Memória em pessoas com trissomia do cromossomo 21 (síndrome de Down)

O planejamento de ações futuras, mantendo-as durante um período variável de tempo e recuperando-as no momento e/ou contexto esperado, recebe a designação de memória prospectiva (MP). Por exemplo, lembrar de entregar uma mensagem a uma determinada pessoa ou de tomar uma dada medicação ou suplemento no momento apropriado são atividades que dependem do bom funcionamento da MP.

Déficits de memória tem sido descritos na síndrome de Down em várias pesquisas, tanto nas memórias de curto (verbal e visuo-espacial) e longo prazo, habilidades de memória de trabalho e memória prospectiva (Kantar et al., 2020; Costa et al., 2015; Jarrold, Nadel, & Vicaci, 2008; Landura, & Kaoua, 2020).

A memória de pessoas com síndrome de Down (por exemplo, memorização de palavras) depende de uma maior repetição. Observa-se que para a MP (o que devo fazer, quando e como) o desempenho também aumenta quando a tarefa é repetida de forma regular e principalmente, dentro de uma rotina.

Mesmo assim, os déficits de memória podem se agravar a partir do final da infância e adolescência. Vários fatores estão associados a isto, incluindo redução dos estímulos, neuroinflamação, processos de glicação cerebral, acúmulo de proteína beta amilóide e emaranhados de proteína TAU no cérebro. Testes nutrigenéticos avaliam se estas tendências são maiores ou menores.

De qualquer forma, dieta antiinflamatória, rica em antioxidantes e compostos bioativos, que previna a glicação faz parte do combo de saúde para todos os indivíduos com trissomia do cromossomo 21. Como a doença de Alzheimer começa décadas antes de seu diagnóstico , as condutas preventivas devem ser iniciadas desde a infância. Estudos mostram ainda impacto negativo do sono de má qualidade na cognição. Por isto, higiene do sono, acompanhamento e tratamento da apneia também são fundamentais (Chawla, Burgees, & Heussler, 2020).

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

GENÉTICA NÃO É TUDO | MUDE SEU DESTINO

Você fez um teste nutrigenético, recebeu o resultado e se desesperou? Calma, você já está de parabéns. Deu um primeiro passo importante para entender sua herança, fatores de risco e suscetibilidades. A genética desempenha sim um papel essencial em nossa saúde e longevidade e os testes nos fornecem ótimos insights sobre nossas fraquezas e potenciais.

Contudo, genética não é destino. Nosso ambiente, especialmente o que comemos modifica a expressão de genes, a forma como proteínas são produzidas. Imagine uma casa de tijolo e cimento, ela é mais resistente ao fogo do que uma casa de madeira. Mas se você tem uma casa de madeira, você pode brincar ou não com o fogo, fazendo com que ela dure pouco ou que dure tanto quanto a casa de cimento. O fogo para nós são nossas escolhas. Podemos escolher alimentos e suplementos que combinam mais ou menos com nossa genética, podemos nos exercitar mais ou menos, combater ou não o estresse. E tudo isso vai influenciar a expressão de genes.

A dieta e a expressão gênica

Nutrigenômica é o estudo dos efeitos de nutrientes e compostos específicos dos alimentos na expressão de seus genes e nos fatores de risco para doenças crônicas. Ajuda a determinar quais necessidades nutricionais podem ser mais importantes para sua composição genética única.

Seus resultados podem dizer, por exemplo, que sua composição única beneficia-se de menos carboidratos na dieta. Ou de mais fibras, ou de mais antioxidantes. Ou da suplementação de nutrientes na forma ativa, como o metilfolato (forma ativa da vitamina B9).

Nenhum de nós tem uma genética perfeita. Todos temos variações (polimorfismos) que tornam a produção de algumas proteínas mais lentas, enquanto outras são mais rápidas. Podemos regular a expressão desses genes. Mas para isso, precisamos conhecer nossa composição única. Caso deseja conversar sobre o tema e fazer seu teste marque uma consulta por este link.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

DISTÚRBIOS ALIMENTARES | DICAS PARA VENCER A COMPULSÃO

O confinamento e o estresse relacionado à pandemia pelo Covid-19 agravou os transtornos alimentares. É o que foi demonstrado em dois estudos recentes. O isolamento social, a ansiedade, a interrupção da atividade física, o tédio e a mudança de rotina aumentou a prevalência de bulimia, dietas malucas e compulsão alimentar (Miniati et al., 2021; Termorshuizen et al., 2020).

O tempo passado nas redes sociais também fez com que muita gente passasse muito tempo exposta ou refletindo sobre imagem corporal. TROQUE PELO CURSO DE YOGA!! No tempo que gasta navegando pode se formar como instrutor, sabia? E se estiver em dificuldade ainda te dou uma bolsa de 50% de desconto!

Atenção: os transtornos alimentares e outras condições de saúde mental costumam estar de mãos dadas. Depressão e ansiedade têm taxas de comorbidade muito altas com transtornos alimentares. Por isso, precisando procure um psicólogo e um psiquiatra. Não tenha medo de pedir ajuda, principalmente em recaídas.

Aprenda a dizer não, a descansar, a parar, a se avaliar, a processar suas emoções. Colorir, meditar, cantar. A psicoterapia também ajuda muito. Falar sobre sentimentos reduz a ansiedade e ajuda no gerenciamento da medicação. Indico a Julia Maciel, psicóloga formada pela UnB e que atende online, por videoconferência. Atividade física, meditação, acupuntura e yoga também vêm mostrado-se importantes complementos ao tratamento tradicional medicamentoso. Cuide-se!

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/