Terapias integrativas e complementares no tratamento do pré-diabetes

A maior parte das pessoas com elevação da glicose não faz nem ideia de que está passando por alterações bioquímicas até que complicações graves comecem a surgir. No vídeo ao lado explico um pouco sobre as estratégias de estilo de vida importantes para a manutenção da glicemia em níveis saudáveis.

Uma estratégia importante é o equilíbrio na alimentação. Quem tem muito açúcar circulando não vai poder ficar comendo doces. Existem várias propostas neste sentido como a dieta baseada em vegetais, a dieta cetogênica, a alimentação na perspectiva ayurvédica. O importante é conseguir manter uma dieta saudável que permita o controle da glicemia. Glicose alta na corrente sanguínea gera uma série de efeitos deletérios nos vasos que levam sangue a todos os órgãos. A atividade física também é muito importante visto que o ganho de massa magra é fundamental para o aumento de número de receptores de insulina no tecido muscular. Aqui também entra a dieta antiinflamatória, que vai fornecer compostos que manterão estes receptores funcionando adequadamente.

Mas não é só, o estresse aumenta a quantidade de açúcar no sangue. Por isso, dormir bem, ter contato com a natureza e horas de lazer fazem parte dos cuidados básicos de saúde. Outras estratégias para o combate ao estresse também podem entrar como yoga, meditação, massagens, reiki, redução da carga horária de trabalho, revisão das rotinas do dia a dia…

Diabetes e Ayurveda

No Ayurveda, a diabetes mellitus é conhecido como Madhumeha e surge de duas maneiras: por agravamento do dosha Vata, devido a depleção de tecidos (dhatukshya). Outra forma é a obstrução dos canais (srotas) por bloqueio do dosha Kapha e aumento do tecido adiposo.

De acordo com a Ayurveda, a nutrição de todos os tecidos (Dhatus) é influenciada pelo fogo digestivo (Agni), que é responsável pela digestão dos alimentos e pelo metabolismo dos nutrientes. No pré-diabetes e na diabetes mellitus, há um estado de desequilíbrio que compromete o metabolismo dos carboidratos e das gorduras.

Dê preferência à alimentos de baixo índice glicêmico e que forneçam os principais nutrientes que faltam na dieta ocidental típica, como cálcio, potássio, fibras, magnésio, vitaminas A (como carotenóides), C e E. Tempere os alimentos com açafrão (Curcuma longa). O açafrão antagoniza Kapha, melhorando a circulação, reduzindo a glicose e desinflamando o corpo.

Quando disse a meu pai que prestaria o vestibular para nutrição, perguntou porque eu não fazia logo medicina. Neste vídeo explico meus motivos e esclareço o que são as práticas integrativas e complementares em saúde (PICs). Para cursos nesta área acesse: AndreiaTorres.com/cursos

Consuma também canela pois ela potencializa o efeito da insulina e melhora o transporte de glicose para dentro das células. Pode ser usada em chás, sucos, vitaminas, molhos, sopas ou com frutas.

Quando for preparar feijão e outras leguminosas coloque folhas de louro. As mesmas são ricas em nutrientes e fitoquímicos que regulam o metabolismo da glicose. O louro moído (1/2 colher de sopa) também pode ser misturado com gel de aloe vera (1 colher de sopa) e açafrão (1/2 colher de sopa) e bebido antes do almoço e jantar.

Médicos também têm indicado cada vez mais o yoga como terapia complementar para o equilíbrio da glicemia. A prática reduz o estresse, os níveis de adrenalina e cortisol, o que favorece o tratamento. Estudo publicado no International Journal of Yoga mostrou que a prática de yoga (3 vezes por semana, durante 6 semanas) contribuiu para a redução da glicemia e do colesterol, além de ter promovido melhorias no bem estar geral dos participantes.

A prática de yoga por 3 meses reduz também o malondialdeído (uma espécie reativa, marcador de estresse oxidativo) em 20% e contribui para o aumento da glutationa (antioxidante). Espécies reativas (radicais livres) impedem que nossas células e tecidos funcionem adequadamente. Antioxidantes são a defesa do organismo para o estresse oxidativo. Muitos dos fatores de risco para a diabetes (alimentação não saudável, falta de atividade física e estresse excessivo) produzem radicais livres.

A fitoterapia também pode ajudar. A planta Gymnema sylvestre ajuda a regenerar as células β no pâncreas, melhorando a secreção de insulina. Óleos essenciais que ajudam a reduzir o estresse oxidativo também podem ser indicados. Neste grupo estão os óleos essenciais de gerânio, de açafrão, de canela e de orégano.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Suplemento x Alimento

Suplementos alimentares são compostos que fornecem nutrientes, substâncias bioativas, enzimas ou probióticos em complemento à alimentação de indivíduos saudáveis. São uma opção no caso de dietas restritivas, alterações metabólicas ou necessidade de reposição de nutrientes.

Pessoas com necessidades específicas, carências nutricionais ou condições de saúde específicas devem consultar um nutricionista habilitado para receber orientações de consumo. Suplementos são bastante diferentes de alimentos. Converso sobre o tema neste vídeo.

Várias normas regulamentam a produção, venda, prescrição e uso de suplementos no Brasil:

  • RDC 243/2018: criou a categoria de suplementos alimentares e dispôs sobre os requisitos sanitários.

