Alterações epigenéticas e risco de autismo

Nosso cérebro é plástico, isto quer dizer que muda ao longo do tempo e é moldável pelo ambiente. Neste sentido, muitos pesquisadores entendem que o ambiente pode moldar o cérebro para um estado de alterações comportamentais ou para um estado “não autista”. Existem estudos científicos mostrando que fatores ambientais como infecções virais, deficiências de nutrientes como zinco ou vitamina D, menor produção de hormônios como melatonina, diabetes gestacional, estresse na gestação, contato com toxinas, metais pesados e outros xenobióticos (substâncias estranhas), idade da concepção, disbiose intestinal, disfunção mitocondrial, geram alterações epigenéticas no DNA que alteram o funcionamento do cérebro. Por outro lado, a dieta adequada, os estímulos precisos, o uso de certos medicamentos, poderiam contribuir para a correção genética nestes indivíduos.

Fonte da imagem: Essa & Qoronfleh, 2020

Fonte da imagem: Essa & Qoronfleh, 2020

As tecnologias atuais de sequenciamento de DNA permitem aos pesquisadores várias maneiras de examinar o genoma humano de maneira rápida e mais barata do que há uma década. Mais de uma dúzia de genes parece influenciar fortemente o comportamento da pessoa com transtorno do espectro do autismo, alguns com impacto maior, outros com impacto maior.

Atualmente, os médicos diagnosticam o autismo com base em padrões comportamentais que não se tornam aparentes até o segundo ano de vida de uma criança. Identificar características estruturais ou funcionais do cérebro ou características genéticas que precedem esses comportamentos pode permitir que eles as intervenções apropriadas sejam implementadas mais cedo.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Emoções e compulsão

“Menina não grita”, “Menina não fala alto”, “Menina não xinga”, “Menina tem que ser doce e meiga”. Muita gente ouviu frases como essas durante a vida. Meninas são criadas para serem dóceis, gentis e aprendem a esconder as emoções. Crescem e não sabem reconhecê-las e nem expressá-las. Aprendem que algumas emoções são aceitáveis e outras não. Mas não é verdade. Todas as emoções são válidas e importantes, servem a um propósito. Se não aprendemos a lidar com nossas emoções, não sabemos como reagir a mudanças de humor de sensações e acabamos tentando escondê-las com comida. Afinal, comer dá muito conforto a todo mundo.

Outra questão é a genética. Muitas pessoas possuem polimorfismos genéticos que aumentam o descontrole frente aos alimentos. Isto pode ter tido origem lá atrás, em nossos ancestrais. Os mesmos não tinham comida disponível o tempo todo. Por isso, quando encontravam o que comer, comiam muito. Isso ficou marcado em nosso DNA.

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Vários estudos falam sobre essa relação entre nossa genética, nosso DNA a forma como o cérebro de uma pessoa com compulsão alimentar funciona. Na maior parte das vezes os pesquisadores chegam à conclusão de que devemos deixar as dietas restritivas diárias, pois estas vão criar no cérebro justamente o efeito que não queremos, relembrando-o de que comida é escassa e de que, na próxima vez que encontrarmos um rodízio devemos comer até explodir.

Para sairmos do ciclo de compulsão precisamos acreditar que nosso corpo é saudável e sábio. Que não precisa de uma nova dieta. O segundo passo é aprender a separar emoções de fome. O terceiro passo é aprender a fazer trocas inteligentes, que saciem e ao mesmo tempo dêem satisfação. Se precisar de ajuda, conte comigo.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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IDADE PATERNA E RISCO DE AUTISMO

O transtorno do espectro do autismo é um construto usado para descrever indivíduos com uma combinação específica de alterações na comunicação social e comportamentos repetitivos, interesses altamente restritos e / ou comportamentos sensoriais iniciados no início da vida. A prevalência mundial de autismo é de menos de 1%, mas as estimativas são mais altas nos países de alta renda (Lord et al., 2020). Vários genes estão implicados no desenvolvimento do autismo, dentre os quais:

Tentando entender a causa destas mutações cientistas apostam em uma hipótese: o envelhecimento. Em estudo da Universidade da Califórnia, em San Diego, Estados Unidos, foram analisadas oito duplas de filhos e pais em busca de uma relação nas mutações genéticas no DNA de crianças com autismo com as mesmas modificações no esperma dos pais. A pesquisa confirmou que as alterações estavam relacionadas e que elas tendem a aumentar com a idade do pai (Breuss et al., 2019).

A partir dos 30 anos, as mudanças começam a acumular anualmente, aumentando o risco de ter filhos afetados. O mesmo deve ser verdade para mães, mas é difícil coletar óvulos para o sequenciamento. Por isso, indica-se que pais com idade avançada procurem aconselhamento genético antes de terem filhos, explica o geneticista Alysson Muotri, especialista em neurociências e células tronco.

Além de pesquisas em relações às causas do transtorno, estudos são necessários para identificar as necessidades de longo prazo das pessoas com autismo, os tratamentos e os mecanismos por trás deles que podem resultar em maior independência e qualidade de vida ao longo do tempo. As famílias são frequentemente a principal fonte de apoio às pessoas com autismo durante grande parte da vida e precisam ser consideradas, juntamente com as perspectivas dos indivíduos autistas, tanto na pesquisa quanto na prática (Lord et al., 2020).

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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