Cálculo e interpretação do Índice de Massa Corporal (IMC)

O índice de massa corporal ou índice de Quetelet é um método preditor de obesidade. Quanto maior o IMC maior a chance da pessoa desenvolver doenças como diabetes, hipertensão e doenças coronarianas.O IMC é calculado dividindo-se o peso (em quilos) pelo quadrado da altura (em metros):

IMC = \frac

Por exemplo: pessoa com peso de 55 kg e altura de 1,64m.

Cálculo: 55/(1,64)² = 55/2.68 = 20.52 kg/m².

O resultado é dado pela tabela abaixo. Neste, caso a classificação é de eutrofia - peso normal para a altura, valor na faixa esperada para adultos (tabela azul):

Classificação do IMC para adultos

Classificação do IMC para adultos

<< Digite seu peso e altura para o cálculo automático do seu IMC. Selecione sistema métrico (METRIC) e adicione seu peso em quilogramas e sua altura em metros (ex: 1.64).

Caso prefira, o cálculo pode ser feito no sistema imperial.

Índice de massa gorda relativa

Outro cálculo é o índice de massa gorda relativa que utiliza a circunferência da cintura e a altura do paciente.

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Atualização

Especialistas publicaram em 2025 um relatório na The Lancet Diabetes & Endocrinology, propondo mudanças no diagnóstico da obesidade que vá além do Índice de Massa Corporal (IMC). Isto porque o IMC apresenta limitações, não diferenciando entre massa muscular e gordura, nem considera a distribuição da gordura corporal. Isso pode levar a diagnósticos imprecisos, que nem sempre refletem a real condição de saúde.

Para superar essas limitações, os especialistas sugerem que o IMC seja complementado por medidas como a circunferência da cintura em relação à altura ou a relação cintura-quadril, além da avaliação de sinais clínicos de problemas relacionados ao excesso de gordura corporal. Eles também propõem duas novas categorias diagnósticas:

  1. Obesidade clínica: excesso de gordura associado a sinais ou sintomas claros de disfunções nos órgãos ou limitações importantes nas atividades diárias, como dificuldades respiratórias ou problemas articulares. Nesses casos, são indicados tratamentos médicos específicos, incluindo medicamentos ou intervenções cirúrgicas.

  2. Obesidade pré-clínica: excesso de gordura sem sintomas evidentes de doenças atuais, mas com maior risco de desenvolver condições como diabetes tipo 2 ou doenças cardiovasculares. Para esses indivíduos, recomenda-se monitoramento regular e orientações para um estilo de vida saudável.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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