Ministério da saúde lança suplemento infantil

A alimentação nos primeiros anos de vida é fundamental para o ótimo crescimento e desenvolvimento. Estudos mostram que a carência de ferro, zinco, vitamina A, entre outros nutrientes essenciais gera problemas como enfraquecimento do sistema imunológico, anemia,desnutrição, doenças infecciosas e respiratórias.

Com o objetivo de potencializar o pleno desenvolvimento infantil, a prevenção e o controle das deficiências de vitaminas e minerais na infância, o Ministério da Saúde lançou neste mês o programa NutriSUS - Estratégia de fortificação da alimentação infantil com micronutrientes (vitaminas e minerais) em pó. A coordenadora geral de Alimentação e Nutrição (CGAN) do Ministério da Saúde, Patrícia Jaime, explica que serão distribuídos, a partir de agosto, sachês com 15 micronutrientes na alimentação de crianças de seis meses a 3 anos e 11 meses matriculadas em creches participantes do Programa Saúde na Escola (PSE). O suplemento será adicionado à própria comida da criança, em escolas e creches.

Esse tipo de estratégia já foi amplamente estudada e é implementada com sucesso em diferentes continentes. Aproximadamente 50 países usam essa estratégia ou estão em fase de implementação. Aqui, a ação integra o programa Brasil Carinhoso, que compõe o Plano Brasil Sem Miséria do governo federal.

Composição dos sachês de micronutrientes utilizados no NutriSUS:

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Características do vinho do Porto

Estive em um congresso na linda cidade do Porto, em Portugal. Famosa por suas lindas paisagens, seu clima ameno e sua segurança, a cidade foi eleita pela segunda vez o melhor destino turístico da Europa. A cidade também é famosa pelo vinho do Porto, bebida adocicada feita de uvas e outras bebidas. Mas como surgiu esta delícia?

No século 17, a Europa estava em guerra e a França decidiu parar de exportar vinho para a Inglaterra e Holanda. Estes países, viram-se então obrigados a buscar bons vinhos em outras regiões.  Descobriram o vale do Douro,  uma vasta área no norte de Portugal que se estende entre a cidade do Porto e a fronteira leste do país. Contudo, na época a viagem era extremamente longa e demorada, fazendo com que os vinhos muitas vezes estragassem antes de atingir o destino final. A solução foi buscar uma fórmula mais estável e que permitisse que Portugal continuasse exportando seu vinho. A estabilização foi conseguida com a adição de aguardente ao vinho, pois a bebida matam leveduras que fermentam as uvas. A adição de aguardente faz com que o vinho do Porto tenha um teor maior de álcool (cerca de 20%) em relação aos vinhos tradicionais (13%). A interrupção do processo de fermentação deixa traços de açúcar na bebida, deixando um sabor adocicado no vinho do Porto. Por isto, costuma ser servido após jantares, como sobremesa.

Como o vinho tinto, as uvas utilizadas para fazer o vinho do Porto são ricas em resveratrol, flavonóides, vitaminas e minerais. O resveratrol é capaz de ativar a proteína SIRT1 no corpo humano aumentando a longevidade. Contudo, a bebida não deve ser consumida em excesso em virtude da alta concentração de álcool e açúcares. E se você não pode ou não gosta de vinhos também poderá obter o resveratrol das cascas de uvas roxas, dos amendoins, das frutas vermelhas e de suplementos. 

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Desperdício de alimentos no Brasil

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O Brasil é o quarto produtor mundial de alimentos (Akatu, 2003), produzindo 25,7% a mais do que necessita para alimentar a sua população (FAO). Porém, de acordo com a Embrapa (2006), 26,3 milhões de toneladas de alimentos ao ano tem o lixo como destino. Diariamente, desperdiçamos o equivalente a 39 mil toneladas de alimentos por dia, quantidade  suficiente para alimentar 19 milhões de brasileiros, com as três refeições básicas: café da manhã, almoço e jantar (VELLOSO, 2002).

Aproximadamente 64% do que se planta no Brasil é perdido ao longo da cadeia produtiva, fazendo do país um dos campeões mundiais do desperdício:

  • 10% perde-se no campo, durante a colheita;

  • 50% no manuseio, transporte e armazenamento;

  • 30% nas centrais de abastecimento, como SEASA;

  • 10% no processamento culinário, em restaurantes e domicílios.

Para fugir deste ciclo, faça sua parte. Compre apenas a quantidade de alimentos necessária à sua família e aprenda a aproveitar integralmente os alimentos.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/