Receita para perder a barriga

Todos sabem que uma dieta inadequada, rica em açúcar, refrigerantes, com calorias em excesso (principalmente provenientes de carboidratos de alto índice glicêmico) contribuem para o aumento da circunferência abdominal. O sedentarismo é outra importante causa do aumento de gordura visceral, elevando em 9% o risco de morte prematura em mulheres e, em 7% nos homens. 

Contudo, outros fatores contribuem igualmente para o problema. Estudo com 650.000 adultos revelou que o tabagismo aumenta o acúmulo na região abdominal, independentemente do peso da pessoa.

Outro culpado pelo aumento da circunferência abdominal e da adiposidade visceral é o estresse. Ambientes barulhentos, privação do sono, em adultos e adolescentes,  elevam o hormônio cortisol, o qual facilita a deposição de gordura e aumentam o apetite e a compulsão alimentar.

A receita para perder a barriga não é mágica: evitar doces, refrigerantes, comer mais frutas e verduras em abundância, beber água, não fumar, reduzir o consumo de álcool, praticar atividade física e dormir bem.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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O mito do leite

Muita gente vai falar que você precisa tomar seu leite no café da manhã para ter ossos fortes e prevenir fraturas e osteoporose. Mas já te digo, isto é um mito. Há décadas pesquisas vêm demonstrando que os países em que se toma mais leite são também aqueles em que os idosos tem o maior número de fraturas e, inclusive, maior mortalidade. Na última semana mais dois estudos nesta linha foram publicados no BMJ, um conceituado periódico científico. 

Um grupo de pesquisadores da Nova Zelândia examinaram o impacto do consumo de suplementos de cálcio na prevenção de fraturas. Analisaram as evidências publicadas em estudos observacionais e pesquisas controladas com grupos aleatórios de pacientes. No primeiro estudo, a suplementação de cálcio produziu um aumento da massa óssea insignificante (1%), o que dificilmente preveniria fraturas em idosos. No segundo estudo, o alto consumo de cálcio na dieta não conseguiu prevenir as fraturas.

Leite e queijo vem sendo associados também ao desenvolvimento de câncer (próstata,  endométrio) e diabetes (tipo 1 e tipo 2). Parece que iogurte é excessão.

Nossa pirâmide dos alimentos traz o leite de vaca e seus derivados como importantes componentes para nossa saúde. Mas será? O Brasil é um grande produtor de laticínios e o governo pretende elevar esta produção em 40% nos próximos 10 anos. Leite movimenta a economia, aumenta as exportações e o PIB do país. Ou seja, não é conveniente para o país tirar o leite da pirâmide e substituir por vegetais e suco verde. Mas minha dica é que você não consuma tanto. Aprenda a substituir os laticínios por outros alimentos. Sua saúde vai agradecer.

Consumo de laticínios e câncer

Lácteos não são todos iguais. Muitos estudos mostram que o exagero no consumo de leite e queijo associa-se a maior incidência de câncer de próstata, fígado e pulmão. Um dos motivos é que a composição de cada alimento é diferente. O iogurte é fermentado por bactérias benéficas que modulam a composição da microbiota intestinal, favorece o aumento de butirato e CLA, com efeitos antinflamatórios e anticancerígenos.

Mas não é qualquer iogurte que contém CLA. Precisa ser um iogurte integral, orgânico. Marcas light/diet, cheias de corantes, adoçantes e engrossados com farinhas não serão bons para a prevenção, nem para o tratamento do câncer. O ideal ainda é que o iogurte fosse produzido com leite A2A2, pois tem menor impacto em termos de aumento de marcadores inflamatórios, comparado ao leite A1A1, que contém beta-caseína e está mais associado a processos alérgicos.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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