Dia Mundial da Água

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Hoje é o dia mundial da água. De acordo com o Relatório Mundial da Água 2018 a demanda por água nas indústrias e residências vem aumentando muito rápido, mais rápido do que a da agricultura. Quanto mais alimentos industrializados e quanto mais carne uma pessoa consome mais água está gastando. 

Atualmente, estima-se que 3,6 bilhões de pessoas - quase metade da população mundial - viva em água que apresentam algum nível de escassez de água. Infelizmente isso só tende a aumentar já que gastamos demais! 

Por exemplo, o Distrito Federal, passa por racionamento desde janeiro de 2017. Até amanhã acontece em Brasília o Fórum Mundial da Água que reune representantes de 175 países, entre cientistas, políticos, juízes, pesquisadores e cidadãos comuns. O objetivo é discutir e estabelecer compromissos para o uso racional, conservação, proteção e planejamento da gestão da água em todo o mundo.

Você também pode fazer sua parte:

  • Cheque vazamentos em canos e não deixe torneiras pingando. Um gotejamento simples, pode gastar cerca de 45 litros de água por dia.

  • Antes de lavar pratos e panelas, limpe os restos de comida com uma escova ou esponja e jogue no lixo. Deixe pratos e talheres de molho antes de lavá-los.

  • Aproveite a água da chuva para molhar as plantas e o jardim. As plantas absorvem mais água em horários quentes, então molhe -as de manhã cedo ou no fim do dia.

  • Feche a torneira quando estiver escovando os dentes ou fazendo a barba. Só abra quando for usar. Uma torneira aberta por 5 minutos desperdiça 80 litros de água.

  • Em vez da mangueira, use vassoura e balde para lavar patios e quintais. Uma mangueira aberta por 30 minutos libera cerca de 560 litros de água.

  • Reaproveite a água da sua máquina de lavar para lavar a calçada.

  • Saber ler o hidrômetro é muito simples e pode ajudar a detectar problemas como vazamentos, percebidos pelo
    consumo fora do normal.

  • Evite banhos demorados. Uma ducha durante 15 minutos consome 135 litros de água.

  • Consuma menos carnes e alimentos industrializados.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Soja x câncer de mama (bom ou ruim?)

Receptores de estrogênio, localizados no hipotálamo, são fundamentais para o controle do apetite. Quando estes receptores são destruídos, animais de laboratório ingerem mais comida, gastam menos energia e acumulam mais peso, um fator de risco para o câncer de mama.

Existem dois tipos principais de receptores de estrogênio: o alfa e o beta. Estes receptores também estão localizados em outras partes do corpo. O receptor de estrogênio do tipo alfa (ER-alfa), tem um papel importante na regulação da ingestão de alimentos e no gasto energético.

Muitas pessoas tem medo de consumir soja, pois seus fitoestrógenos, chamados isoflavonas, ligam-se aos receptores de estrogênio. O medo seria de que esta ligação aumentaria o peso e também o risco de câncer de mama.

Como os estrógenos podem promover o crescimento do câncer de mama, é natural supor que os fitoestrógenos também possam. Contudo, ao contrário do estrogênio produzido pelo corpo das mulheres (que liga-se ao receptor alfa), os fitoestrogênios da soja ligam-se preferencialmente aos receptores beta (ERβ). Na verdade, esta ligação beta parece ter um efeito antiestrogênico, inibindo os efeitos promotores de crescimento do estrogênio real. Claro, a dieta deve ser variada pois nada em exagero faz bem.

Estima-se que se uma mulher consumisse 58 xícaras de soja por dia, também teria uma ativação alfa significativa. Mas isso não acontece, certo? E pesquisas mostram que mulheres que consumiram soja ao longo da vida na verdade tiverem menores taxas de câncer de mama. Isto explica as diferenças entre o ocidente e a Ásia, onde o consumo de soja (na forma de tofu, tempeh, missô, edamame) é bem maior e a incidência de câncer de mama, muito menor.

Agora, quando mulheres japonesas mudam-se para o ocidente, incorporando seus hábitos alimentares, a incidência de câncer de mama aumenta. Se a mulher já tem câncer, a ingestão de alimentos a base de soja também parece estar associada à menor mortalidade e menor recorrência da doença.

Vitamina D abaixo de 40 ng/ml para mulheres é super comum em todo o mundo. Convém suplementar pois associa-se a maior perda óssea, piora da imunidade, aumento do risco de câncer de mama e declínio cognitivo. Para agendamento de consulta acesse: www.andreiatorres.com/consultoria

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Vitamina D em pacientes críticos

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Paciente crítico é aquele que apresenta instabilidade de um ou mais de seus sistemas orgânicos, devido às alterações agudas ou agudizadas, que ameaçam sua vida. O paciente crítico internado numa Unidade de Terapia Intensiva (UTI) está numa situação grave, de estresse, onde suas necessidades básicas são afetadas.

O suporte nutricional do paciente crítico é um dos maiores desafios dentro da UTI.  A desnutrição é tanto causa como consequência do mau prognóstico nestes pacientes e subestimá-la ou ignorá-la levar o paciente a óbito (Nunes et al., 2011).

A doença grave tem como ponto em comum a inflamação sistêmica, que promove alterações no metabolismo de vários tecidos. É interessante observar que a deficiência de vitamina D piora ainda mais a inflamação. 

Existem vários estudos descrevendo baixos níveis de Vit D e sua associação com piores desfechos clínicos em pacientes críticos. Por sua vez, a suplementação de vitamina D em pacientes com deficiência crítica (<20 ng /ml ou <50 nmol / L) associa-se à tendência de redução na mortalidade hospitalar (Critical Care Nutrition, 2015).

Para cada 1.000 UI de Vitamina D3 suplementada via oral, a 25OH-vitamina D3 aumenta 6 a 10 ng/mL no plasma. A quantidade ideal para cada paciente é definida pela Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional responsável por cada paciente.

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O livro de Michael F. Holick, "Vitamina D", é considerado uma referência essencial sobre o tema. Ele oferece informações detalhadas sobre a importância da vitamina D, como obtê-la e como ela pode melhorar a saúde.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/