Zinco e controle do apetite

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O excesso de gordura corporal, principalmente quando concentrada na região abdominal aumenta or risco de desenvolvimento de doenças crônicas como diabetes mellitus e doenças cardiovasculares. Controlar o consumo de alimentos calóricos torna-se~, então, essencial para a boa saúde a longo prazo. Contudo, esta tarefa não é fácil para muitos indivíduos e um dos motivos é a insensibilidade ao hormônio leptina.

Produto do gene ob, a leptina é secretada pelos adipócitos, desempenhando importante papel na regulação da ingestão alimentar e no gasto energético, pois estimula aumento na queima de energia e proporciona saciedade, inibindo neuropeptídios envolvidos na compulsão alimentar (NPY e AgRP), o que leva a uma diminuição do consumo de alimentos. O zinco é um mineral que pode influenciar este hormônio já que é um cofator chave para a expressão do gene ob. Por isto, restrições de zinco levam a diminuição das concentrações plasmáticas de leptina. Alimentos ricos em zinco incluem as ostras, o espinafre, a carne bovina, o perú assado, as amêndoas, a farinha de soja, frango e alcachofras.

Estudos mostram que suplementos de zinco reduzem a resistência à insulina e fortalecem o sistema imunológico.

Suplementos de zinco

É importante lembrar que o zinco pode interferir na ação de medicamentos, incluindo antibióticos, diuréticos, inibidores da ECA, quimioterápicos, imunossupressores e antiinflamatórios não-esteroidais. O alto consumo de zinco também pode desencadear deficiência de cobre. Para suplementar cobre avalie sempre antes os níveis sanguíneos.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

A alimentação das crianças

Tenho ido a muitas festas infantis e a nota para a animação é dez, mas a do cardápio próxima a zero. Salgadinhos, pizza, cachorro-quente, algodão doce, doces e bolo. Alimentação nada nutritiva, deseducativa e totalmente fora do que é preconizado para crianças pequenas e para a prevenção de enfermidades em todas as outras faixas etárias. Não me entenda mal, também adoro brigadeiro, mas o que se observa é que este padrão inadequado se repete também durante a semana em muitas casas.

No consultório, mães e avós reclamam que as crianças tem um paladar limitado. Às vezes acontece. Mas em grande parte dos casos os adultos insistem em uma dieta sem graça e depois não conseguem contornar o problema. Outro dia em um churrasco havia uma linda menina de 7 anos que ia e vinha à mesa, pegava uma alface e saia comendo. Será que foi educada de forma diferente? É o que acredito. As crianças não estão proibidas de comer doce ou pizza, mas estes alimentos são como um tempero, que deve ser oferecido em pequenas quantidades e sem interferir nos hábitos saudáveis. Muitas crianças não comem frutas e verduras simplesmente porque os mesmos não são oferecidos com a regularidade desejada.

A falta de estímulos ou exemplos em casa é que leva ao hábito monótono dos pequenos. Tudo bem, muitas crianças realmente não gostam de determinados alimentos, mas não deixe de oferecê-los. Bebês em geral estão se alimentando muito melhor no segundo ano de vida, contanto que seus pais ou cuidadores não tenham desistido, continuando a oferecer repetidamente uma variedade de alimentos. Ninguém nega que não é fácil ou que não seja cansativo mas vale a pena pois crianças bem nutridas adoecem bem menos, tem um ótimo desenvolvimento e passam a comer a mesma alimentação de seus pais rapidamente. Quando maiorzinhos uma infinidade de alimentos podem ser oferecidos em casa e nas escolas como alternativas aos industrializados tão comuns nas lancheiras:

  1. Sanduíche com guacamole, pasta de amendoim, pasta de grão de bico (homus);

  2. Pipoca (quase toda criança gosta, é rica em fibras e feita em casa, em geral tem menos sal e óleo do que as versões para microondas);

  3. Castanhas. São fácies de carregar e são fonte de proteína e gorduras de ótima qualidade, especialmente para crianças bastante ativas;

  4. Vegetais crus. Corte cenouras, pepino, tomate e outros vegetais e coloque sobre a mesa para serem consumidas enquanto se espera o almoço ou jantar;

  5. Pêssego, banana, maçã, pêra, goiaba, morango, tangerina: frutas fáceis de carregar e geralmente bem aceitas pelos pequenos;

  6. Frutas secas também são boas opções. Podem ser consumidas puras ou misturadas às castanhas, ao iogurte, às frutas frescas...;

  7. Salada de frutas: uma forma de introduzir frutas novas ou menos aceitas, misturadas às já conhecidas e apreciadas'

  8. Quinoa do arco-íris - http://wp.me/pbQmd-16z;

  9. Queijo cortado em cubinhos;

  10. Ovo cozido;

  11. Batata doce assada;

  12. Biscoitinhos de aveia

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Índice glicêmico

O índice glicêmico (IG) é uma das formas de classificação dos carboidratos, em uma escala de 0 a 100 de acordo com a velocidade com que os mesmos conseguem aumentar os níveis de glicose sanguínea após uma refeição. Os alimentos com um elevado IG são aqueles que são rapidamente digeridos e absorvidos, resultando em flutuações rápidas nos níveis de açúcar no sangue. Alimentos com IG baixo, em virtude de sua lenta digestão e absorção, produzem aumentos graduais de açúcar e insulina plasmáticos, beneficiando a saúde.

Dietas com baixo índice glicêmico têm sido recomendadas para melhorar não só a glicemia mas também as taxas de gordura plasmáticas, principalmente em indivíduos com resistência à insulina, diabéticos, cardiopatas e pessoas que precisam controlar o peso. A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização para Agricultura e Alimentação (FAO) recomendam que a alimentação inclua uma variedade de alimentos com baixo IG, a fim de prevenir as doenças mais comuns nos países industrializados, justamente as  coronarianas, diabetes e obesidade. Eu gosto muito deste tipo de abordagem mas confesso que não sou muito criativa na cozinha, por isso vivo pesquisando receitas com o índice glicêmico mais baixo.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/