Metabolômica do Alzheimer

Metabólitos de várias classes estão aparentemente ligados ao risco de desenvolvimento de doença de Alzheimer (DA). Metabólitos são os produtos intermediários de reações metabólicas catalisadas por várias enzimas que ocorrem naturalmente nas células. Este termo é geralmente usado para descrever moléculas pequenas e as primeiras pesquisas focaram nos metabólitos derivados de lipídios.

O fracasso no desenvolvimento de terapias eficazes para os componentes mais bem estabelecidos da fisiopatologia da doença de Alzheimer (deposição de beta amilóide e emaranhados neurofibrilares) levou os investigadores a explorar abordagens alternativas de tratamento.

Os medicamentos direcionados ao Amiloide Beta e Tau até agora não conseguiram atingir os seus objetivos nos ensaios clínicos. O acúmulo dessas proteínas ocorre ao longo de muitos anos anos ou mesmo décadas, e no momento em que a DA é diagnosticada, grande parte do dano já foi feito (Lista et al., 2023).

Os fatores nutricionais podem desempenhar um papel no desenvolvimento e na preservação da função cerebral, e isso também é evidente na área do metabolismo lipídico. Como Toledo et al. (2017) apontaram, acredita-se que mudanças no metabolismo de fosfo e esfingolipídios ocorram precocemente, em associação com a agregação de beta amilóide, possivelmente devido a alterações na estrutura e função da membrana.

Além de serem componentes essenciais das membranas celulares, os lipídios também estão intimamente envolvidos em processos inflamatórios através da via do ácido araquidônico. O metabolismo lipídico também explica a associação entre o genótipo ApoE4 e o risco de aterosclerose e doença de Alzheimer. A ApoE4 tem papéis importantes no metabolismo lipídico e na interação gene-estilo de vida e é considerada a principal razão para a grande variabilidade nos resultados dentro de um grupo de risco genético.

Neuroinflamação e doença de Alzheimer

Inibir a liberação de mediadores inflamatórios, como a pequena molécula de histamina e a degradação lipídica através da via do ácido araquidônico são metas no tratamento do Alzheimer.

A via COX-2 do metabolismo lipídico e as esfingomielinas derivados de lipídios importantes na neuroinflamação e na neuroproteção. Tanto antiinflamatórios quanto fitoquímicos inibem a via inflamatória COX-2.

Fitoquímicos que inibem a via COX-2 (Desai, Prickril, & Rasooly, 2018)

Uma dieta de estilo ocidental (ou seja, dietas ricas em frutose e ricas em gordura, mas pobres em ácidos graxos poliinsaturados) e um estilo de vida sedentário levam a composições lipídicas desfavoráveis nas membranas, inclusive no cérebro. Isso também contribui para a inflamação de baixo grau ao longo do tempo.

Algumas pesquisas avaliaram vários esfingolipídios e hidrolases esfingolipídicas. Encontraram um padrão de expressão elevada de esfingomielinase ácida (ASM) e ceramidase ácida (AC) na doença de Alzheimer, levando a uma redução na esfingomielina e elevação da ceramida. Mais esfingosina também foi encontrada nos cérebros com DA, embora os níveis de esfingosina-1-fosfato (S1P) tenham sido reduzidos. Notavelmente, foram observadas correlações significativas entre os níveis cerebrais de ASM e S1P e os níveis de peptídeo beta amilóide (Abeta) e proteína tau hiperfosforilada. Medicamentos para evitar a ativação de enzimas que previnem a degradação de esfingomielinas e ceramidas (He et al., 2010).

Bioenergética celular alterada no Alzheimer

Além da inflamação, a doença de Alzheimer está associada a alterações na bioenergética celular. A resistência à insulina e a regulação negativa dos transportadores de glicose podem levar à utilização de outras fontes de produção de energia além da glicose (An et al., 2017). Isto inclui a lipólise e consequentemente a beta-oxidação de ácidos graxos, como as acilcarnitinas, nas mitocôndrias.

