mentais).  

Se a sua natureza mental estiver Sattwica ou seja equilibrada, seu dosha responderá com maior clareza e equilíbrio. Mas se estiver muito agitada (Rajas) ou obscura (Tamas), poderá alterar seu corpo físico, iniciando assim algum tipo de distúrbio. Veja abaixo como os gunas, de forma geral,  atuam nos diferentes doshas:

Vata

  • Sattwa: Energético, adaptável, rápido para compreender, boa comunicação, forte senso de unidade humana, forte energia de cura, bom entusiasmo, espírito positivo, talentoso para iniciar coisas, boa capacidade para mudanças e movimento.

  • Rajas: Indeciso, não confiável, hiperativo, agitado, volátil, impaciente, perturbado, distraído, nervoso, ansioso, tagarela, superficial, barulhento, desordenado.

  • Tamas: Medroso, desonesto, deprimido, auto-destrutivo, mentalmente perturbado., tendência a tomar drogas.

Pitta

  • Sattwa: Inteligente, claro, perceptivo, esclarecido, bom discernimento, determinação, independente, entusiasmado, fraterno, corajoso, bom líder e bom guia.

  • Rajas: Teimoso, impulsivo, ambicioso, agressivo, controlador, crítico, manipulador, arrogante, vaidoso.

  • Tamas: Vingativo, violento, destrutivo, criminoso, vil, odioso.

Kapha

  • Sattwa: Calmo, pacífico, contente, estável, consistente, leal, amoroso, sabe perdoar, paciente, devotado, receptivo, educado, intensa fé.

  • Rajas: Controlador, apegado, voraz, ambicioso, materialista, sentimental, carente.

  • Tamas: Sombrio, grosseiro, letárgico, depressivo, apático, preguiçoso, obsceno, insensível.

As classificações facilitam a detecção do nível de desarmonia que uma pessoa se encontra e quais os tratamentos seriam mais indicados para harmonizar corpo e mente. Aprenda mais no curso online: “A essência do Ayurveda”.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Inflamação aumenta a mortalidade

Circulando no sangue estão as células brancas (leucócitos), do sistema imune. Produzimos em um dia normal cerca de 50 bilhões destas células de defesa. Já uma pessoa com uma infecção pode produzir 100 bilhões de leucócitos ao dia.

Neutrófilos são os leucócitos mais abundantes no sangue de adultos. Destroem bactérias em vários tecidos. Eosinófilos representam entre 3 a 5% dos leucócitos. Aumentam durante alergias, doenças parasitárias e câncer. Os basófilos são mais escassos no sangue, produzem histamina e heparina em processos alérgicos. Estas substâncias contribuem para a dilatação dos vasos sanguíneos e para a anticoagulação.

Linfócitos são células agranulares (sem grânulos). Também são muito importantes no processo imunológico, estando envolvidos na produção de anticorpos.  Por fim, monócitos são células que tornam-se macrófagos, os quais fagocitam vírus, fungos e bactérias. Também destroem células mortas e danificadas no sangue.

O aumento dos leucócitos acima de 10 bilhões são um dos sinais, por exemplo, de apendicite. Mas os leucócitos também aumentam em decorrência de qualquer outro tipo de inflamação. Fumantes costumam ter maiores contagem de leucócitos circulantes. Assim como indivíduos obesos que por serem mais inflamados têm pelo menos 2 bilhões de leucócitos a mais circulando no sangue. Porém, isto não é necessariamente bom. É comum que a mortalidade entre pacientes com maiores contagens de células brancas circulantes seja acima da média.

Alguns pesquisadores acreditam que a contagem de leucócitos pode ser considerado um marcador de inflamação, mais barato que a proteína C-reativa. Para reduzir a inflamação do corpo é importante a adoção de um estilo de vida saudável que inclui atividade física, baixo consumo de álcool, redução do percentual de gordura corporal, alto consumo de frutas e verduras. E quem fuma deve procurar um programa de cessação do tabagismo.

Outras estratégias importantes para o combate à inflamação:

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/