A linhaça é rica em ácido alfa-linolênico (ALA), um ácido graxo do tipo ômega-3. Estes ácidos graxos possuem funções importantes para o controle da pressão arterial, para a regulação do ritmo cardíaco, para o bom funcionamento do cérebro e para a prevenção e tratamento de doenças autoimunes e processos inflamatórios.
Para exercer estas funções o ALA precisa ser convertido nos ácidos graxos eicosapentaenóico (EPA) e docosahexaenóico. Contudo, a conversão de ALA para EPA e DHA parece ser menor do que 5%. Em crianças prematuras a conversão é ainda mais dificultada (Brenna, 2002). Desta forma, em bebês, gestantes e pessoas com doenças autoimunes sugere-se a suplementação do óleo de peixe, que já contém EPA e DHA pré-formados.
Mesmo assim, os grãos de linhaça podem entrar na dieta pois são ótimas fontes de fibra, ajudando a reduzir os níveis de colesterol plasmático e controlar a glicemia. Além disso, melhora o funcionamento do intestino e reduz o risco de câncer de colo. Também é fonte de lignanas, fitoquímicos (substâncias de plantas) com estrutura semelhante ao hormôneo estrógeno. Por isso, lignanas são consideradas fitoestrógenos ("estrógenos de plantas"). Estudos mostram que as mesmas contribuem para a redução do risco de câncer de mama e para a saúde dos ossos.