Três principais causas das doenças de acordo com o Ayurveda

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De acordo com o Ayurveda, o sistema médico mais antigo do mundo, a causa base de qualquer doença é o desequilíbrio dos doshas ​​ou humores corporais. Estes desequilíbrios ocorrem pelos três principais motivos descritos a seguir:

1) Mau uso do intelecto (prajnaparadha): Prajna significa "sabedoria" ou "inteligência" e apradha significa "ofensa". Portanto, o significado literal de prajnaparadha é "uma ofensa contra a sabedoria". Ou seja, fazer coisas sem discriminar se é favorável ou prejudicial para o corpo ou a mente. A falta de conhecimento pode gerar ações verbais, mentais ou físicas que agravam os doshas e estimulam os gunas rajas e tamas, permitindo que doenças se instalem. Vivemos em um mundo ultra competitivo mas trabalhar demais, praticar atividade física exageradamente, falar demais (principalmente de forma agitada, raivosa ou invejosa) podem desequilibrar o corpo, assim como qualquer outro excesso. praticar atividades físicas em excesso.

2) Mau uso dos sentidos (asatmya indriyartha samyoga): Astmaya significa "impróprio", indriya significa "órgãos dos sentidos", e artha é a denominação para "objetos dos sentidos", enquanto samyoga significa "combinar" ou "ligar". Asatmendriyartha samyoga se refere ao contato impróprio dos sentidos com seus objetos e resulta em uma superestimulação ou deficiência da atividade sensorial. Isso prejudica o corpo-mente, que requer moderação e harmonia interna e externamente para um funcionamento saudável. Evite músicas altas demais, uso de linguagem abusiva, palavrões, exposição a notícias sobre acidentes, mortes, roubo etc. Evite alimentos quentes demais ou frios demais. Tome banhos em uma temperatura mais moderada. Evite luz intensa, desligue o celular à noite, evite excesso de TV e internet.

3) Variações sazonais (parinama ou kala): Parinama significa mudança, transformação. As estações mudam, os dias e semanas passam e precisamos nos adaptar para não ficarmos doentes. Extremos de temperatura, precipitação ou vento devem ser evitados.

Estas três causas de doenças geram estresse físico e psíquico. Observe suas atividades diárias, adote uma rotina saudável, evite estímulos excesivos. Altere o que precisa ser alterado para uma vida mais saudável e tranquila. Falo mais sobre esta temática e dou dicas práticas para o dia a dia no curso "A essência do Ayurveda".

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Inflamação e Alzheimer

Muitos mecanismos podem explicar como a inflamação pode ameaçar a memória e aumentar o risco de doenças como o mal de Alzheimer. Sabemos que a inflamação aumenta a produção do hormônio cortisol, e o cortisol é especificamente tóxico para as células do hipocampo, a área do cérebro que é fundamentalmente importante para a memória. Além disso, os mediadores químicos da inflamação chamados citocinas podem ter efeitos diretos em outra parte do cérebro, o córtex pré-frontal, que também está envolvido na função da memória. Portanto, a inflamação crônica é algo a ser evitado, pois tem sido associada à doença arterial coronariana, câncer, diabetes tipo II, obesidade e disfunção de memória.

Excesso de gordura corporal

O excesso de gordura corporal também aumenta a inflamação do corpo e pode se relacionar com o declínio da função cognitiva e piora da memória. Um grande estudo, publicado em 2019, avaliou mais de 11.000 participantes com idades entre 25 e 34 anos, medindo o estado de inflamação usando um marcador padrão, a proteína C reativa (PCR). A memória de trabalho, uma descrição do tipo de memória que é usada para manter as coisas em mente, foi avaliada usando um teste que mediu quantos números poderiam ser lembrados e depois repetidos na ordem oposta em que foram apresentados. Finalmente, o IMC foi escolhido como um marcador validado de obesidade. Os pesquisadores descobriram, como esperado, uma forte correlação entre o IMC e o marcador de inflamação, PCR, com menor memória de trabalho. Para os autores, a inflamação desempenha um papel importante na relação entre obesidade e memória de trabalho, e sugerem que intervenções destinadas a reduzir a inflamação podem ajudar a diminuir a carga cognitiva da obesidade.

