Yoga e mindful eating (alimentação consciente)

A prática regular de yoga é associada com mindful eating, com um comer mais consciente. E, de acordo com o centro de pesquisa em câncer Fred Hutchinson pessoas que prestam atenção ao ato de comer tem uma menor propensão à obesidade. 

Pesquisas lideradas pelo Dr. Alan Kristal mostram que a prática regular de yoga reduz o ganho de peso na meia idade em decorrência do desenvolvimento de maior consciência corporal e maior sensibilidade às sensações de fome e saciedade. 

O pesquisador e sua equipe foram os responsável pelo desenvolvimento do questionário de alimentação consciente com 28 itens. O instrumento, por meio de perguntas sobre a capacidade de uma pessoa parar de comer quando saciada, de prestar atenção nas características do alimento (aparência, sabor, cheiro) e outros aspectos como comer por pressão dos pares ou de propagandas de alimentos, comer emocional e comer distraidamente.

Algumas pessoas concentram-se mais no presente naturalmente mas muita gente tem dificuldade e passa o dia pensando no passado ou futuro. Não prestar atenção ao momento da alimentação pode ser perigoso para a saúde. O yoga, ao ensinar técnicas de foco no presente contribuem para abordagens holísticas não focadas em dietas. Com isso, a alimentação torna-se mais prazerosa, as refeições menos estressantes e ainda se mantém o peso sobre controle.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Nutrição para contrabalancear os efeitos da poluição ambiental

Santiago está no 4o dia de emergência ambiental. O ar da capital do Chile é um dos mais contaminados do mundo, comparando-se ao de São Paulo, por exemplo (Ryan e Larraguibel, 2000). Especificamente em Santiago as causas da contaminação são tanto ambientais (naturais) quanto relacionados ao modo de vida moderno.

A localização geográfica da capital, entre montanhas, impede a circulação do ar e a dispersão de particulas contaminantes. A falta de chuva e o ar seco agravam o problema. O homem também contribui. O grande número de carros polui ainda mais o ambiente. Por isso, nos dias de pré-emergência e emergência muitos carros ficam proibidos de circular. 

A prefeitura também tem investido em novas linhas de metrô e ciclovias para que mais pessoas deixem os carros em casa. Estima-se que 80% da população mundial esteja hoje vivendo em regiões com menor qualidade do ar do que a recomendada pela Organização Mundial de Saúde. Mas como essa é primeira vez que moro em um local tão poluído estou estranhando. Estou tossindo mais, o cabelo fica com cheiro de poluição, a visibilidade da cidade é menor em alguns dias da semana. Isso assusta!

Por isso, fui buscar na literatura pesquisas que informem como a alimentação pode nos deixar mais protegidos nessa situação. Com a poluição atmosférica o estresse oxidativo aumenta (Romieu et al., 2008). Há maior produção de radicais livres, os quais consomem nossos antioxidantes. Sem essas substâncias protetoras o risco de doenças cardiovasculares e respiratórias aumentam.

Por isso a dieta precisa ser mais rica em frutas e verduras, ricas em vitaminas, minerais e fitoquímicos (Péter et al., 2015). Quanto maior é o consumo de vegetais maior é a proteção cardiovascular. O consumo de ômega-3 também é importante, reduzindo inclusive o risco de asma.  

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Suplementação de vitamina E em crianças e adolescentes com síndrome de Down

Na síndrome de Down distúrbios metabólicos, como o estresse oxidativo e a disfunção mitocondrial tem sido observados e relatados na literatura científica. Como explicado em meu curso o tratamento destas condições é importante para a qualidade de vida destes indivíduos. 

O tratamento com antioxidantes tem sido sugerido por pesquisadores como uma forma de aliviar o estresse oxidativo. Um estudo colaborativo de pesquisadores da Inglaterra, China e Irã mostrou que a suplementação de vitamina E (alfa-tocoferol) e ácido lipóico, por 4 meses, reduz o estresse oxidativo (Nachvak et al., 2014) em crianças e adolescentes.

Outros estudos obtiveram resultados similares com a combinação de outros nutrientes como ácido folínico associado a antioxidantes, inclusive com aumento dos ganhos psicomotores e de linguagem.  As dosagens utilizadas nos estudos são em geral maiores do que as indicadas para a população neurotípica (no caso, sem síndrome de Down). 

Para maior individualização leva-se em consideração o consumo de nutrientes vindos da alimentação e os exames bioquímicos. Consulte um nutricionista.

Profissional de saúde, aprenda a interpretar exames nutrigenéticos no curso online.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/