Estudo da escola de saúde pública Johns Hopkins, uma das mais prestigiadas do mundo, aponta relacionamento entre obesidade e diabetes nas mães e o desenvolvimento de algum transtorno do espectro do autismo (TEA) em seus filhos.
Os achados publicados na revista científica Pediatrics levanta novamente o debate de que o autismo se desenvolve mesmo antes do nascimento. A obesidade e o diabetes aumentam o risco de uma série de doenças em mulheres adultas. Agora, estas novas evidências mostram que o excesso de peso e a hiperglicemia também podem impactar o desenvolvimento neurológico do feto.
No estudo Li e colaboradores (2016) acompanharam 2.734 crianças e suas mães. Foram coletados dados como o peso das mães antes da gestação e tempo de diabetes. Durante o período do estudo os pesquisadores identificaram 102 crianças com algum TEA. Aqueles cujas mães eram obesas e diabéticas tiveram 4 vezes mais chance de desenvolver TEA do que os filhos de mães com peso adequado e não diabéticas.
Próximos passos da pesquisas tentam entender porque a combinação diabetes + obesidade nas mães foi tão perigosa para as crianças. Ambas as condições aumentam a inflamação e o estresse orgânico. A inflamação do cérebro do bebê ainda no útero é um dos mecanismos a serem levados em consideração. Outros estudos hipotetizam que mulheres obesas podem ter um pior estado nutricional, serem carentes de folato e outras vitaminas do complexo B, essenciais para o desenvolvimento.
Desta forma, cuidados no pré-natal são essenciais e envolvem o acompanhamento nutricional.
Neste artigo discuto outras hipóteses causais para o autismo. Para acessar outros posts sobre o autismo clique aqui.
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