Jejum e redução do risco de Alzheimer

De acordo com um artigo publicado em 2020 no Journal Of Proteomics, o jejum intermitente é uma das estratégias para a preservação do cérebro ao longo da vida. Os pesquisadores acompanharam indivíduos que fizeram 30 dias consecutivos de jejuns diários de mais de 14 horas (do pôr do sol ao pôr do sol) durante o Ramadã (mês sagrado para os muçulmanos). Durante o mês do Ramadã fizeram análises da atividade de genes-chave associados à imunidade, câncer, saúde cerebral, metabolismo e assim por diante (Mindikoglu et al., 2020).

Observaram uma regulação negativa grande do gene APP, um dos responsáveis pelas placas amilóides, características de pacientes com a doença de Alzheimer. Por outro lado, encontram uma regulação positiva bastante significativa gene CFHR1, que ajuda a melhorar o metabolismo lipídico. Não foi o único estudo a fazer esses tipos de descobertas. Em 2015, uma investigação foi publicada na revista Rejuvenation Research, mostrando que gene SIRT3 é regulado positivamente em pessoas que realizaram jejum intermitente. O gene SIRT3 codifica uma proteína mitocondrial que foi associada a efeitos “anti-envelhecimento” potencialmente protetores (Wegman et al., 2015). O jejum é um assunto intrigante e novos estudos nos ajudarão a elucidar ainda mais o papel desse descanso metabólico na performance cerebral.

Por quanto tempo devemos jejuar?

Existem muitos benefícios no jejum, entre eles a redução da inflamação e o estímulo de genes antienvelhecimento. Mas porquanto tempo devemos jejuar? ⠀ O tempo mínimo e recomendado para realização diária é de 12h.

Pacientes com neuroinflamação, maior risco de Alzheimer ou doenças autoimunes podem se beneficiar de jejuns mais frequentes e mais longos - 16 a 20h (pelo menos 2 vezes por semana). Este é um tempo suficiente para melhorar a expressão de genes como PGC1a, NRF2 e também a biogênese mitocondrial.

Obesos ou pessoas que já fizeram muitas dietas precisam ter mais cuidado. Jejuns mais longos podem atrapalhar e desequilibrar alguns comportamentos alimentares e gerar mais compulsão. Outra questão é o que vamos comer após o jejum. De nada adianta jejuar e depois só consumir alimentos ruins para seu corpo. Durante o jejum a pessoa pode tomar água, chás e shots sem açúcar e tinturas antioxidantes.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Critérios de Roma IV para o diagnóstico da síndrome do intestino irritável

A síndrome do intestino irritável (SII) é uma doença comum crônica que afeta o intestino grosso (cólon) e que cursa com dor e inchaço abdominais, gases, diarreia ou constipação (podem se intercalar) e muco nas fezes. O diagnóstico é feito pelo gastroenterologista com base principalmente na sintomatologia apresentada. O profissional utilizará os critérios de ROMA IV para este diagnóstico:

  • Paciente apresenta dor abdominal recorrente (uma vez ou mais por semana por pelo menos 3 meses);

  • A dor abdominal está associada a pelo menos dois dos seguintes sintomas: (a) dor durante a defecação, (b) mudança na frequência das fezes, (c) mudança na aparência das fezes;

  • O paciente não possui nenhum dos seguintes sinais de alerta: (a) idade igual ou superior a 50 anos, (b) triagem prévia ou suspeita de câncer de cólon, (c) evidência de sangue nas fezes, (d) dor noturna ou na passagem das fezes, (d) perda de peso sem explicação, (e) história familiar de câncer colorretal ou doença inflamatória intestinal, (f) massa abdominal palpável ou lipofenopatia, (g) evidência de anemia ferropriva em exames de sangue, (h) teste positivo para sangue oculto nas fezes.

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Importância do gerenciamento do estresse

O estresse é um dos gatilhos para inflamação intestinal. Além de remover alimentos ultraprocessados da dieta, reduzir ao máximo o consumo de álcool e tratar a disbiose, faça yoga. Estudos mostram que a prática de yoga reduz estresse, melhora a qualidade de vida e contribui para a redução da atividade da doença (Cramer et al., 2017; D´Silva et al., 2020; Sun et al., 2019).

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Dieta e crossfit

O crossfit é uma marca que está relacionada à volumes de treino elevado e uma variedade de exercícios de alta intensidade. Estas características estão associadas a alto risco de lesões, aumento da dor muscular no pós treino, elevada fadiga, questões agravadas se a dieta é pobre em nutrientes (proteína, carboidratos e também hidratação inadequada.

O risco de overtraining existe. Caracteriza-se pela combinação de excesso de treino, alta produção de radicais livres, com uma recuperação inadequada, gerando fadiga extrema, queda da performance e da imunidade. Uma das estratégias preventivas é justamente a adoção de dieta balanceada com quantidades adequadas de macronutrientes, repouso adequado para boa recuperação, redução do estresse social e familiar, variação do tipo de treino.

NECESSIDADES NUTRICIONAIS DO CROSSFIT

Revisão sistemática publicada por grupo de estudos brasileiro mostra as principais recomendações para os “crossfiteiros” (de Souza et al., 2021).

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/