Existem atualmente nos Estados Unidos mais de 100 marcas de bebidas energéticas que faturam bilhões de dólares ao ano em vendas. Os produtos contém na composição substâncias como açúcar, guaraná, taurina, L-carnitina e/ou cafeína. As altas concentrações encontradas na bebida afetam o sistema nervoso aumentando a sensação de alerta, vitalidade e energia.
Para evitar o sono e aproveitar as festas ao máximo muitos jovens misturam energéticos com diversas bebidas alcoólicas que podem aumentar as chances de efeitos colaterais. O álcool isoladamente já afeta o sistema nervoso e afeta a capacidade de julgamento de quem o consome. O uso junto com energético prejudica ainda mais o funcionamento do cérebro e impede o usuário de reconhecer a intoxicação. Nos Estados Unidos o número de internações por abuso de bebidas energéticas subiu de 1.494 casos em 2005 para 20.783 casos em 2011.
Uma pesquisa da Universidade de Boston (EUA) mostrou que estudantes que consumiram energéticos com álcool sofriam mais assédio, abuso sexual, acidentes e internações por intoxicação grave ou coma alcoólico. Indivíduos com pressão alta ou doenças coronarianas também devem evitar bebidas energéticas já que seus compostos (principalmente cafeína e taurina) contribuem para o aumento da pressão sanguínea e dos batimentos cardíacos. Apesar destes aumentos serem insignificantes para pessoas saudáveis, os mesmos podem ser prejudiciais em indivíduos com alguma condição coronariana, principalmente após 1 hora do consumo da bebida energética. O pior: a circulação sanguínea no cérebro também é prejudicada (Grasser et al., 2014).
Outras bebidas possuem cafeína mas a mistura da cafeína em alta quantidade com outros compostos presentes nas bebidas energéticas, incluindo folhas de coca, tornam as misturas preocupantes (Seifert et al., 2011). Você tem o hábito de consumir? Se dá bem ou não com a bebida? Algumas pessoas sentem dores de cabeça, outras maiores níveis de ansiedade, problemas para dormir, irritabilidade ou dor de estômago (Al-Shaar et al., 2017).