Estudos mostram que a meditação ajuda na redução do estresse e da ansiedade, reduz a pressão arterial e a neuroinflamação, melhora a qualidade do sono, a performance física e mental. Hoje, no dia mundial da meditação, gravei uma prática simples, para quem deseja começar:
Estratégias simples para um cérebro saudável
Pesquisas mostram que melhorias simples no estilo de vida e atividades estimulantes mentais podem ajudar a proteger o cérebro em todas as fases da vida. Desde a primeira infância, a estimulação cognitiva alcançada por meio de atividades sociais, mentais e físicas é importante para aumentar nossas reservas cerebrais. Mas, independentemente da idade, podemos reduzir as chances de doenças como Alzheimer em até 40% com atividade física, controle da glicemia e da pressão arterial, manutenção de um peso saudável, educação (estudar algo é importante para estimular o cérebro) e controle da inflamação. Hoje quero mostrar exatamente estratégias que ajudam a controlar a neuroinflamação.
Sono de qualidade
A privação do sono está associada à neuroinflamação (Zhu et al., 2012). Por isso, cuidar da higiene do sono é muito importante. Muitas pessoas acham que não há problema em ficar com o sono atrasado ou passar uma noite sem dormir. Mas sem descanso, acontecem mais acidentes de carro, mais erros fatais no trabalho, a pressão sanguínea aumenta, há queda da imunidade e maior risco de desenvolvimento de diabetes, doenças cardiovasculares e obesidade.
Estudo em 12 países mostrou que até 40% dos adultos dormem menos do que precisam. O sono é necessário tanto para a saúde física quanto mental. A privação do sono tem efeito semelhante à intoxicação por álcool: a memória falha, a irritabilidade aumenta, comportamentos tornam-se mais impulsivos e menos pensados. Dormir previne até câncer!
Óleos essenciais
Há uma série de óleos essenciais que são conhecidos por terem um efeito calmante e relaxante, como jasmim, ylang ylang, camomila e lavanda. Esses óleos também são seguros para inalação por pessoas com convulsões.
Adultos podem usar esses óleos na inalação, em concentração de 2% (50 mL de água e 20 gotas de óleo essencial, uma vez por dia, 5 dias da semana. Depois, interrompa por pelo menos dois dias e depois retorne. O difusor pode ficar ligado por 2 a 4 horas por dia, em ambiente amplo (como uma sala de cerca de 20m2).
As moléculas aromáticas dos óleos essenciais chegam às narinas e estimulam os receptores olfativos. Estes receptores acionam os neurônios sensoriais para transportar sinais ao bulbo olfatório e daí para o córtex olfatório e para o sistema límbico, responsável pela memória, instinto e humor.
Além de dormir bem e relaxar os óleos também podem reduzir a neuroinflamação. Outras opções são os óleos de olíbano, patchouli, hortelã pimenta e vetiver são óleos essenciais populares. Óleo essencial de alecrim (Rosmarinus officinalis) também é uma boa opção antiinflamatória mas nunca deve ser usado por pessoas que sofrem com convulsões, pois podem piorar (Betts, 2003). APRENDA MAIS SOBRE AROMATERAPIA E O USO SEGURO DOS ÓLEOS ESSENCIAIS.
Yoga e meditação
A prática de yoga e meditação contribui para o combate ao estresse, para a melhoria da qualidade do sono, isso todo mundo sabe. Mas estudos mostram também que as práticas também reduzem biomarcadores inflamatórios, associados a várias doenças (Djalilova et al., 2019). Neste curso de 12 meses você criará uma rotina de práticas e ainda pode sair com certificado de instrutor: CURSO DE FORMAÇÃO DE INSTRUTORES DE YOGA (100% ONLINE).
Suplementação de creatina
A creatina poderia melhorar o processamento cognitivo, especialmente em condições caracterizadas por déficits de creatina no cérebro. Que condições? Elas são muito comuns: estresse crônico, pancadas e outras lesões cerebrais traumáticas, envelhecimento, Alzheimer, privação de sono, disfunção mitocondrial e depressão. Escolha uma marca confiável:
O protocolo ideal, capaz de aumentar os níveis de creatina no cérebro, ainda não foi determinado, assim como as doses que devem ser consumidas diariamente. Mesmo assim, há muita promessa nesta área. A creatina é um dos suplementos ergogênicos mais utilizados para aumento da força física e melhora da performance esportiva (Roschel et al., 2021).
ANEMIA NA SÍNDROME DE DOWN NÃO PODE ACONTECER!
O baixo consumo de ferro é a principal causa da anemia ferropriva na população. Outra importante causa de anemia é a extração exagerada de sangue. Um estudo realizado com pacientes com trissomia do cromossomo 21 (síndrome de Down) mostrou uma alta prevalência de anemia nesta população (Mittal et al., 2020). A anemia piora o funcionamento da tireóide, a performance cardiovascular, gera cansaço, sonolência, dificuldade de concentração e atraso no desenvolvimento cognitivo.
Muitos profissionais possuem dificuldade em diagnosticar a anemia ferropriva pois a ferritina pode estar alta ou normal na síndrome de Down. Isso acontece porque muitas vezes a criança está também doente ou inflamada. Por isso, o ideal seria pedir também como exame o receptor solúvel da transferrina (sTfR). Este não sofre influência da inflamação e da infecção como a ferritina, sendo portanto, útil na avaliação da deficiência de ferro, principalmente na presença de inflamação ou infecção.
Claro, tirar sangue demais é contra-indicado, como visto na entrevista acima com a cardiologista, especialista em síndrome de Down, Dra. Carolina Capuruço. Mesmo assim, o rastreamento anual para anemia (hemograma + ferritina e, se necessário sTfR) é fundamental para que a prescrição possa ser feita de forma adequada. Em contraste com a ferritina, que reflete a reserva de ferro, o receptor solúvel de transferrina avalia o suprimento medular de ferro e o grau de eritropoiese, refletindo o compartimento funcional de ferro. Para maior segurança é importante dosar também marcadores de fase aguda (como PCR ou VHS).
A suplementação de ferro deve ser feita apenas quando houver anemia ou risco de anemia. Além disso, a forma de ferro suplementada deve considerar a capacidade da pessoa em se defender contra um possível estresse oxidativo. Sais ferrosos aumentam o estresse oxidativo enquanto o ferripolimaltose (ferro polimaltosado), bisglicinato e sucrossomial não possuem este efeito.
Para melhorar a absorção de ferro podemos associar o mineral com Lactobacillus plantarum. Marque sua consulta, em caso de dúvida.
MAIS INFORMAÇÕES SOBRE O NÍVEL SÉRICO DO RECEPTOR SOLÚVEL DE TRANSFERRINA
O nível sérico do sTfR aumenta com a depleção das reservas de ferro, nas talassemias, anemias hemolíticas, anemia falciforme, na eritropoiese ineficaz - anemias megaloblásticas e síndromes mielodisplásicos, nas leucemias crônicas e agudas, e na terapêutica com eritropoietina.
Já a diminuição dos níveis de sTfR associa-se aos síndromes de falência medular, ao déficit de eritropoietina, como na insuficiência renal crônica e ao excesso de ferro.