Fitoterapia no combate ao estresse

Este ano tem sido difícil refletindo em nossa qualidade de vida, na nossa saúde física e mental. O estresse entrou pela porta e gerou ganho de peso, redução da libido e tristeza em muitas pessoas. Por que? O estresse é um estado que ameaça o equilíbrio do corpo. Trabalho, eventos traumáticos, redução na liberdade, doenças são causas de estresse e geram mudanças comportamentais importantes, como aumento da ansiedade, agressividade, tristeza, raiva, apatia. O retorno ao estado normal pode levar algum tempo, mas embasados na ciência podemos adotar estratégias que aliviam o estresse e equilibram a produção hormonal. Plantas podem ser usadas para nos ajudar no combate ao estresse:

O sistema de estresse é muito complexo e seus níveis variam. É o estresse crônico o responsável pela maior parte dos problemas, como o aumento do cortisol e queda da testosterona. O cortisol atua regulando o metabolismo da glicose, lipídios e proteínas, além de controlar a resposta imunológica. Também altera o equilíbrio eletrolítico (aumenta a retenção de sódio e excreta mais potássio, levando à retenção de água), reduz a formação óssea, ajuda (junto com a adrenalina) a criar memórias de curto prazo baseadas em eventos emocionais e altera o apetite e o humor. Explico mais neste vídeo:

Precisamos aprender a lidar com nosso estresse, seja por meio de redes de apoio de outras pessoas, seja por meio da meditação, de um hobby ou de algum tipo de atividade, como a prática de yoga. O estresse é uma resposta fisiológica vital que nos ajuda a sobreviver e enfrentar e vencer desafios. Cuide-se bem, pois quando um desafio acaba outro começa. É assim a vida e isso torna-a ainda mais interessante.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Reinoculação de lactobacillus melhoram saúde vaginal e reprodutiva

A eubiose vaginal é caracterizada por uma microbiota benéfica dominada por lactobacilos. Em contraste, a disbiose vaginal é caracterizada por um crescimento excessivo de bactérias anaeróbias e está associada a um risco aumentado de problemas na saúde urogenital e reprodutiva. Uma importante característica distintiva entre o ambiente vaginal em estados de eubiose e disbiose é uma alta concentração de ácido láctico, produzida pelos lactobacilos, que acidifica a vagina na eubiose versus uma queda acentuada no ácido láctico e um aumento no pH na disbiose (Tachedjian et al., 2017; Anahtar et al., 2018).

Anahtar et al., 2018

Anahtar et al., 2018

Na figura à esquerda o epitélio vaginal saudável e na figura à direita o ambiente vaginal pouco saudável por conta da redução de lactobacillus. O odor vaginal modifica-se pois há maior produção de cadaverina e putrescina quando a flora intestinal não é saudável. Para cuidar da microbiota vaginal precisamos cuidar da microbiota do corpo inteiro. E isso começa pelo intestino. O intestino ruim contribui para uma microbiota vaginal também ruim. Um intestino saudável contribui para uma microbiota vaginal saudável. Um dos passos iniciais é a reinoculação de lactobacillus. Precisando de ajuda, agende uma consulta.

Tratamento da disbiose vaginal

A disbiose vaginal é uma das causas mais comuns de infertilidade sem causa definida e está associada a diferentes patógenos, que coabitam a vagina, o endométrio e as trompas da mulher, reduzindo as chances de gravidez.

Na maioria dos casos, a presença dessas bactérias patógenas (ureaplasma, micoplasma, tricomonas, gardnerella e clamídia) é assintomática. Por isso, é essencial a consulta com um ginecologista para um papanicolau, exame ginecológico preventivo. Durante o exame o ginecologista coleta células do colo do útero para análise de possíveis infecções e também de mutações celulares (também é o exame indicado, a partir dos 25 anos, para prevenção do câncer do colo do útero).

Quando são identificadas infecções são indicados antibióticos ou medicamentos antifúngicos. A mulher também deve adotar dieta antiinflamatória, sem açúcares, com o mínimo de álcool possível. Indica-se também o consumo de chá de barbatimão, chá de tulsi, uso de tomilho, açafrão e alho (um dente ao dia) na dieta, probióticos via oral e lactobacilos intravaginais (como o crispatus).

MICROBIOTA VAGINAL

O lactobacillus crispatus está associado a uma melhora nas taxas de implantação (para as mulheres que desejam engravidar), quando existe um quadro de disbiose vaginal. Também atua contra patógenos associados à vaginose bacteriana, vaginite em mulheres em idade reprodutiva.

APRENDA A CUIDAR DA SUA MICROBIOTA
Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Relação entre disfunção da microbiota intestinal e transtornos neurocognitivos

O desequilíbrio da microbiota intestinal relaciona-se com diversas doenças, conforme tratado em texto anterior. Por que bactérias ruins podem gerar problemas como sintomas autísticos, obesidade, depressão e maior risco de transtornos neurocognitivos (antigamente conhecidos como demências)? O que ocorre é que estas bactérias fabricarão substâncias que alteram o metabolismo. Dentre elas estão:

Estruturas de junção celular, como claudinas

Estruturas de junção celular, como claudinas

  • Compostos contendo enxofre e fenol

  • Amônio

  • Fenilacelglutamina

  • p-cresol sulfato

  • indoxil sulfato

  • Acroleína

  • Ácido indol-3 acético

  • Agmatina

  • Putrescina

  • Tiramina

  • N-óxido de trimetilamina

  • Hipurato

  • Cresol

Estas substâncias podem destruir as junções entre as células aumentando a permeabilidade do intestino à substâncias tóxicas que geram perda de neurônios, astrócitos, células endoteliais. Há alteração da resposta imune, da barreira hematoencefálica, aumento da expressão de claudinas e aumento do risco de doenças neurodegenerativas.

Apesar de estarmos falando de doenças que acometem adultos e idosos este processo começa logo cedo na vida. Por isso, é tão importante, como medida preventiva, reinocular probióticos em gestantes, bebês prematuros, nos nascidos por cesária, após o uso de antibióticos, nos que não forma amamentados. Bactérias boas programam a saúde durante toda a vida.

APRENDA A CUIDAR DO INTESTINO E A TRATAR A DISBIOSE
Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/