O impacto da mudança climática sobre a produção alimentar poderá causar em 2050 cerca de 529 mil mortes a mais no mundo. Chuvas, secas, enchentes, ciclones, ondas de calor ameaçam a segurança alimentar, levando a uma queda nos rendimentos agrícolas e aumento dos preços dos alimentos.
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Estudos mostram que as mudanças climáticas poderão causar a diminuição na disponibilidade alimentar de 3,2% por pessoa, ou seja, 99 quilocalorias por dia. Isso teria por efeito reduzir em 4% (14,9 g por dia) o consumo de frutas e legumes, e em 0,7% (0,5g por dia) o de carne.
A queda no consumo de frutas e legumes e, portanto, de vitaminas, poderá sozinha provocar 534 mil mortes a mais no mundo em 2050. O número de pessoas com magreza excessiva, que apresentarão um maior risco de morte, também aumentará sensivelmente. Essas situações de carência em vitaminas e minerais geram mais doenças e causariam 266 mil mortes a mais em 2050.
Os países de renda baixa e intermediária muito provavelmente serão os mais afetados, especialmente os do Pacífico ocidental e do Sudeste Asiático, regiões particularmente vulneráveis às mudanças climáticas.
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