Saúde da mulher na menopausa

Se você mulher viver muito, chegará à menopausa. Mas não espere sentada. Quando a mulher prepara-se chega à esta fase com saúde, vigor e sofre muito menos com os possíveis sintomas. Aí sobra tempo e vitalidade para curtir a vida, a família, para viajar, trabalhar, aproveitar os amigos e sem a preocupação de engravidar!

Tudo começa com a perimenopausa, o período que antecede a menopausa. Nesta fase a produção hormonal cai, gerando alterações de humor, retenção de líquidos, compulsão alimentar, ganho de peso, falhas na memória e maior cansaço. Mas há como se preparar para este período que pode ser a melhor fase da vida da mulher, livre de preocupações com filhos pequenos ou com a chance de engravidar. 

Para a redução da inflamação e do inchaço a dieta antiinflamatória é recomendada. Deve ser rica em ômega-3, chás, frutas e verduras, reduzida em carnes processados, laticínios e alimentos industrializados. O consumo regular de tofu (queijo de soja orgânico) pode reduzir os calorões e a perda óssea. 

O Ayurveda, o sistema médico milenar indiano, recomenda uma rotina que inclui dieta apropriada, uso de ervas, descanso, massagens, refeições equilibradas, e atividade física. Yoga, meditação e caminhadas reduzem hormônios relacionados ao estresse (como o cortisol), a ansiedade, ajudam no controle do peso, na manutenção da flexibilidade e da musculatura.

Bette Calman, aos 83 anos

Bette Calman, aos 83 anos

É bom lembrar que a chegada da menopausa (por volta dos 50 anos) não representa o final da vida da mulher. Pelo contrário, pode ser apenas o marco da segunda fase da jornada na terra. Portanto, é importante se cuidar para ter muita vitalidade por mais algumas décadas.

Então, se você tem 30, 40, 50, 60 anos ou mais que tal começar a se cuidar hoje como preparo para o resto dos dias? Se você está vida a vida é para você, saúde e vitalidade são para você. Para as que já praticam yoga e desejam se aprofundar ou até mesmo trabalhar com isso (como a Bette Calman, da foto) o curso de formação em práticas integrativas e complementares está com inscrições abertas. Yoga e Ayurveda (os focos deste curso) são como uma fonte da juventude. Dê-se este presente!

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Segurança alimentar no mundo - relatório FAO 2017

A Organização das Nações Unidas para Alimentação e a Agricultura (FAO) acaba de lançar o relatório 2017 sobre segurança alimentar. De acordo com a instituição a produção mundial de alimentos é mais do que suficiente para alimentar a todos. Mesmo assim 800 milhões de pessoas (11% da população mundial) passam fome. O segundo objetivo de desenvolvimento sustentável do milênio é justamente acabar com a fome no mundo. A população mundial deve crescer em mais 2 bilhões de pessoas até 2050. Seremos ao todo 10 bilhões de pessoas no mundo e para a FAO a produção de alimentos até lá precisará dobrar. 

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Algumas partes do mundo enfrentam mais problemas relacionados à miséria e a fome como regiões da África sub-saariana, que contém os países africanos situados ao sul do deserto do Saara, Sudeste e Oeste da Ásia, especialmente em situações de conflito e devido a problemas climáticos. 

A Síria, por exemplo, antes um país próspero, vive hoje uma situação em que 85% dos residentes se encontram em situação de pobreza. Após 6 anos de conflitos armados grandes perdas nos setores de agricultura e infraestrutura são contabilizados.

Síria

Síria

O número de pessoas mal nutridas no mundo voltou a aumentar especialmente após 2014 atingindo em 2016 cerca de 815 milhões de pessoas, de acordo com a FAO. Destas, 489 milhões vivem em países afetados por conflitos e guerras. Devido a conflitos em seus países estima-se que existam hoje quase 5 milhões de refugiados no mundo.

Nas crianças a má nutrição é agravada pelo baixo percentual de mulheres que conseguem amamentar os bebês exclusivamente até o 6o mês de vida. Para a FAO o aleitamento materno exclusivo preveniria 820.000 mortes em crianças por ano e 20.000 mortes por câncer em mulheres no mundo. No Brasil apenas 38,6% das mulheres conseguem aumentar exclusivamente seus bebês até o 6o mês de vida. Dificuldades na amamentação, doenças, falta de apoio, interferências externas, volta ao trabalho, cansaço são alguns dos fatores que interferem no aleitamento.

