Obesidade continua a aumentar em todo o mundo

Americanos são campeões neste quesito. Estima-se que 1 em 5 indivíduos  nos EUA tenha o IMC acima de 30kg/m2. E pelo visto os outros países do mundo, inclusive o Brasil, estão indo pelo mesmo mau caminho. A Organização Mundial de Saúde considera a obesidade uma epidemia e um novo estudo europeu mostrou que 50.1% dos adultos no continente estão acima do peso (incluindo-se tanto sobrepeso quanto obesidade).

Uma das causas é a falta de atividade física. Por exemplo, no continente apenas 20% das crianças e adolescentes entre 11 e 15 anos exercitam-se com regularidade. E crianças acima do peso ou com obesidade tem um grande risco de se tornarem adultos com problemas que incluem asma, artrite, doenças cardiovasculares, apnéia do sono e várias formas de câncer. O campeão em números de obesos na Europa é o Reino Unido (24,5%), seguido da Irlanda (23%). A média de obesos no continente subiu para 15,5% o que significa que dobrou nas últimas duas décadas.

A situação no Brasil também é preocupante. De acordo com o IBGE, 1 em cada 3 crianças está acima do peso e metade da população adulta está acima do peso (somando-se sobrepeso e obesidade). Caso este padrão se mantenha em 10 anos ou menos o país terá se igualado aos Estados Unidos. Deixar as guloseimas para o final de semana, aumentar o consumo de frutas e verduras, retirar os refrigerantes e sucos de caixas adoçados do cardápio e se exercitar mais são estratégias infalíveis. Neste final de semana ao invés de assistir à TV durante todo o dia, que tal dar uma volta no parque? Pode ser sozinho, com amigos, com crianças...

Estudos: Europa - "Health at a Glance: Europe 2010"Brasíl - POF - IBGE, 2010

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Transtornos alimentares

Os transtornos alimentares estão presentes em 3,2% das mulheres adultas e jovens, sendo a bulimia e a anorexia os mais conhecidos. Porém outros distúrbios são comuns. A anorexia nervosa caracteriza-se por uma perda de peso acentuada e intencional em consequência de dietas extremamente restritivas, por uma percepção distorcida da imagem corporal, por um medo intenso do ganho de peso e por ausência de ciclos menstruais regulares. Modelos e bailarinas são grupos de risco em decorrência de sua demanda profissional.

Para a academia de distúrbios alimentares (AED, 2006) indústria da moda não causa diretamente a anorexia ou outro transtorno alimentar, mas contribui fortemente para a percepção cultural de beleza. Tendo isto em vista e com o propósito de evitar os transtornos, a Espanha, em 2006, proibiu o desfile de modelos com IMC < 18 Kg/m², em um importante evento de moda.A bulimia nervosa é um transtorno alimentar caracterizado por episódios periódicos de compulsão alimentar seguidos de comportamentos compensatórios inadequados, com o objetivo de evitar o ganho de peso.

A indução de vômitos e o uso de laxantes e diuréticos são práticas compensatórias da bulimia do tipo purgativo e a prática de jejuns ou atividade física excessivos são característicos do tipo não purgativo. Nem todos os pacientes apresentam as características típicas da anorexia e da bulimia. Por isto uma outra categoria foi criada e denominada Transtornos alimentares sem outras especificações (TASOE). Episódios recorrentes de compulsão alimentar podem estar presentes associados a características como comer muito rápido e geralmente sozinhos.

Considerado um tipo de TASOE, o transtorno da compulsão alimentar periódica é caracterizado pela ingestão de uma grande quantidade de alimentos em um período de tempo delimitado (até duas horas) e é acompanhado de uma sensação de perda de controle sobre o que se come ou o quanto se come. Diferentemente da bulimia, geralmente os indivíduos não se engajam em comportamentos compensatórios para controle do peso, por isso tem um peso que é usualmente maior do que o dos pacientes com bulimia ou anorexia.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Cálculo e interpretação do Índice de Massa Corporal (IMC)

O índice de massa corporal ou índice de Quetelet é um método preditor de obesidade. Quanto maior o IMC maior a chance da pessoa desenvolver doenças como diabetes, hipertensão e doenças coronarianas.O IMC é calculado dividindo-se o peso (em quilos) pelo quadrado da altura (em metros):

IMC = \frac

Por exemplo: pessoa com peso de 55 kg e altura de 1,64m.

Cálculo: 55/(1,64)² = 55/2.68 = 20.52 kg/m².

O resultado é dado pela tabela abaixo. Neste, caso a classificação é de eutrofia - peso normal para a altura, valor na faixa esperada para adultos (tabela azul):

Classificação do IMC para adultos

Classificação do IMC para adultos

<< Digite seu peso e altura para o cálculo automático do seu IMC. Selecione sistema métrico (METRIC) e adicione seu peso em quilogramas e sua altura em metros (ex: 1.64).

Caso prefira, o cálculo pode ser feito no sistema imperial.

Índice de massa gorda relativa

Outro cálculo é o índice de massa gorda relativa que utiliza a circunferência da cintura e a altura do paciente.

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Atualização

Especialistas publicaram em 2025 um relatório na The Lancet Diabetes & Endocrinology, propondo mudanças no diagnóstico da obesidade que vá além do Índice de Massa Corporal (IMC). Isto porque o IMC apresenta limitações, não diferenciando entre massa muscular e gordura, nem considera a distribuição da gordura corporal. Isso pode levar a diagnósticos imprecisos, que nem sempre refletem a real condição de saúde.

Para superar essas limitações, os especialistas sugerem que o IMC seja complementado por medidas como a circunferência da cintura em relação à altura ou a relação cintura-quadril, além da avaliação de sinais clínicos de problemas relacionados ao excesso de gordura corporal. Eles também propõem duas novas categorias diagnósticas:

  1. Obesidade clínica: excesso de gordura associado a sinais ou sintomas claros de disfunções nos órgãos ou limitações importantes nas atividades diárias, como dificuldades respiratórias ou problemas articulares. Nesses casos, são indicados tratamentos médicos específicos, incluindo medicamentos ou intervenções cirúrgicas.

  2. Obesidade pré-clínica: excesso de gordura sem sintomas evidentes de doenças atuais, mas com maior risco de desenvolver condições como diabetes tipo 2 ou doenças cardiovasculares. Para esses indivíduos, recomenda-se monitoramento regular e orientações para um estilo de vida saudável.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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