A certa altura, as mitocôndrias neuronais tornam-se disfuncionais, aumentando ainda mais a desnutrição celular. Isso pode levar à perda acelerada de neurônios e da função cerebral.

Proteger a vasculatura também é muito importante. Bloqueadores do receptor da angiotensina II (como Losartana e atorvastatina) geram efeitos ateroprotetores ao modular o metabolismo lipídico. Curiosamente, no entanto, um estudo recente sobre os efeitos metabólicos da atorvastatina descobriu que esta ateroproteção é aparentemente dependente da composição microbiana intestinal (Zimmermann et al., 2020).

Mahmoudian Dehkordi et al. (2019) demonstraram que um aumento nos ácidos biliares secundários produzidos pela microbiota está associado ao aumento do risco de comprometimento cognitivo na DA. Curiosamente, esses ácidos biliares também foram associados a genes de risco de DA relacionados à resposta imune.

Os ácidos biliares secundários são mais hidrofóbicos e, portanto, mais citotóxicos do que os ácidos biliares endógenos. Além da sua citotoxicidade, os ácidos biliares afetam uma ampla variedade de funções biológicas através de interações com o receptor nuclear FXR. Entre outros efeitos, o FXR regula as respostas imunológicas, bem como a expressão de genes que regulam a homeostase energética e o metabolismo da glicose.

Uma melhor compreensão das alterações metabólicas precoces associadas ao desenvolvimento da doença de Alzheimer poderá permitir a descoberta de novos alvos. A metabolômica pode detectar pequenas alterações biológicas, muito antes de a doença se tornar clinicamente aparente.

A força da metabolômica está na capacidade de medir a infinidade de metabólitos, fornecendo um instantâneo do estado biológico atual de um indivíduo. Uma vez que o metaboloma reflete as alterações genômicas, proteômicas e transcriptômicas únicas do indivíduo, a metabolômica pode fornecer uma análise do sistema global, oferecendo maior conhecimento em comparação com outras abordagens.

O objetivo da análise metabolômica realizada em amostras biológicas de pacientes com declínio cognitivo leve (ou subjetivo) e DA identificou alterações metabólicas associadas à DA pré-clínica e clínica. A maioria dos estudos publicados até o momento concorda que o metabolismo lipídico é a via mais consistentemente alterada na patogênese da DA (Wilkins, & Trushina, 2018).

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Passos no tratamento nutricional das enxaquecas

A enxaqueca é um distúrbio neurológico muito comum, com uma prevalência de aproximadamente 16,2%. É classificada por dores de cabeça recorrentes moderadas a intensas, com ou sem aura, muitas vezes durando entre 4 e 27 horas, com muitos sintomas associados, incluindo náuseas, vômitos e sensibilidade a vários estímulos ambientais.

Embora os mecanismos exatos ainda não sejam totalmente compreendidos, alterações na excitabilidade do sistema nervoso central, despolarização neuronal espontânea, problemas na tireoide, disbiose intestinal e funcionamento anormal das mitocôndrias têm sido associadas às enxaquecas. Como o glutamato é o neurotransmissor excitatório mais abundante, ele está frequentemente ligado a discussões etiológicas, de prevenção e de tratamento relacionadas às enxaquecas.

8 passos no tratamento nutricional das enxaquecas

1. Manejar o estresse - As pessoas que sofrem de enxaqueca têm os estímulos elétricos mais intensos, por isso têm um cérebro mais sensível a tudo. O cérebro processa as emoções, os sentimentos, a dor e os estímulos externos, como barulho, som e luz, de forma mais intensa, por isso, é comum quem sofre de enxaqueca ter depressão ou ansiedade, justamente por causa dessa sensibilidade emocional ser maior. O manejo do estresse pode envolver psicoterapia, atividade física, mudança de rotinas, uso de adaptógenos, como Rhodiola rosea, Whitania somnifera e Bacopa monnieri. O manejo do estresse também é importante para manter a microbiota intestinal em equilíbrio, evitando-se a disbiose.

