Burnout em tempos de coronavírus

Apesar de muitas pessoas estarem trabalhando em casa, sem pegar trânsito, fazendo os próprios horários, muitos sentem-se agora esgotados. Vivo em Portugal e estou há mais de 45 dias sem ir ao centro da cidade do Porto, onde adorava passear, observar os turistas, sentar em um café e ler um livro. Iniciei o período de isolamento social com grande energia, lendo muito, estudando, gravando vídeos, reformulando meus cursos. Depois cansei, diminuí o ritmo, comecei a cozinhar mais, ouvir mais música. Mas cansei de novo e entrei em uma terceira fase, onde passei a sentir-me mais cansada. Foi hora de rever as expectativas, ajustar a rotina, reduzir o número de atendimentos e consultorias. A cada fase são novos desafios e vamos levando.

Vários de meus clientes também passaram a conversar comigo sobre os mesmos problemas. Alguns perceberam que estavam entrando em burnout, apesar de estarem em casa. Acontece que passaram a trabalhar a qualquer hora, às vezes até tarde, nos finais de semana. Tiveram que se adaptar à uma nova rotina, fazer ajustes para dar conta das crianças que não estão indo à escola, ao mesmo tempo em que precisam atender as demandas das próprias empresas. Também aconteceu com você? Como tem lidado com tudo isso?

Entenda o burnout

O Síndrome de Burnout  é uma perturbação psicológica causada pelo estresse excessivo e prolongado, devido a uma sobrecarga ou excesso de trabalho. A palavra Burnout  vem do inglês e significa “queimar até ao fim”.  Trata-se, portanto, de um esgotamento físico e mental decorrente de uma vida profissional desgastante e sobrecarregada.  A pessoa em burnout pode:

  • Sentir pressão excessiva por parte das chefias ou clientes

  • Ter dificuldade em executar as tarefas solicitadas

  • Ter uma carga horária excessiva

  • Ter mau ambiente social entre colegas e chefias

  • Sofrer de violência psicológica e física no local de trabalho

  • Faltar ao trabalho regularmente

  • Chegar constantemente atrasado ao trabalho ou às reuniões

  • Não ter vontade de ir trabalhar, sair mais cedo do trabalho regularmente ou sentir-se desmotivado

  • Sofrer de doenças relacionadas ao estresse (hipertensão, insônia, gastrite etc)

Tratamento do burnout

A primeira etapa é avaliar se vale a pena manter a rotina louca ou se dá para fazer ajustes que levem à melhoria da qualidade de vida. O tratamento também pode envolver:

  • Tirar férias, solicitar mudança de cargo, delegar mais tarefas ou pedir demissão.

  • Modificar rotinas (não levar trabalho para casa, estabelecer horários para leitura de emails, determinar o horário para parar de trabalhar etc).

  • Praticar yoga e meditar. Reduzem ansiedade e estresse (Grensman, 2020). Existem cursos de formação online e também profissionais capacitados ensinando a distância. Escolha a melhor forma de iniciar ou avançar na sua prática.

  • Terapia que trabalhe as causas do stress, ajudando a pessoa a utilizar as ferramentas para reagir perante situações agressoras no local de trabalho, sem comprometer a sua função ou a sua felicidade. Se precisar de ajuda agende uma consulta online.

  • Uso de remédios e suplementos para controle da ansiedade e depressão.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Epigenética na Síndrome de Down

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A epigenética é uma chave importante para minimizar déficits de aprendizagem, memória e desenvolvimento na síndrome de Down.

O termo epigenética refere-se a como e quando os genes são ativados e desativados. Quando há desregulação epigenética, a chance de alterações no desenvolvimento e o risco de doença aumentam. Estas alterações podem ser geradas por uma dieta pouco saudável, pelas carências nutricionais e pelo contato com toxinas e poluentes ambientais (fumaça de cigarro, poluição, agrotóxicos, níquel, cádmio, chumbo, mercúrio, plásticos) e drogas.

A metilação do DNA é a influência epigenética mais conhecida, mas existem também as modificações de histonas e o papel dos microRNAs. A formação da memória depende da diminuição da metilação do DNA dos genes promotores da memória e do aumento da metilação do DNA dos genes supressores de memória. A “Epigenética cognitiva” é um campo emergente de pesquisa que examina o efeito da epigenética na plasticidade sináptica. O importante é que estes estudos permitirão cada vez maior individualização das condutas:

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Qual é a sua fruta favorita?

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Eu adoro frutas e a cada estação fico empolgadíssima com as novas frutas disponíveis nos mercados e feiras. No Brasil já sabia que entre maio e junho comeria deliciosos caquis, que entre setembro e novembro poderia sair pelas ruas de Brasília comendo amoras e poderia ir à chácara da minha melhor amiga comer minha fruta favorita: jaboticaba. Gosto tanto, mas tanto, que geralmente escolho ir ao Brasil para os cursos nesta época. Assim, trabalho, mato a saudade da família e amigos e das jaboticabas, tudo ao mesmo tempo. Aliás, morro de dó dos Europeus, norteamericanos e asiáticos por não conhecerem essa maravilha - que eles apelidaram, em inglês, de trunk cherry, pois nasce no tronco. Já estou até triste esse ano por antecipação, pois com essa questão toda do coronavírus não sei se irei este ano. Vários congressos estão sendo adiados ou desmarcados.

Aqui em Portugal ainda não sei bem a época de cada fruta, mas gosto muito das laranjas, mirtilos, cerejas e uvas roxas. A primavera chegou e com ela melão e melancia bem docinhas. Que felicidade! Mas… de vez em quando me dá uma saudade danada das frutas do Brasil e acabo comprando mamão, manga e outras frutas vindas daí.

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Além disso, como outras frutas vindas de outros países, como a lichia, uma frutinha deliciosa, originária da China, onde é conhecida como a "Rainha das Frutas". Ela da mesma família do Guaraná e dá também no Brasil (sortudos de vocês, com esse clima maravilhoso!). A lichia é pobre em calorias (64 em 100 gramas), sendo também fonte de carboidratos, fibras, cálcio, potássio e Vitamina C, contribuindo portanto para uma alimentação saudável e variada.

Quais são suas frutas favoritas?

Não tenha medo delas. Pessoas que consomem uma variedade boa de alimentos de origem vegetal durante a semana estão mais protegidas contra uma série de doenças. As frutas são riquissimas em fitoquímicos com propriedades antioxidantes, antiinflamatórias e antienvelhecimento.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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