Estive em um congresso na linda cidade do Porto, em Portugal. Famosa por suas lindas paisagens, seu clima ameno e sua segurança, a cidade foi eleita pela segunda vez o melhor destino turístico da Europa. A cidade também é famosa pelo vinho do Porto, bebida adocicada feita de uvas e outras bebidas. Mas como surgiu esta delícia?
No século 17, a Europa estava em guerra e a França decidiu parar de exportar vinho para a Inglaterra e Holanda. Estes países, viram-se então obrigados a buscar bons vinhos em outras regiões. Descobriram o vale do Douro, uma vasta área no norte de Portugal que se estende entre a cidade do Porto e a fronteira leste do país. Contudo, na época a viagem era extremamente longa e demorada, fazendo com que os vinhos muitas vezes estragassem antes de atingir o destino final. A solução foi buscar uma fórmula mais estável e que permitisse que Portugal continuasse exportando seu vinho. A estabilização foi conseguida com a adição de aguardente ao vinho, pois a bebida matam leveduras que fermentam as uvas. A adição de aguardente faz com que o vinho do Porto tenha um teor maior de álcool (cerca de 20%) em relação aos vinhos tradicionais (13%). A interrupção do processo de fermentação deixa traços de açúcar na bebida, deixando um sabor adocicado no vinho do Porto. Por isto, costuma ser servido após jantares, como sobremesa.
Como o vinho tinto, as uvas utilizadas para fazer o vinho do Porto são ricas em resveratrol, flavonóides, vitaminas e minerais. O resveratrol é capaz de ativar a proteína SIRT1 no corpo humano aumentando a longevidade. Contudo, a bebida não deve ser consumida em excesso em virtude da alta concentração de álcool e açúcares. E se você não pode ou não gosta de vinhos também poderá obter o resveratrol das cascas de uvas roxas, dos amendoins, das frutas vermelhas e de suplementos.