Aleitamento materno de bebês com síndrome de Down (Trissomia do cromossomo 21)

O leite materno é uma fonte de nutrientes especialmente adaptados às condições digestivas e metabólicas do bebê. É também rico em substâncias protetoras contra microrganismos patogênicos e fatores bifidogênicos que protegem o intestino e reduzem o rsico de alergias. Também é uma forma de estreitar os laços entre a mãe e a criança. É por isso que a Organização Mundial de Saúde e o Ministério da Saúde recomendam o aleitamento materno exclusivo até o 6° mês de vida e de forma complementar até os 2 anos de idade.

xScreen-Shot-2016-01-07-at-12.09.03-PM.png.pagespeed.ic.giCtF2uN6o.jpg

Contudo, na síndrome de Down, problemas no coração e hipotonia muscular frequentemente dificultam a amamentação. Estudo publicado em 2018 uma redução na duração do aleitamento materno exclusivo e maior consumo de alimentos hipercalóricos e cheios de carboidratos simples (Bricker, Hamby e Hill, 2018).

Mas muitas mães conseguem amamentar por longo tempo, com informação e acompanhamento adequado. Alguns bebês podem ter problemas para coordenar sucção, deglutição e respiração. Por isso, o trabalho com a fono é muito importante. A própria amamentação treina o bebê e aumenta sua força para sugar. E, quanto mais forte vai ficando, mais consegue mamar.

Para saber se o bebê está mamando suficientemente observe:

  • Ele produz pelo menos cinco fraldas ​​muito molhadas por dia?

  • Ele evacua pelo menos três vezes a cada 24 horas?

  • Ele está com um bom de pele?

  • O bebê está hidratado? Sua pele é elástica (volta ao lugar se puxada)?

  • O bebê está crescendo e engordando, conforme o esperado?.

Algumas dicas:

  • deixe seu leite fluir antes de colocar o recém nascido com SD no peito. Assim, ele não precisará gastar energia tentando extrair o primeiro leite. Pressione o peito e com o polegar e indicador role o mamílo.

  • Verifique se o bebê está bem posicionado. Bebês pequeninos podem ser apoiados em um travesseiro. Caso fiquem com a cabeça ou o pescoço mal posicionados gastarão energia para conseguir alcançar o peito. A boca do bebê deve ficar no mesmo nível do mamilo.

Amamentar qualquer bebê, com ou sem uma síndrome, pode ser um desafio. Você pode se orientar melhor com um pediatra, com uma doula, com uma enfermeira ou no banco de leite da sua cidade.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

COVID-19 e estado nutricional dos idosos

A população idosa é um dos grupos que apresenta um maior risco de doença grave por COVID-19. Por isso, aconselha-se o isolamento profilático, já que o distanciamento social é o principal fator capaz de minimizar a transmissão do vírus. A lavagem cuidadosa das mãos também é medida importantíssima.

Untitled 2.jpg

Outra medida é a boa alimentação já que um pior estado nutricional associa-se a um pior prognóstico e a um risco aumentado de complicações e de morte. Devem ser consumidas duas a três porções de diárias de frutas, leguminosas pelo menos três vezes na semana (feijão, grão de bico, ervilhas, lentilhas), hortaliças no almoço e jantar (na forma de salada ou sopa) e boas fontes de proteínas (laticínios, ovos, carnes, peixes, aves, castanhas, sementes), assegurando a ingestão proteica adequada.

A manutenção de um bom estado de hidratação também é essencial, situação que muitas vezes está comprometida devido à diminuição da sensação de sede nos idosos. A quantidade diária deve variar entre 1,5 a 2 litros de água, no mínimo, o que equivale a cerca de 8 copos de água. A oferta frequente de água e em pequenas quantidades ao longo do dia é essencial. As águas também podem ser aromatizadas com gotas de limão ou laranja e os chás também são outra opção para manutenção da hidratação.

A vitamina D é muito importante para a imunidade. Os idosos devem se expor ao sol por 20 minutos ao dia. Se for impossível devem consumir suplementos de vitamina D. Outro suplemento que vem sendo investigado é o extrato do fruto elderberry (Sambucus nigra) ou sabugueiro. O mesmo é rico em antocianinas como sambubiosídeo, pelargonidina e flavonóides como quercetina e kaempferol, com propriedades antibacterianas e antivirais importantes. Estudos mostram alta evidência de suas propriedades. Porém não deve ser usado por pessoas com doenças autoimunes (IFM, 2020).

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
Tags