O transtorno de déficit de atenção / hiperatividade (TDAH) é o distúrbio neuropsiquiátrico mais prevalente no mundo. Pessoas com TDAH apresentam comprometimento do funcionamento adaptativo, manifestado como violação de regras, comportamento agressivo, intolerância ao atraso na gratificação, atenção sem foco, dificuldades de aprendizado, impulsividade e baixa motivação. Os principais sintomas do TDAH podem resultar em baixo desempenho acadêmico e ocupacional, conflitos interpessoais e tensões familiares. Podem ainda aumentar o risco de depressão, suicídio, abuso de substâncias, gravidez precoce ou contato com infecções sexualmente transmissíveis.
O manejo farmacológico, como o metilfenidato e a atomoxetina, tem sido a estratégia de tratamento de primeira linha para crianças em idade escolar com TDAH. Em relação às intervenções não farmacológicas, o treinamento comportamental dos pais é considerado o tratamento de primeira linha em pré-escolares com TDAH. Estratégias complementares também vêm sendo estudadas (treinamento cognitivo, neurofeedback, suplementação dietética de ácidos graxos ômega-3, uso de fitoterápicos, dietas de restrição e eliminação, acupuntura, meditação, yoga e homeopatia). As estratégias complementares tendem atuar onde a terapia cognitivo-comportamental e a medicação não atuam: na integração sensorial, treinamento físico, equilíbrio, foco, paciência etc.