2. Tratar o intestino - Existem relações diretas e indiretas entre a enxaqueca e o eixo intestino-cérebro. Esta inter-relação parece ser influenciada por múltiplos fatores, tais como mediadores inflamatórios, perfil da microbiota intestinal, neuropeptídeos, hormônios do estresse, nutrientes e pós-bióticos. Explico o programa de tratamento da disbiose intestinal em meu curso online. Aqui você tem um resumo:

3. Estabilizar a glicemia - a hiperglicemia (níveis elevados de açúcar no sangue) pode causar dores de cabeça devido a alterações hormonais (que podem causar constrição dos vasos sanguíneos no cérebro) ou desidratação. Quando o açúcar no sangue está muito alto, seu corpo tenta compensar livrando o corpo do açúcar extra através da urina. O excesso de micção pode causar desidratação, o que pode resultar em dores de cabeça.

4. Reduzir estresse oxidativo - O estresse oxidativo é transduzido em um sinal neural pelo canal iônico TRPA1 nos receptores da dor meníngea, provocando inflamação neurogênica, um evento chave na enxaqueca. Assim, as enxaquecas podem ser uma resposta ao estresse oxidativo cerebral. Para reduzir o estresse oxidativo, reduza açúcar na dieta, previna infecções e trate doenças, reduza o contato com toxinas (cigarro, álcool, poluição, plásticos, tintas, metais pesados), consuma uma dieta rica em antioxidantes, presentes em alimentos como chá verde, açafrão, cacau, frutas cítricas, alho, cebola roxa, ervas (salsinha, cebolinha, hortelã, sálvia, orégano), condimentos (canela, cravo, gengibre…).

5. Manter peso saudável - a enxaqueca têm sido associada a excesso de peso ou de gordura corporal. Atividade física e alimentação balanceada são importantes para a redução das enxaquecas (Di Vincenzo et al., 2020; Rivera-Mancilla et al., 2021).

6. Excluir alimentos desencadeantes - A nutrição é um fator ambiental amplamente discutido que pode afetar o curso da enxaqueca. Foi identificada uma longa lista de alimentos envolvidos no mecanismo da enxaqueca, como chocolate, frutas cítricas, nozes, sorvete, tomate, cebola, laticínios, bebidas alcoólicas, café, cafeína, glutamato monossódico, histamina, tiramina, feniletilamina, nitritos, aspartame, sucralose e glúten. Alguns alimentos ou ingredientes podem desencadear dores de cabeça apenas em subgrupos de pacientes (por exemplo, grupos celíacos), enquanto outros podem causar enxaquecas em caso de abstinência (como a cafeína). A exclusão dos alimentos desencadeantes contribui para a diminuição da inflamação.

7. Fornecer ao cérebro fontes alternativas de energia - existem evidências fortes de que as enxaquecas associam-se à disfunção mitocondrial e deficiência energética cerebral. Nos últimos anos, o uso de dietas ricas em gordura e com baixo teor de carboidratos ganhou popularidade como um possível tratamento para a enxaqueca. O Grupo Internacional de Estudo da Dieta Cetogênica cita a enxaqueca como uma das doenças neurológicas que podem potencialmente se beneficiar do tratamento dietético cetogênico. As terapias dietéticas cetogênicas podem afetar a enxaqueca de várias maneiras: (i) substituindo o combustível cerebral da glicose por corpos cetônicos; (ii) através da influência positiva da cetose sistêmica nas vias da fisiopatologia da enxaqueca, como redução da neuroinflamação; (iii) como moléculas sinalizadoras, os corpos cetônicos poderiam aumentar o funcionamento mitocondrial, reduzir o estresse oxidativo, alterar a excitabilidade cerebral, alterar a depressão disseminada cortical, reduzir a inflamação sistêmica e alterar o microbioma intestinal. Para atingir cetose sistêmica elevada, é necessário seguir uma dieta rica em gordura, moderada em proteínas e muito pobre em carboidratos, como a dieta cetogênica clássica com proporções cetogênicas de 3:1 ou 4:1 (Neri et al., 2023). Para auxiliar a entrada em cetose podemos também suplementar TCM, cetonas exógenas, carnitina ou mesmo butirato (derivado de uma microbiota diversa).

