Mais de 550 astronautas já estiveram no espaço. Porém, apenas 8 passaram por missões longas, com mais de 300 dias de duração. Entender o que acontece com o corpo que passa muito tempo no espaço é fundamental, especialmente agora, com a meta de conquista de Marte.
A NASA decidiu então comparar gêmeos idênticos, um que foi ao espaço e um que não foi. Pelo menos 10 processos fisiológicos mudam nas viagens espaciais como a atividade da telomerase, a regulação de genes, a composição da microbiota intestinal, o peso corporal, as dimensões da artéria carótida, a espessura da retina e metabólitos séricos. A maior parte dos parâmetros normaliza-se depois de um tempo na Terra. Mas o que acontecerá com as pessoas que não retornarem à Terra?
O estudo sobre dos gêmeos publicado pelo NASA na revista Science mostrou que há perda da atividade da telomerase, enzima que adiciona sequências repetidas de DNA à extremidade dos cromossomos, onde se encontram os telômeros. Telômeros são então estruturas constituídas por fileiras repetitivas de proteínas e DNA que formam as extremidades dos cromossomos. A principal função é impedir o desgaste do material genético e manter a estabilidade estrutural do cromossomo. Dependendo de nossa genética, nossa idade e nosso estilo de vida os telômeros podem ser maiores ou menores. Quanto maiores são mais saudável uma pessoa é. Quem quer arriscar a viver em outro planeta? Muitas pessoas sim. Eu não!