Características do vinho do Porto

Estive em um congresso na linda cidade do Porto, em Portugal. Famosa por suas lindas paisagens, seu clima ameno e sua segurança, a cidade foi eleita pela segunda vez o melhor destino turístico da Europa. A cidade também é famosa pelo vinho do Porto, bebida adocicada feita de uvas e outras bebidas. Mas como surgiu esta delícia?

No século 17, a Europa estava em guerra e a França decidiu parar de exportar vinho para a Inglaterra e Holanda. Estes países, viram-se então obrigados a buscar bons vinhos em outras regiões.  Descobriram o vale do Douro,  uma vasta área no norte de Portugal que se estende entre a cidade do Porto e a fronteira leste do país. Contudo, na época a viagem era extremamente longa e demorada, fazendo com que os vinhos muitas vezes estragassem antes de atingir o destino final. A solução foi buscar uma fórmula mais estável e que permitisse que Portugal continuasse exportando seu vinho. A estabilização foi conseguida com a adição de aguardente ao vinho, pois a bebida matam leveduras que fermentam as uvas. A adição de aguardente faz com que o vinho do Porto tenha um teor maior de álcool (cerca de 20%) em relação aos vinhos tradicionais (13%). A interrupção do processo de fermentação deixa traços de açúcar na bebida, deixando um sabor adocicado no vinho do Porto. Por isto, costuma ser servido após jantares, como sobremesa.

Como o vinho tinto, as uvas utilizadas para fazer o vinho do Porto são ricas em resveratrol, flavonóides, vitaminas e minerais. O resveratrol é capaz de ativar a proteína SIRT1 no corpo humano aumentando a longevidade. Contudo, a bebida não deve ser consumida em excesso em virtude da alta concentração de álcool e açúcares. E se você não pode ou não gosta de vinhos também poderá obter o resveratrol das cascas de uvas roxas, dos amendoins, das frutas vermelhas e de suplementos. 

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Desperdício de alimentos no Brasil

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O Brasil é o quarto produtor mundial de alimentos (Akatu, 2003), produzindo 25,7% a mais do que necessita para alimentar a sua população (FAO). Porém, de acordo com a Embrapa (2006), 26,3 milhões de toneladas de alimentos ao ano tem o lixo como destino. Diariamente, desperdiçamos o equivalente a 39 mil toneladas de alimentos por dia, quantidade  suficiente para alimentar 19 milhões de brasileiros, com as três refeições básicas: café da manhã, almoço e jantar (VELLOSO, 2002).

Aproximadamente 64% do que se planta no Brasil é perdido ao longo da cadeia produtiva, fazendo do país um dos campeões mundiais do desperdício:

  • 10% perde-se no campo, durante a colheita;

  • 50% no manuseio, transporte e armazenamento;

  • 30% nas centrais de abastecimento, como SEASA;

  • 10% no processamento culinário, em restaurantes e domicílios.

Para fugir deste ciclo, faça sua parte. Compre apenas a quantidade de alimentos necessária à sua família e aprenda a aproveitar integralmente os alimentos.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

A composição corporal

Observe a figura dos dois homens ao lado. Ambos possuem 1,90 metros e 110 kg. O cálculo do IMC revela obesidade grau I (30,5 kg/m2). Porém, a composição corporal destes indivíduos é bastante diferente. Enquanto o primeiro possui um alto percentual de massa magra o segundo possui um alto percentual de gordura corporal.

A diferença de composição faz diferença não só em termos estéticos mas também de saúde. Um alto percentual de gordura, especialmente localizado na região abdominal aumenta a incidência de doenças cardiovasculares e diabetes.

Para manutenção de uma composição corporal com menos gordura, evita-se o consumo de carboidratos com alto índice glicêmico e adequa-se o consumo de proteínas.

Enquanto isso, exercícios de força favorecem o ganho de massa muscular. A diminuição da quantidade de gordura e o ganho de musculatura pode não alterar a composição mas altera definitivamente a forma do corpo.

A gordura possui menor densidade. Ocupa maior espaço no corpo. Já o músculo possui maior densidade, porém ocupa menor espaço no organismo.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/