8. Corrigir carência nutricionais - vitaminas do complexo B (especialmente B2, mas todas são importantes), ômega-3 e magnésio são apenas alguns dos nutrientes necessários ao bom funcionamento cerebral. O magnésio, por exemplo, tem sido uma opção de tratamento proposta para enxaquecas devido ao seu bloqueio do receptor glutamatérgico N-metil-d-aspartato (NMDA), um receptor conhecido por ser um contribuinte ativo para a transmissão da dor e depressão disseminada cortical. O magnésio também é conhecido por ser um fator metabólico chave no funcionamento mitocondrial. Além disso, o magnésio inibe a ativação do sistema trigêmino-vascular. A deficiência de magnésio é comum e pesquisas mostraram que níveis significativamente mais baixos de magnésio podem ser encontrados no soro, saliva, cabelo e líquido cefalorraquidiano de indivíduos com enxaqueca durante e entre as crises. Outro suplemento interessante é a coenzima Q10 para melhorar o funcionamento mitocondrial.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Alimentos fermentados melhoram a composição da microbiota intestinal

Fermentados são produzidos pela adição de microorganismos, como bactérias ou leveduras a um alimento. Por exemplo, quando você adiciona fermento ao chá adoçado, ele fermenta e vira a kombucha. Da mesma forma, as bactérias reagem com o leite para criar o iogurte.

Muitos alimentos fermentados – como kefir, kombucha e vegetais fermentados – contêm probióticos (micróbios vivos), que podem chegar ao intestino, trazendo benefícios à saúde.

Os alimentos fermentados podem beneficiar a saúde de várias maneiras, como melhorar a digestão e diminuir o risco de certas doenças, como diabetes tipo 2 e doenças cardíacas. Fazem isso pela melhoria da qualidade do microbioma intestinal mais saudável.

O microbioma intestinal de cada pessoa é único. Existem testes que fornecem uma análise das bactérias que vivem no intestino, bem como recomendações personalizadas sobre como melhorar a saúde intestinal.

Exemplos de alimentos fermentados para a saúde intestinal

1. Kefir: bebida fermentada. O kefir de leite contém muito mais bactérias probióticas do que o kefir de água. Esta bebida azeda e levemente gaseificada é feita adicionando grãos de kefir ao leite em temperatura ambiente e deixando-o fermentar por 10 a 24 horas.

Embora a pesquisa em humanos seja limitada, há algumas evidências de que o kefir pode ajudar no controle das taxas de açúcar no sangue, na saúde intestinal, na perda de peso, na redução da inflamação. O kefir de leite também é fonte de vitaminas B, C, A e K, bem como magnésio, cálcio e fósforo.

2. Iogurte: alimento comum em muitas cozinhas ao redor do mundo. Existem diferentes tipos de iogurte disponíveis, mas aqueles sem adição de açúcar são os melhores. Adicione frutas, ervas, aveia em flocos ou um fiozinho de mel para dar sabor.

Uma análise de mais de 100 estudos descobriu que o iogurte pode estar associado a muitos benefícios à saúde, incluindo melhor saúde intestinal, óssea, cardíaca e metabólica em geral.

O Lactobacillus acidophilus é o probiótico mais comum no iogurte. O iogurte também é uma boa fonte de proteínas, cálcio, fósforo e vitaminas B.

3. Kimchi: uma mistura fermentada de especiarias e vegetais como repolho, rabanete, alho-poró, pepino ou batata doce. Originária da Coreia há quase 1.000 anos, esta comida tradicional coreana é agora popular em todo o Leste Asiático e em todo o mundo.

Embora seja tipicamente uma mistura salgada e azeda, o kimchi vem em uma variedade de sabores, dependendo dos temperos, temperos e vegetais adicionados. O Kimchi é consumido como acompanhamento da refeição principal ou adicionado à receitas como bolinhos ou ensopados.

