Má digestão: será hipocloridria?

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A hipocloridria é caracterizada pela diminuição na secreção de ácido clorídrico pelo estômago. O ácido clorídrico é fundamental para digestão de proteínas e para a boa absorção de ferro, zinco, ácido fólico e vitamina B12. Pessoas que produzem menos ácido clorídrico ou que tomam antiácidos indiscriminadamente estarão mais susceptíveis a bactérias nocivas como o Helicobacter Pylori

Com a má digestão aparecem também como sintomas a eructação (arrotos devido a fermentação da comida mal digerida no estômago, especialmente carnes), azia ou queimação, distensão abdominal (a barriga fica inchada), dor após a refeição, diarréia ou constipação (intestino preso), sensação de empachamento após comer, mau hálito ou presença de restos de comida nas fezes.

Receba a newsletter semanal. Dra. Andreia Torres é nutricionista, mestre em nutrição, doutora em psicologia clínica, especialista em yoga.

A hipocloridria pode ser causada por inúmeros fatores como doenças auto-imunes, alimentação pobre em zinco e vitamina B6, consumo excessivo de gorduras e açúcares, estresse, abuso de bebidas alcoólicas e uso contínuo de medicamentos como omeprazol.

Café, chás com cafeína (como mate e preto), chocolate, consumo excessivo de gordura, refrigerantes, água com gás, laticínios e soja também podem agravar os sintomas.

Tomar uma colher de sopa de óleo de abacate, gergelim ou azeite de oliva extra-virgem ou consumir um limão, 5 a 10 minutos antes do almoço ou jantar, também pode ajudar. Ao chegarem no intestino os óleos e o suco de limão estimulam a secreção pancreática, que ajudam no processo digestivo.

Suplementos de Betaína e pepsina ajudam bastante pois facilitam a digestão de proteínas e reduzem a fermentação e os gases mau cheirosos. Outra opção é a solução de ácido clorídrico a 5% pode melhorar os sintomas. Em geral utiliza-se 1 gota para cada 50 ml de água durante as refeições. Se tudo ocorrer bem no 2o dia utiliza-se 2 gotas para 50 ml de água, mas procure seu nutricionista para avaliação e individualização.

Claro, quem tem hipercloridria não vai poder usar ácido clorídrico, vai doer, machucar! Por exemplo, quem toma sumo de limão puro e passa mal geralmente tem hipercloridria e não hipo. Quem se dá super bem com o sumo de limão puro tem normo ou hipocloridria. E para hipocloridria vale também usar ervas como hortelã, alecrim, erva-doce que melhoram o quadro.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Telômeros: estrelas da ciência em 2017

As TVs preparam as retrospectivas de 2017. Ouviremos sobre a lava-jato, as prisões, o mau desempenho do governo, a violência no mundo, as guerras, a febre amarela, a posse de Trump nos EUA, a vitória do musical La La Land no oscar, os problemas climáticos e as aventuras amorosas das celebridades. No mundo da ciência também aconteceu muita coisa mas os telômeros continuaram a dominar muitas discussões. 

Os telômeros são estruturas constituídas por fileiras repetitivas de proteínas e DNA que formam as extremidades dos cromossomos. Sua principal função é impedir o desgaste do material genético e manter a estabilidade estrutural do cromossomo. Dependendo de nossa genética, nossa idade e nosso estilo de vida os telômeros podem ser maiores ou menores. Quanto maiores são mais saudável uma pessoa é. Por isso são considerados marcadores do bem-estar e da longevidade.

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Todo cromossomo tem um telômero, que são como aquela parte final do cadarço do tênis.  Quanto mais longas são as agulhetas protetoras na ponta dos cadarços, menor é a chance dele se esfiapar. De modo análogo, quanto maior é o comprimento do telômero mais protegido está o DNA. 

Várias pesquisas associam o comprimento dos telômeros a fatores como prática de exercício físico, nível de estresse, carências nutricionais, tabagismo. Estudos in vitro mostram que o encurtamento dos telômeros pode ser abrandado com uma dieta saudável, exercício regular, e técnicas para redução do estresse, como yoga e/ou meditação. 

Obviamente o comprimento dos telômeros não explica todas as doenças e nem é o único fator responsável pelo envelhecimento de uma pessoa mas fique atento pois muitas pesquisas nessa área foram financiadas no último ano e resultados surpreendentes poderão aparecer. Para saber mais sobre os telômeros leia os textos anteriores:

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Dormência nos membros - causas e tratamento

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Dormência e formigamento são sensações anormais que podem ocorrer em qualquer parte do corpo, mas muitas vezes são sentidas nos dedos, nas mãos, nos pés, nos braços e nas pernas. Podem ser momentâneas, ocorrendo como resultado da imobilidade, por exemplo quando ficamos sentados ou parados em uma mesma posição por longo período de tempo. 

Contudo, se ocorre com grande frequência pode ser resultado de lesões em nervos, hérnias, infecções, Alzheimer, Parkinson, esclerose, epilepsia, paralisia ou problemas circulatórios. A neuropatia é o termo geral usado para descrever as doenças ou problemas no funcionamento dos nervos. 

Carências nutricionais também podem causar neuropatias. As principais deficiências a serem investigadas são as de vitamina A, B1, B12 e E (tocoferol). As neuropatias também podem gerar outros problemas como a síndrome das pernas inquietas. No vídeo discuto as causas, consequências e possíveis tratamentos:

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/