Mas a má nutrição nem sempre é vista a olho nu, a não ser na desnutrição extrema. Mas muitas pessoas com acesso apenas a carboidratos simples (como arroz e açúcar) também encontram-se mal nutridas, mesmo que estejam acima do peso considerado ideal. No Brasil 20,8% da população adulta tem obesidade.

A anemia também continua sendo um problema, atingindo 27,2% das mulheres em idade reprodutiva. A melhoria do estado nutricional da população mundial depende de alimentos de qualidade e na quantidade adequada. Além disso exige para todos:

  • Acesso à água limpa

  • Saneamento Básico

  • Serviços de saúde de qualidade

  • Oportunidades educacionais e de emprego para todos

Esta é uma página sobre nutrição e qualidade de vida e não um blog político mas não podemos esquecer que o Brasil enfrenta seus próprios problemas. Enquanto cada um continua defendendo e brigando por seu malvado favorito (escolha o seu: Temer, Lula, Bolsonaro, Cunha, Aécio Neves, Renan Calheiros, José Dirceu, Guido Mantega, Palocci, Jucá, Sérgio Cabral, Pezão, Eliseu Padilha, José Serra, e por aí vai) a impunidade se perpetua, bloqueada por leis projetadas pelas mesmas pessoas que estão sendo investigadas.

Político é aquele que zela pelo bem comum. Por isso, se queremos desbloquear nosso desenvolvimento, se queremos qualidade de vida para todos, se queremos um país (e um mundo) sem fome não podemos perder a oportunidade deixando  os poderosos impunes, permitindo uma reforma política fajuta, nos alienando (2018 e as novas eleições já, já estarão aí). E para votar não precisamos brigar e sim nos mantermos firmes dentro dos valores humanos e com a convicção de que viver sem democracia é muito pior.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Aveia contém glúten?

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De acordo com estudos da Universidade de Chicago tecnicamente a aveia não conteria glúten, proteína presente no trigo, cevada e centeio. Porém, a aveia é frequentemente plantada, colhida e processada em locais onde também há cultiva ou processamento de cereais que contém glúten, podendo haver contaminação cruzada.

De acordo com Sapone e colaboradores (2012) existem vários problemas relacionados ao glúten (assista o vídeo). Devido ao problema da contaminação cruzada pacientes celíacos devem remover a aveia da dieta, a não ser que comprem o cereal de uma indústria que garanta a ausência de glúten no produto. Pessoas com alergia ao trigo também podem consumir aveia caso a mesma não tenha sido misturada ou processada em equipamentos que também fazem o beneficiamento do trigo.

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Algumas pessoas podem sentir desconfortos abdominais consumindo aveia? Sim, mesmo que não tenham doença celíaca, alergia ao trigo ou intolerância ao glúten. Isto ocorre porque a aveia é rica em fibras.

As fibras são essenciais à saúde do trato digestório e também ajudam a controlar os níveis de gorduras e açúcares no sangue. Porém, pessoas não acostumadas ao consumo de fibras podem apresentar gases, dores abdominais ou diarreias quando aumentam muito o consumo de alimentos como aveia, cereais integrais, folhosos e frutas.

Outra questão importante a se lembrar é que embora a aveia seja naturalmente sem glúten, uma pequena porção de pessoas com doença celíaca ainda reage a ela. Algumas pesquisas sugerem que uma proteína na aveia chamada avenina pode desencadear uma resposta semelhante ao glúten, embora se pense que seja uma sensibilidade separada. Claro, se você tem sensibilidade à avenina, evite todos os produtos de aveia.

Aveia, trigo, leguminosas são alimentos ricos em antinutrientes como fitatos e oxalatos que contribuem também para os desconfortos acima relatados. No caso específico da aveia uma estratégia é deixá-la de molho em água à noite. No outro dia remova a água, lave a aveia e use-a em sua forma preferida.

Informações nutricionais - 1/2 xícara de aveia fornece:

  • 154 calories

  • 4–5 gramas de fibras

  • 5–6 gramas de proteínas

  • 5 mg de manganês (73% das necessidades diárias de adultos)

  • 7 mg de selênio (16% das necessidades diárias de adultos)

  • 56 mg de magnésio (14% das necessidades diárias de adultos)

  • 0,19 mg de tiamina - B1 (12% das necessidades diárias de adultos)

  • 5 mg de zinco (10% das necessidades diárias de adultos)

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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