  • RDC 242/2018: alterou a legislação de medicamentos específicos para torná-la coerente com o novo marco regulatório de suplementos alimentares.

  • RDC 241/2018: estabeleceu os requisitos para comprovação da segurança e dos benefícios à saúde dos probióticos para uso em alimentos.

  • RDC 240/2018: alterou a RDC 27/2010. Dispõe sobre as categorias de alimentos e embalagens isentos e com obrigatoriedade de registro sanitário.

  • RDC 239/2018: estabelece os aditivos alimentares e coadjuvantes de tecnologia autorizados para uso em suplementos alimentares.

  • Instrução Normativa 28/2018: estabelece as listas de constituintes, limites de uso, alegações e rotulagem complementar dos suplementos alimentares.O consumo de suplementos em quantidades acima do limite de segurança ou por grupos populacionais para os quais não sejam indicados pode trazer riscos à saúde.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Como parar de comer no automático

Você toma muitas decisões por dia: o que irá vestir, como irá pentear os cabelos, por quanto tempo escovará os dentes, a que velocidade irá dirigir, como irá falar com as pessoas. Muitas decisões são conscientes mas a maioria não é. Isto também envolve a alimentação: o que comerá hoje, em que horário, qual quantidade, na mesa ou no sofá, mastigará quantas vezes cada bocado de comida? Repetirá o prato? Em relação à sua alimentação você toma, em média, cerca de 200 decisões todos os dias! É muita coisa mas o cérebro não se importa pois faz a maioria delas de forma automática. Mas é aí também que mora o perigo pois às vezes comemos sem perceber (onde estão as bolachas que estavam aqui?) ou mais do que nosso corpo precisa para estar saudável. Aqui estão algumas dicas para sair do automático:

1. Não deixe comida sobrando na mesa

Pesquisadores forneceram aos participantes uma quantidade ilimitada de asas de frango enquanto assistiam a um evento esportivo transmitido pela TV. Metade das mesas foram continuamente limpas, enquanto os ossos foram acumulados em outras mesas. Pessoas com ossos em suas mesas comiam 34% menos, ou menos 2 asas de frango, do que pessoas que tiveram suas mesas limpas. O mesmo acontece com bebidas. Se você começar a beber cerveja e jogar as latas vazias fora beberá mais do que se as latas vazias estiverem acumulando-se sobre a mesa.

Em outro experimento as tigelas de sopa eram constantemente reabastecidas. Neste caso os participantes do estudo consumiram 73% mais sopa do que quando a tigela não era reabastecida. O incrível é que aqueles que comeram mais sopa não se sentiram necessariamente mais satisfeitos. Ou seja, o importante mesmo é comer de forma lenta, apreciando o seu alimento. Comedores lentos tendem a comer menos, sentir-se mais cheios e classificar suas refeições como mais agradáveis ​​do que os comedores rápidos.

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2. Compre pacotes menores

Você ama chocolate e se comprar um bombom come, mas se comprar a caixa come inteirinha? Então compre apenas a unidade, mesmo que a caixa esteja barata. O mesmo vale para batatas fritas. Quem compra a lata grande come entre 43% e 65% mais do que os que colocam a porção de batata frita adequada para si em uma tigela. Pacotes pequenos ajudam a reduzir o consumo de calorias em pelo menos 25%.

3. Use pratos menores e copos mais baixos

Estudos mostram que as pessoas tendem a comer 92% dos alimentos que é servido. Quando não raspam o prato. Ou seja, se pegar um prato grande comerá mais do que se pegar um prato pequeno. Se pegar um copo grande beberá mais refrigerante do que se pegar um copo pequeno. Pratos e copos grandes fazem com que as porções dos alimentos e bebidas pareçam menores.

4. Diminua a variedade

Se você fizer três tipos de carne, vai querer experimentar todas elas. O mesmo acontecerá se fizer três sobremesas. O melhor é reduzir a variedade para não estimular tanto seus sentidos.

5. Aumente a dificuldade para comer alimentos pouco saudáveis

Somos preguiçosos. Se as balas estiverem na mesa acabarão sendo consumidas. Se estiverem escondidas no fundo do armário, as chances de serem devoradas rapidamente diminuem. Outra estratégia é só consumir doces quando você tiver tempo de ir para cozinha preparar. Dá muito trabalho fazer um bolo do que comprar pronto. Com essa estratégia você acabará comendo menos.

6. Desligue a TV, o computador, o videogame e o celular enquanto você come

Comer enquanto você está distraído pode levá-lo a comer mais rápido, sentir-se menos cheio e comer de forma automática. Assistindo TV as chances de comer 36% mais pizza e 71% mais macarrão com queijo ou pipoca. E quanto maior o programa mais comida consumirá.

7. Respeite seu relógio interno

Está com fome? Coma. A fome passou? Pare de comer. Pessoas que ouvem as sensações de fome e saciedade e ouvem o relógio interno, regulam muito melhor o consumo calórico. Se você tiver dificuldade em distinguir a fome física da fome mental, pergunte-se se você comeria uma maçã ou se apenas serviria uma guloseima. Falo sobre outras estratégias no curso online Alimentação Consciente. Comece seu estudo e livre-se do estresse em relação ao alimento. Outra opção é a dieta cetogênica que vem mostrado-se interessante para a remissão de pacientes com transtornos alimentares:

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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