Os maiores mitos em nutrição

- Carboidratos engordam. Falso. Cortar os carboidratos da sua dieta pode até fazê-lo perder peso em decorrência da diminuição dos estoques destes nutrientes em seu fígado e em seus músculos. Porém saiba que o consumo moderado dos mesmos não leva ao ganho de peso. Nosso organismo os usa como fonte de energia, por isso dietas restritas em carboidratos causam letargia. Além disso é o combustível que nosso cérebro utiliza para realizar suas muitas funções.

- Todos devem consumir 8 copos de água ao dia. As perdas de líquidos que acontecem diariamente através da respiração, suor e urina devem ser repostas mas nem tudo precisa ser consumido como água puro. Sucos e alimentos ricos em águas, como as frutas, entram nesta conta. Por isso, a dica de ouro é observar a cor da urina, que deve ser sempre amarelo clara e sem odor forte. Caso ela apresente uma coloração amarelo escura aumente o consumo de água.

- Os produtos de cor marrom são integrais. Não! Diversos corantes e aditivos podem deixar os alimentos com aparência de um produto integral. Por isso, leia os rótulos afim de se certificfar de que se trata realmente de um produto que contenha farinhas integrais.

- O consumo de ovos aumenta o colesterol. Este mito se deve ao fato de que as gemas dos ovos são ricas em colesterol. Contudo, o colesterol deste alimento não é suficiente para representar um risco caso seja ingerido com moderação. Aliás, o consumo de gorduras saturadas (da manteiga, bacon, leite integral e carnes gordas) e de gorduras trans (de alimentos industrializados) eleva bem mais o colesterol sanguíneo, ou seja, é bem mais prejudicial.

- Todos deveriam ingerir suplementos vitamínicos. Falso!!! Se você consumir uma variedade de frutas, hortaliças, grãos integrais e diminuir a quantidade de alimentos ricos em gordura e proteína você não precisará de suplemento algum.

- Consumir proteínas extras é imprescindível para o ganho de massa muscular. Na verdade, ao contrário do que dizem as indústrias de suplementos, o consumo de proteína extra não aumenta os músculos a não ser que você aumente a carga de exercício muscular. Mesmo assim, a quantidade de proteína necessária para a prática esportiva poderia facilmente vir da alimentação.
- O consumo excessivo de açúcar causa o diabetes. O açúcar pode agravar o ganho de peso em algumas pessoas o que aumenta a resistência ao hormônio insulina, responsável pela entrada da glicose em nossas células. Mas não é diretamente a causa da doença. Muitas pessoas consomem açúcar e não desenvolvem diabetes. Há uma importante interação entre genética, nível de atividade física, qualidade do sono, nível de estresse e alimentação. Saiba mais:

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Cálculo e interpretação do Índice de Massa Corporal (IMC)

O índice de massa corporal ou índice de Quetelet é um método preditor de obesidade. Quanto maior o IMC maior a chance da pessoa desenvolver doenças como diabetes, hipertensão e doenças coronarianas.O IMC é calculado dividindo-se o peso (em quilos) pelo quadrado da altura (em metros):

IMC = \frac

Por exemplo: pessoa com peso de 55 kg e altura de 1,64m.

Cálculo: 55/(1,64)² = 55/2.68 = 20.52 kg/m².

O resultado é dado pela tabela abaixo. Neste, caso a classificação é de eutrofia - peso normal para a altura, valor na faixa esperada para adultos (tabela azul):

Classificação do IMC para adultos

Classificação do IMC para adultos

<< Digite seu peso e altura para o cálculo automático do seu IMC. Selecione sistema métrico (METRIC) e adicione seu peso em quilogramas e sua altura em metros (ex: 1.64).

Caso prefira, o cálculo pode ser feito no sistema imperial.

Índice de massa gorda relativa

Outro cálculo é o índice de massa gorda relativa que utiliza a circunferência da cintura e a altura do paciente.

Screen Shot 2021-09-07 at 3.25.05 PM.png

Atualização

Especialistas publicaram em 2025 um relatório na The Lancet Diabetes & Endocrinology, propondo mudanças no diagnóstico da obesidade que vá além do Índice de Massa Corporal (IMC). Isto porque o IMC apresenta limitações, não diferenciando entre massa muscular e gordura, nem considera a distribuição da gordura corporal. Isso pode levar a diagnósticos imprecisos, que nem sempre refletem a real condição de saúde.

Para superar essas limitações, os especialistas sugerem que o IMC seja complementado por medidas como a circunferência da cintura em relação à altura ou a relação cintura-quadril, além da avaliação de sinais clínicos de problemas relacionados ao excesso de gordura corporal. Eles também propõem duas novas categorias diagnósticas:

  1. Obesidade clínica: excesso de gordura associado a sinais ou sintomas claros de disfunções nos órgãos ou limitações importantes nas atividades diárias, como dificuldades respiratórias ou problemas articulares. Nesses casos, são indicados tratamentos médicos específicos, incluindo medicamentos ou intervenções cirúrgicas.

  2. Obesidade pré-clínica: excesso de gordura sem sintomas evidentes de doenças atuais, mas com maior risco de desenvolver condições como diabetes tipo 2 ou doenças cardiovasculares. Para esses indivíduos, recomenda-se monitoramento regular e orientações para um estilo de vida saudável.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Atleta e doente?

"Não se surpreenda se você acordar muito resfriado alguns dias após um treino ou competição intensa." Dr. David Nieman, P.H.

Exercícios regulares podem ter um efeito muito positivo na saúde em geral, porém exercícios de resistência podem aumentar a suscetibilidade à infecções em atletas. Isto se dá uma vez que os exercícios intensos e prolongados alteram o sistema imune aumentando o risco de infecções do trato respiratório.Hormônios do estresse aumentam após os exercícios. Esta abertura na janela do sistema imune pode durar até 72 horas, mesmo em atletas altamente adaptados aos treinos, aumentado o risco de infecções tanto por vírus quanto por bactérias.As pesquisas também mostram que hábitos nutricionais inadequados e estresse psicológico também aumentam a liberação dos hormônios associados ao estresse intensificando os efeitos negativos do treino excessivo.

Dicas para se manter saudável:

  • controle o estresse;

  • siga uma dieta balanceada;

  • descanse após os exercícios;

  • Durma suficientemente;

  • alterne dias de treinos puxados com treinos mais leves;

  • caso o exercício seja prolongado hidrate-se adequadamente ingerindo água e bebidas esportivas;

  • quando doente não exercite-se demasiadamente.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/