O consumo de kimchi pode ajudar a reduzir o colesterol e melhorar os níveis de açúcar no sangue. Também ajudam a melhorar a saúde intestinal e aliviar certos problemas digestivos, como dor abdominal, distensão abdominal e evacuações irregulares. Outros benefícios potenciais para a saúde relatados incluem a prevenção de certos tipos de câncer e o apoio à saúde do cérebro e da pele.

Os vegetais comumente usados no kimchi são boas fontes de vitaminas A e C, bem como cálcio, magnésio, potássio e fibras prebióticas. Os prebióticos são os alimentos para as bactérias boas (probióticas). Prebióticos podem ser fibras ou polifenóis. de alimento para os micróbios bons que vivem em seu intestino.

4. Chucrute: repolho fermentado. Apesar de ser muito popular na Alemanha, acredita-se que o alimento tenha vindo da China há quase 2.000 anos. Esse condimento crocante pode ser uma boa opção para quem não conhece alimentos fermentados. Você pode comê-lo em sanduíches, com carne ou sozinho.

Em vários estudos envolvendo pessoas com síndrome do intestino irritável, comer chucrute foi associado à redução dos sintomas após apenas 6 semanas. O chucrute também é rico em outros nutrientes benéficos à saúde, como fibras, vitaminas C e B6 e ferro.

5. Kombucha: chá doce fermentado, originado no nordeste da China há mais de 2.000 anos. Para a fermentação usa-se um SCOBY, uma cultura simbiótica de bactérias e leveduras. As pessoas costumam adicionar frutas ou ervas para criar uma variedade de sabores.

É importante estar atento ao teor de açúcar do kombuchá. As versões produzidas industrialmente podem conter alto teor de açúcar, adoçantes e outros aditivos..

6. Missô: alimento originado na China antes de chegar ao Japão em algum momento do século VII. É feito misturando soja, arroz fermentado e sal, antes de fermentar por vários meses. Tem sabor rico e saboroso e pode ser usado em sopas, molhos e molhos para salada, entre outros pratos.

O consumo regular de missô parece regular as taxas de açúcar no sangue, reduzir o risco de certos tipos de câncer e doenças cardíacas, além de promover melhor saúde intestinal.

7. Alguns queijos: Cheddar envelhecido, parmesão, queijos suíços e alguns queijos cottage contêm probióticos. O queijo também é uma boa fonte de cálcio, mas pode ser rico em sódio e gordura saturada. É melhor comê-lo com moderação e como parte de uma dieta saudável em geral.

8. Pão de fermentação lenta: embora a massa fermentada contenham probióticos, eles são eliminados pelo calor do processo de cozimento. No entanto, o pão cozido pode conter fibras prebióticas. Semelhante a outros alimentos fermentados, o pão de massa fermentada tem um sabor levemente azedo e salgado. Apesar da fermentação, não é seguro para pessoas com doença celíaca.

9. Vinagre de maçã: na Grécia antiga, Hipócrates costumava prescrever vinagre de maçã para muitas doenças. O vinagre de maçã é feito adicionando fermento ao suco de maçã e deixando-o fermentar. Pode ser usado em molhos para salada, assados, conservas, sopas ou qualquer outro prato que necessite de um pouco de acidez.

O vinagre de maçã cru ou não filtrado contém bactérias vivas, algumas das quais podem ser probióticas. Os possíveis benefícios à saúde incluem melhor controle do açúcar no sangue e dos níveis de colesterol. Compre sempre marcas orgânicas e em garrafa de vidro.

Tim Spector, professor de saúde pública na Inglaterra, recomenda consumir pequenas quantidades de uma variedade de alimentos fermentados todos os dias. Comece devagar e aumente gradualmente para evitar o inchaço.

Os alimentos fermentados são apenas uma parte de uma dieta geral equilibrada, juntamente com frutas, vegetais, gorduras saudáveis e boas fontes proteicas, sejam de origem vegetal ou animal.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/