Ou seja, se a inflamação poder ser limitada em indivíduos obesos, isso ajudaria a preservar a função cerebral. Estratégias para reduzir a inflamação, além da perda de peso, dieta antiinflamatória e suplementação de óleo de peixe, magnésio, açafrão e probióticos para tratamento da disbiose.

Disbiose intestinal

Um dos principais responsáveis pela inflamação sistêmica é o desequilíbrio da microbiota intestinal. Bactérias como Citrobacter, Escherichia coli, Klebsiella, Mycobacteria, Pseudomonas, Streptococcus, Streptomyces, Staphylococcus, Salmonella e Bacillus sintetizam proteínas amilóide.

Friedland, & Chapman, 2017 - Algumas bactérias são produtoras de amilóide

Friedland, & Chapman, 2017 - Algumas bactérias são produtoras de amilóide

As fibrilas amilóides são mais conhecidas como um produto de distúrbios de dobramento incorreto de proteínas humanas. Bactérias e fungos também podem produzir amilóides como componentes estruturais em biofilmes ou revestimentos de esporos, como toxinas e fibras de superfície ativa, como material epigenético, reservatórios de peptídeos ou adesinas que medeiam a ligação e internalização em células hospedeiras.

Manter o intestino saudável é estratégia fundamental na prevenção de doenças neurodegenerativas.

APRENDA A CUIDAR DO SEU INTESTINO

Mas dieta não é mágica!! Para obter o máximo benefício, você precisa consumir uma variedade de alimentos anti-inflamatórios, idealmente ao longo de vários anos. Com isso, você modula positivamente a expressão de genes e processos como a metilação. Para evitar doenças tente manter os marcadores bioquímicos abaixo dentro dos valores recomendados:

- Insulina (< 6 microUI/mL)

- Ácido úrico (< 6 mg/dL)

- PCR (< 0,1 mg/L)

- PCR-us (<0,5mg/dL)

- Ferritina (70 a 150 ng/mL)

- VHS (< 5 mm/h)

- 25-OH-D (> 50 ng/ml)

- GGT (< 20 U/L)

- Homocisteína (< 7 µmol/L)

- B12 (300 a 700 pmol/L)

- B9 (> 10 a 30 ng/mL)

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Fitoterapia no combate ao estresse

Este ano tem sido difícil refletindo em nossa qualidade de vida, na nossa saúde física e mental. O estresse entrou pela porta e gerou ganho de peso, redução da libido e tristeza em muitas pessoas. Por que? O estresse é um estado que ameaça o equilíbrio do corpo. Trabalho, eventos traumáticos, redução na liberdade, doenças são causas de estresse e geram mudanças comportamentais importantes, como aumento da ansiedade, agressividade, tristeza, raiva, apatia. O retorno ao estado normal pode levar algum tempo, mas embasados na ciência podemos adotar estratégias que aliviam o estresse e equilibram a produção hormonal. Plantas podem ser usadas para nos ajudar no combate ao estresse:

O sistema de estresse é muito complexo e seus níveis variam. É o estresse crônico o responsável pela maior parte dos problemas, como o aumento do cortisol e queda da testosterona. O cortisol atua regulando o metabolismo da glicose, lipídios e proteínas, além de controlar a resposta imunológica. Também altera o equilíbrio eletrolítico (aumenta a retenção de sódio e excreta mais potássio, levando à retenção de água), reduz a formação óssea, ajuda (junto com a adrenalina) a criar memórias de curto prazo baseadas em eventos emocionais e altera o apetite e o humor. Explico mais neste vídeo:

Precisamos aprender a lidar com nosso estresse, seja por meio de redes de apoio de outras pessoas, seja por meio da meditação, de um hobby ou de algum tipo de atividade, como a prática de yoga. O estresse é uma resposta fisiológica vital que nos ajuda a sobreviver e enfrentar e vencer desafios. Cuide-se bem, pois quando um desafio acaba outro começa. É assim a vida e isso torna-a ainda mais interessante.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/