Melhores suplementos de zinco

O zinco é um mineral essencial, cofator em mais de 200 reações enzimáticas. É fundamental para o sistema imunológico, participando na produção de glóbulos brancos (células assassinas naturais, linfócitos T e linfócitos B), para a regulação de hormônio da tireóide e testosterona, para a saúde da pele e cicatrização de feridas, para a prevenção da degeneração macular, crescimento e desenvolvimento normais, além de influenciar nossa capacidade de sentirmos cheiros e sabores.

Níveis baixos de zinco podem ser resultado de vários fatores como o consumo excessivo de oxalato (encontrado em grandes quantidades no espinafre, ruibarbo e chá preto) e fitatos (presentes em grãos inteiros, nozes, sementes, feijão e batata). Como estes alimentos são importantes, fazendo parte de uma dieta saudável podemos compensar com suplementação de zinco ou uso de fitase (enzima que quebra os fitatos).

Outros fatores podem reduzir a absorção de zinco como cafeína, uso de antiácidos, diarreia frequente, doença hepática, doença renal, diabetes, doenças intestinais (como doença celíaca, doença de crohn e colite ulcerativa). Existem também polimorfismos genéticos que atrapalham o transporte de zinco (Giacconi et al., 2018).

Valores ideais de zinco

Ao analizar zinco sérico a concentração deverá estar entre 110 a 130 mcg/dL. Valores mais próximos de 70 ainda são aceitáveis mas já podem começar a gerar sintomas. Valores menores que 70 são considerados muito baixos. Nestes casos, o ideal é usar um suplemento com melhor disponibilidade.

A maior parte dos suplementos comercialmente disponíveis são fórmulas contendo óxido de zinco, gluconato de zinco ou picolinato de zinco. Contudo, se estes suplementos não forem suficientes para restaurar os níveis, o ideal seria utilizar o zinco bisglicinato, que tem biodisponibilidade cerca de 40% maior em relação ao gluconato.

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O bisglicinato de zinco é um quelado de zinco bem tolerado e bem absorvido. É composto de uma molécula de zinco ligada a duas (bis = duas) moléculas do aminoácido glicina. Como essa forma de zinco é absorvida intacta (ou seja, ligada à glicina), ela não compete com outros minerais pela absorção no trato intestinal.

Além disso, por ser melhor absorvido causa menos efeitos colaterais, como constipação ou diarreia. No caso do zinco, seja qual for sua forma, é melhor ingeri-lo com comida porque o zinco é conhecido por causar náusea com o estômago vazio. Em relação às formas do químico do zinco, existem aqueles com baixa, média e alta biodisponibilidade:

É importante lembrar que o zinco pode interferir na ação de medicamentos, incluindo antibióticos, diuréticos, inibidores da ECA, quimioterápicos, imunossupressores e antiinflamatórios não-esteroidais. O alto consumo de zinco também pode desencadear deficiência de cobre. Para suplementar cobre avalie sempre antes os níveis sanguíneos.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Causas para caminhada mais lenta em adultos com síndrome de Down

Muito se estuda e discute sobre a marcha de crianças com síndrome de Down. Elas podem levar mais tempo para caminhar sem apoio. Pode ser mais difícil para elas se equilibrarem ou coordenarem movimentos, principalmente se forem muito flexíveis e/ou hipotônicas. O treino da marcha geralmente tem início assim que a criança consegue sentar-se sem apoio mas varia de criança para criança e o ideal é sempre consultar um fisoterapeuta.

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Em outras fases da vida a atividade física melhora a coordenação, o equilíbrio, além de promover compensações importantes no aparelho locomotor. Quando o adulto com síndrome de Down começa a ter mais dificuldade no caminhar ou começa a andar de forma mais lenta alguns fatores precisam ser investigados, dentre eles:

CARÊNCIA DE VITAMINA D - A vitamina D está envolvida na saúde músculo-esquelética. Vários estudos mostram que a velocidade de marcha de idosos é menor quando há hipovitaminose D. A redução da marcha associa-se também à menor qualidade de vida, modificações cognitivas, declínio funcional, redução na autonomia e maior risco de hospitalização. Grande parte dos estudos indicam concentrações ideais de vitamina D entre 40 e 60 nmol/L. Contudo, pessoas com baixo consumo de cálcio podem se beneficiar de concentrações plasmáticas ainda maiores, de 75nmol/L ou mais (Annweiler et al., 2017). Contudo, concentrações muito altas de vitamina D podem aumentar o risco de calcificações de órgãos e vasos. O acompanhamento é fundamental.

OSTEOARTRITE - Pessoas com síndrome de Down são geralmente hiperflexíveis e isto aumenta o risco de osteoartrite, principalmente se estiverem acima do peso. A artrite gera dor e pode reduzir a mobilidade e a vontade de participar em atividades corriqueiras. Lembre que muitos adultos com síndrome de Down não descrevem sua dor ou possuem uma maior tolerância para o desconforto o que faz com que a osteoartrite vá piorando sem tratamento adequado. Se suspeitar de qualquer desconforto investigue a saúde das articulações.

INSTABILIDADE DA REGIÃO CERVICAL - A região da espinha localizada no pescoço é a coluna cervical. Em adultos com síndrome de Down esta região pode ser mais instável e mudanças crônicas na área podem gerar fraqueza de braços, mãos, anormalidades na marcha e até incontinência. Os ossos do pescoço são mais vulneráveis em pessoas com síndrome de Down e exames de imagem podem ser necessários para averiguação da saúde da área.

ALZHEIMER - Este tipo de demência reduz a quantidade de células no cérebro e afeta memória, habilidade de aprendizagem, comunicação e atividades básicas, incluindo a caminhada. Não existe um exame de sangue ou imagem para o diagnóstico, que é clínico e depende da história do paciente, das mudanças de funcionamento diário e memória. Mantenham-se proativos, adotando um estilo de vida saudável, alimentação antiinflamatória, suplementação adequado, tendo momentos de interação social e coordenando os cuidados com a equipe de saúde.

OSTEOPOROSE - A perda de massa óssea aumenta o risco de fraturas e dores e pode comprometer a marcha. Exercícios aeróbicos de baixo impacto, exercícios de fortalecimento muscular e treinamento proprioceptivo ajudam a melhorar o padrão de marcha, o equilíbrio e reflexos. Tudo para prevenir quedas e fraturas. Mais sobre atividade física na entrevista com o educador físico Paulo Marcelo:

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Prevenção da doença renal na síndrome de Down

A doença renal não é tão incomum na SD (3,5 a 21,4%) podendo aparecer como infecção urinária, refluxo vesicoureteral, hipoplasia renal, válvula de uretra alterada, glomerulopatias e até insuficiência renal crônica. Por isso, fatores de risco para doenças renais precisam ser minimizados. Estratégias principais:

  • Evitar a obesidade

  • Cuidar da inflamação

  • Reduzir consumo de carne, sódio, alimentos enlatados, refrigerante

  • Estimular prática de atividade física

  • Controlar a glicemia

  • Tratar o diabetes

  • Estimular op consumo de água

  • Aferir a pressão arterial de crianças a partir dos 3 anos de idade

  • Evitar drogas nefrotóxicas

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Monitore sempre! Não deixe jovens, adultos e idosos sem acompanhamento.

A microbiota de pacientes com doença renal crônica é bastante alterada. Aprenda a tratar a disbiose intestinal aqui.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/