Dieta cetogênica, jejum intermitente e proteção contra o COVID-19

Os vírus são microorganismos sem metabolismo definido, dependendo do metabolismo celular do hospedeiro para a aquisição de matérias-primas e energia para seus processos biológicos. Infecções virais alteram o metabolismo do portador, em particular o uso dos açúcares. É comum após uma infecção o aumento da glicemia (quantidade de açúcar no sangue). Diabéticos e pessoas com pré-diabetes podem descompensar mais facilmente o que aumenta a gravidade da infecção e o risco de morte.

Por isso, o acompanhamento nutricional de qualquer pessoa com alterações de metabolismo de carboidratos é muito importante. Apesar da dieta recomendada ser de baixo índice glicêmico e antiinflamatória, o consumo de frutas e verduras é importante, uma vez que são ricas em fibras, vitaminas, minerais e fitoquímicos que melhoram a imunidade. Já pizzas, pães, doces, refrigerantes, sucos concentrados, bebidas alcoólicas devem ser evitados.

Jejum intermitente e COVID

O jejum intermitente, quando realizado por razões de saúde em pacientes com diabetes mellitus ajuda na perda de peso, na melhoria da sensibilidade à insulina e na redução da necessidade de medicamentos. Boas evidências de estudos científicos mostram que os benefícios do jejum superam os danos potenciais no indivíduo médio.

Além disso, acredita-se que a dieta cetogênica no café da manhã e almoço, juntamente com a suplementação com duas doses de TCM rico em ácido láurico, seguido por 8-12-h de jejum intermitente e um jantar rico em frutas e legumes, poderia ser uma estratégia antiinflamatória preventiva adjuvante para combater infecções pelo SARS-CoV-2. Mesmo assim, continue usando sua máscara, lavando as mãos e evitando exposições desnecessárias.

Contudo, pessoas com diabetes precisam ser mais cautelosas para não sofrerem hipoglicemias severas, principalmente quando em uso de medicamentos, que precisarão ser ajustados (GRAJOWER, & HORNE, 2019).

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Suplementos para alergias respiratórias com tosse

Alergias ocorrem quando o sistema imunológico de uma pessoa acredita erroneamente que um antígeno (alérgeno) é prejudicial. Poeira, pólen, o cheiro das flores ou de produtos de limpeza, proteínas dos alimentos podem gerar respostas extremas do sistema imune de algumas pessoas.

As células imunes produzem anticorpos em resposta a esses alérgenos ambientais. Cada anticorpo é específico para um componente - poeira, pólen, mofo, pêlos, moléculas de aroma, proteínas alimentares etc. Quando os anticorpos detectam estas substâncias no corpo, eles alertam os mastócitos e os basófilos para liberar substâncias químicas, como as histaminas.

mastocitos-alergia.png

Essa reação de hipersensibilidade resulta em espirros, tosse, coceira, secura nos olhos ou nos seios nasais. Outras pessoas sentem calor, a pele borbulha. E existem aqueles que ficam entupidos (congestionados), cansados e cheios de mau estar. O alívio vem com o afastamento do alérgeno. Por exemplo, se a pessoa inflama quando consome leite, deve evitar este tipo de alimento.

Além disso, pode caprichar no consumo de substâncias com propriedades anti-histamínicas, como frutas pois são ricas em vitamina C. Alcaçuz (licorice), urtiga, açafrão, cominho, gengibre e outras ervas também podem ajudar. Isto é super importante pois pessoas alérgicas tem tido mais problemas pulmonares durante a pandemia por COVID. Falo sobre o tema neste vídeo:

Suplementos redutores de histamina (quercetina, magnésio, SAMe, vitamina B6, vitamina C) e antiinflamatórios (ômega-3, óleo de borragem, óleo de prímula) podem ser prescritos por nutricionista. Exemplos de alimentos liberados para quem tem intolerância à histamina: chás de ervas, azeite de oliva, óleo de coco, leite de amêndoas, leite de coco, leite de arroz, leite de cânhamo, todos os vegetais (com exceção de berinjela, espinafre e tomate), arroz, macarrão sem glúten, ovos, quinoa, maçã, pera, manga, lichia, uva, melão, figo, cereja, nectarina, amora, mirtilo, carnes frescas.

DÚVIDAS? MARQUE SUA CONSULTA AQUI

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
Tags

Síndrome alcoólica fetal

Quando a mulher consome álcool na gravidez o desenvolvimento do feto pode ficar comprometido. Por isso, a maioria dos obstetras é totalmente contra, independentemente da quantia ou do trimestre gestacional em que a grávida encontra-se.

Acredita-se que a prevalência da síndrome alcoólica fetal (SAF) seja de 1 a 2 casos para cada 1.000 nascidos vivos. No Brasil registram-se entre 1.500 e 3.000 novos casos por ano. Para prevenção basta evitar o consumo de álcool no período anterior e durante a gestação.

Consequências da síndrome alcoólica fetal (SAF)

SAF é o transtorno mais grave do espectro de desordens fetais alcoólicas. Os efeitos decorrem da interferência na formação cerebral, em especial na proliferação normal e migração dos neurônios que não se desenvolvem completamente em certas estruturas e podem acarretar alterações congênitas, anomalias do sistema nervoso central, retardo no crescimento e prejuízos no desenvolvimento cognitivo e comportamental.

O consumo de álcool por gestantes pode provocar desde disfunções mais sutis até o quadro completo da SAF, passando por parto prematuro, aborto, morte fetal e uma série de deficiências físicas, comportamentais, cognitivas, sociais e motoras, além de outras dificuldades ao longo da vida. Entretanto, por motivos ainda desconhecidos pela ciência, nem todas as crianças nascidas de mães que consumiram álcool no período gestacional desenvolvem os seus efeitos deletérios.

Para a identificação e diagnóstico da SAF é necessário a presença de achados em 3 categorias primárias: (1) Alterações Faciais; (2) Restrição de Crescimento Intrauterino ou pós-natal e (3) alterações do Sistema Nervoso Central.

  • Anomalias faciais: fissura palpebral pequena, ptose palpebral, hemiface achatada, nariz antevertido, filtro liso, lábio superior fino;

  • Restrição do crescimento: baixo peso ao nascer, restrição do crescimento mesmo com nutrição adequada, baixo peso em relação à altura;

  • Alterações do desenvolvimento do SNC: microcefalia, anormalidades estruturais do cérebro, dificuldades motoras finas, perda da audição, dificuldade no caminhar ou na coordenação olho-mão;

  • Anormalidades comportamentais: incapacidade de leitura, baixo desempenho escolar, dificuldade no controle de impulsos, problemas com a percepção social, dificuldade na linguagem, raciocínio abstrato pobre, habilidades prejudiciais, dificuldades de memória e de julgamento;

  • Defeitos congênitos: defeitos cardíacos, deformidades do esqueleto e dos membros, anomalias anatômicas renais, alterações oftalmológicas, perda do ouvido, fenda labial ou do palato.

Tratamento

Não existe tratamento específico. Entretanto, os cuidados gerais que toda criança merece devem ser mantidos. Além disso, pode ser. necessárias terapias específicas para estímulo das áreas afetadas. Entre as terapias encontram-se fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia, terapia nutricional etc.

Atenção: além do álcool outras substâncias não devem ser utilizadas durante a gravidez, como cigarro, medicamentos não prescritos por médicos e que sejam adequados a esta fase, drogas. A mulher que deseja engravidar deve se preparar para esta fase, garantindo um desenvolvimento adequado de seu bebê.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/