Diferenças entre o iogurte e o kefir de leite

Tanto o iogurte quanto o kefir de leite são produtos lácteos cultivados, mas entre eles existem muitas diferenças. O Kefir de leite é uma cultura mesofílica, o que significa que é cultivo à temperatura ambiente. O iogurte pode ser uma cultura mesofílica ou termofílica - que gosta de calor, sendo cultivado, em geral a 44oC ).

Tanto o kefir de leite quanto o iogurte são cultivados usando uma cultura reutilizável ou de uso único. Enquanto um pouco do lote anterior de iogurte é usado para cultivar iogurte continuamente, o kefir de leite, por outro lado, é cultivado continuamente usando grãos de kefir de leite. Os "grãos" são na verdade uma massa gelatinosa que abriga uma variedade generosa de bactérias e leveduras, das quais é possível produzir lotes contínuos de kefir. Os grãos de kefir de leite precisam ser transferidos para um novo lote de leite a cada 24 a 72 horas.

Outra diferença importante é que o kefir contém uma gama muito maior de bactérias do que o iogurte, além de conter leveduras. Por isso, o sabor do kefir de leite é mais azedo que o sabor do iogurte, mas varia com base no tempo de fermentação. Em relação à consistência o iogurte pode ser líquido ou firme, enquanto o kefir é sempre líquido. Ambos podem ser consumidos puros ou batidos com frutas e/ou cereais.

Vitamina de frutas e Kefir

Ingredientes

  • 1 porção de fruta (morangos, banana, abacate, maçã);

  • 500mL de leite de Kefir;

  • 1 colher de sopa de mel

Modo de preparo

Coloque todos os ingredientes da bebida em um liquidificador e bata bem, até conseguir uma mistura homogênea. Sirva em um copo com gelo.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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O mito do leite

Muita gente vai falar que você precisa tomar seu leite no café da manhã para ter ossos fortes e prevenir fraturas e osteoporose. Mas já te digo, isto é um mito. Há décadas pesquisas vêm demonstrando que os países em que se toma mais leite são também aqueles em que os idosos tem o maior número de fraturas e, inclusive, maior mortalidade. Na última semana mais dois estudos nesta linha foram publicados no BMJ, um conceituado periódico científico. 

Um grupo de pesquisadores da Nova Zelândia examinaram o impacto do consumo de suplementos de cálcio na prevenção de fraturas. Analisaram as evidências publicadas em estudos observacionais e pesquisas controladas com grupos aleatórios de pacientes. No primeiro estudo, a suplementação de cálcio produziu um aumento da massa óssea insignificante (1%), o que dificilmente preveniria fraturas em idosos. No segundo estudo, o alto consumo de cálcio na dieta não conseguiu prevenir as fraturas.

Leite e queijo vem sendo associados também ao desenvolvimento de câncer (próstata,  endométrio) e diabetes (tipo 1 e tipo 2). Parece que iogurte é excessão.

Nossa pirâmide dos alimentos traz o leite de vaca e seus derivados como importantes componentes para nossa saúde. Mas será? O Brasil é um grande produtor de laticínios e o governo pretende elevar esta produção em 40% nos próximos 10 anos. Leite movimenta a economia, aumenta as exportações e o PIB do país. Ou seja, não é conveniente para o país tirar o leite da pirâmide e substituir por vegetais e suco verde. Mas minha dica é que você não consuma tanto. Aprenda a substituir os laticínios por outros alimentos. Sua saúde vai agradecer.

Consumo de laticínios e câncer

Lácteos não são todos iguais. Muitos estudos mostram que o exagero no consumo de leite e queijo associa-se a maior incidência de câncer de próstata, fígado e pulmão. Um dos motivos é que a composição de cada alimento é diferente. O iogurte é fermentado por bactérias benéficas que modulam a composição da microbiota intestinal, favorece o aumento de butirato e CLA, com efeitos antinflamatórios e anticancerígenos.

Mas não é qualquer iogurte que contém CLA. Precisa ser um iogurte integral, orgânico. Marcas light/diet, cheias de corantes, adoçantes e engrossados com farinhas não serão bons para a prevenção, nem para o tratamento do câncer. O ideal ainda é que o iogurte fosse produzido com leite A2A2, pois tem menor impacto em termos de aumento de marcadores inflamatórios, comparado ao leite A1A1, que contém beta-caseína e está mais associado a processos alérgicos.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

O consumo de iogurte pode ajudar a prevenir a diabetes mellitus

Lácteos não são todos iguais. Muitos estudos mostram que o exagero no consumo de leite e queijo associa-se a maior incidência de câncer de próstata, fígado e pulmão. Um dos motivos é que a composição de cada alimento é diferente. O iogurte é fermentado por bactérias benéficas que modulam a composição da microbiota intestinal, favorece o aumento de butirato e CLA, com efeitos antinflamatórios e anticancerígenos.

Mas não é qualquer iogurte que contém CLA. Precisa ser um iogurte integral, orgânico. Marcas light/diet, cheias de corantes, adoçantes e engrossados com farinhas não serão bons para a prevenção, nem para o tratamento do câncer. O ideal ainda é que o iogurte fosse produzido com leite A2A2, pois tem menor impacto em termos de aumento de marcadores inflamatórios, comparado ao leite A1A1, que contém beta-caseína e está mais associado a processos alérgicos.

Iogurte de boa qualidade favorece o controle do peso e da glicemia

Dois estudos publicados neste ano (um liderado por pesquisadores de Harvard, nos EUA e outro por pesquisadores de Cambridge, na Inglaterra) mostraram que o consumo de iogurte pode ajudar a prevenir a diabetes mellitus tipo 2. No estudo de Harvard foram acompanhados 200.000 indivíduos com idades entre 25 e 75 anos por 30 anos, sendo que aqueles que consumiam cerca de 300 gramas de iogurte diariamente tiveram menor incidência de diabetes. O mesmo não aconteceu com os que consumiram menos de 100 gramas do produto ou com os que consumiram leite e queijo.

No estudo de Cambridge os pesquisadores analisaram dados de um levantamento feito na Inglaterra e compararam os hábitos alimentares de 753 pessoas com diabetes tipo 2 aos de 3.500 indivíduos livres da doença. De acordo com a pesquisa, o consumo de quatro copos de 125 gramas de iogurte por semana reduziu o risco de diabetes tipo 2 em até 28%. Indivíduos que consumiam outros laticínios fermentados e com baixo teor de gordura, como queijo cottage, tiveram redução do risco em até 24%. Os autores não encontraram relação entre a redução do risco da doença e o consumo de laticínios com maior teor de gordura.

O principal fator protetor do iogurte parecem ser as bactérias probióticas, que competem com microorganismos patogênicos, desinflamando o tecido intestinal e fortalecendo a imunidade. Mas atenção, para maior efeito consuma as variedades sem açúcar ou com pouco açúcar e outros carboidratos simples adicionados. Você pode adicionar frutas em pedaço ou goji berry + aveia, linhaça, chia ou farelos para maiores benefícios.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/