Plantas medicinais combatem os efeitos indesejáveis da menopausa

Plantas com fito-hormônios, substâncias obtidas das plantas com propriedades semelhantes aos hormônios naturalmente produzidos pelo organismo, vem sendo foco de estudos em todo o mundo, desde a década de 1920, quando  as isoflavonas da soja foram identificadas.

Além da soja as isoflavonas estão presentes na  Cimicifuga racemosa ou Black cohosh (foto), agindo de forma a reduzir os níveis do hormônio luteinizante, o LH, responsável por sintomas como as ondas de calor,  ansiedade, cefaléia, vertigens e distúrbios do sono. É contraindicada para pacientes com história de tumor endometrial, durante a gravidez, na amamentação e para alérgicos ao ácido acetilsalicílico (Aspirina).

A angélica sinensis, também conhecida como ginseng feminino e Dong-Quai, é uma raiz com atividade predominantemente prostagênica, diminuindo a expressão de citocinas pró-inflamatórias. Como tem efeito antiespasmódico também é utilizada por mulheres em idade fértil para minimizar as cólicas menstruais. Não deve ser utilizada por gestantes. Aumenta a sensibilidade ao sol, por isto a proteção com filtro solar é importante visto que alguns estudos mostram aumento à susceptibilidade a câncer de pele com o uso prolongado.

Yam mexicano (Dioscorea villosa): seu principal composto ativo, a diosgenina, possui ação estimulante da progesterona, hormônio da gravidez e da segunda metade do ciclo menstrual. Estimula os receptores hormonais, mimetiza os efeitos decorrentes da queda do hormônio estrogênio, possui atividade antiinflamatória e antiespasmódica. Também é utilizado em pequenas doses para a redução de náuseas durante a gravidez, porém em virtude do pequeno número de estudos com gestantes, prefiro indicar o gengibre para o tratamento deste problema.

Red clover (Trifolium pratense): também conhecido como trevo vermelho, diminui o risco de câncer de mama e estimula melhor equilíbrio hormonal. Liga-se também a receptores de estrogênio nos ossos e sistema vascular, diminuindo o risco de osteoporose e infartos. A genisteina presente no trevo vermelho também bloqueia a enzima aromatase, responsável pela conversão de testosterona em estrogênio. O bloqueio desta enzima aumenta os níveis de testosterona, responsável pela libido. O aumento da testosterona e a diminuição dos níveis de estradiol também melhoram o humor, contribuem para maior disposição, aumentam a produção de massa magra e diminuem a gordura subcutânea, efeito neste caso similar ao do tribulus terrestris.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Papel da vitamina D durante a gestação

A vitamina D é fundamental para a absorção intestinal de cálcio, assim fortalece os ossos. Porém, há tempos se sabe que esta não é a única função desta vitamina durante a gestação. De acordo com pesquisas importantes na área, evidenciou-se que o consumo adequado deste nutriente durante o período gestacional está inversamente relacionado ao aparecimento de asma e rinite alérgicas em crianças acompanhadas até os 5 anos de vida.  

Os níveis adequados de vitamina D plasmáticos maternos também são importantes para reduzir o risco de diabetes mellitus tipo 1 na criança e  na mãe o de diabetes gestacional e esclerose múltipla.

O livro de Michael F. Holick, "Vitamina D", é considerado uma referência essencial sobre o tema. Ele oferece informações detalhadas sobre a importância da vitamina D, como obtê-la e como ela pode melhorar a saúde.

Extra: no módulo 9 do meu curso de yoga converso mais sobre nutrição na gestação e ensino as técnicas de yoga e meditação apropriadas para a gestante praticar em casa.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Nutrição na prevenção da pré-eclâmpsia

A pré-eclâmpsia é uma condição grave, marcada pela elevação anormal da pressão arterial, a partir da 20a semana gestacional. Afeta em sua forma mais leve até 10% das grávidas, sendo a forma grave  mais rara, atingindo cerca de 0,5% das gestantes. Para o diagnóstico o obstetra analisa a pressão arterial, verifica a presença de proteína na urina e a sintomatologia relatada pela gestante como dores de cabeça, perturbação na visão, dor na barriga ou abaixo das costelas, mal-estar geral e sinais como edema. Quando não tratada a condição pode reduzir o fluxo de sangue para a placenta,  restringindo o crescimento do feto.

Se você teve pré-eclâmpsia em gestações anteriores ou se esta é uma condição frequente em sua família a alimentação pode ser sua aliada. Afim de prevenir a condição não abuse do consumo de alimentos industrializados ou ricos em sódio. Estudos mostram também que dietas adequadas em nutrientes antioxidantes e antiinflamatórios como vitamina C (presente em alimentos como agrião, salsa, couve, brócolis, rúcula, alho, abacaxi, acerola, cajú, limão, laranja, tangerina, goiaba, morango, kiwi, batata doce, tomate, pimentão), vitamina E (abacate, avelã, amendoim, amêndoas, castanhas em geral), selênio (castanha do pará, salmão, semente de girassol) e ômega-3 (peixes como atum, arenque, sardinha, cavala, salmão, e sementes como linhaça e sálvia) estão associadas a menor frequência de pré-eclâmpsia. Para orientações sobre um cardápio saudável, informe-se com seu nutricionista!

Suplementos para uma gestação saudável

A suplementação na gravidez varia para cada mulher e deve ser prescrita e avaliada durante a consulta, a partir da anamnese, resultado de exames, sinais e sintomas. Mas, de forma geral, a mulher deverá utilizar vitamina D, metilfolato, ômega-3, probióticos e um suplemento multivitamínico específico para esta fase da vida. Muitas mulheres também beneficiam-se do uso da melatonina.

Consultas: https://andreiatorres.com/consultoria

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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