Importância da microbiota saudável e diversa

A fermentação de fibras pela microbiota intestinal produz acetato, propionato e butirato, ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) que possuem importantes efeitos locais, sistêmicos e cerebrais, incluindo:

  • nutrição das células intestinais e do fígado (enterócitos e hepatócitos);

  • estimulo à produção de muco protetor pelas células intestinais;

  • aumento da expressão de triptofano hidroxilase 1 nas células enterocromafins;

  • maior expressão de junções estreitas (tight junctions) tanto na barreira intestinal como na barreira hematoencefálica, regulando sua permeabilidade;

  • redução da atividade inflamatória local, sistêmica e do sistema nervoso central (ativação da microglia e astrócitos) através da interação do butirato e produtos de degradação do triptofano com receptores diversos.

Estudos mostram que a baixa diversidade bacteriana intestinal e a baixa fermentação de fibras por estes microorganismos aumenta o risco de desordens do neurodesenvolvimento na infância e de doenças neurodegenerativas na velhice.

Consuma, portanto, alimentos ricos em fibras para alimentar bem sua microbiota, garantindo grande diversidade. Frutas, verduras, cereais integrais, leguminosas, sementes e castanhas devem fazer parte da dieta diária. Fibras alimentarão suas bactérias benéficas, que continuarão multiplicando-se e beneficiando sua saúde!

Quanta fibra precisamos consumir?

A recomendação média de fibras para manutenção da saúde e prevenção de doenças, como câncer de cólon é:

  • Crianças: 1 a 3 anos: 14 gramas

  • Crianças: 4 a 8 anos: 16,8 a 19,6 gramas

  • Crianças: 9 a 13 anos: 22,4 a 25,2 grama - Adolescentes: 14 a 18 anos: 25,2 a 30,8 gramas - Homens adultos: 34 gramas

  • Mulheres adultas: 28 gramas

Quanto mais variada é a dieta, mais variada é a microbiota

Suplementos contendo fibras

- Muke: inulina e frutooligossacarídeos (fos) e galactooligossacarídeos (gos) e goma guar (cyamoposis tetragonolobus) - https://amzn.to/3yhbTXR

- FiberFor - Fibra de Trigo, Frutooligossacaríos (FOS) e Inulina - https://amzn.to/3yeTgUl

- FiberMais - Goma Guar Parcialmente Hidrolisada e Inulina - https://amzn.to/3buAONK

- Fiber Balance - gomar guar parcialmente hidrolisada SUNFIBER e inulina - https://amzn.to/3w6L0nq

- Mix de fibras catarinense - inulina e polidextrose - https://amzn.to/3hvZbOS

- FOS maxinutri - frutooligossacarídeos (fos) - https://amzn.to/3hqMd4Y

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- Psyllium - https://amzn.to/3uut4Fx

Exemplo de psicobiótico para manipulação:

  • Lactobacillus gasseri - 1,5 bilhões de UFC

  • Lactobacillus helveticus - 1,5 bilhões de UFC

  • Bifidobacterium longum - 1,5 bilhões de UFC

  • Bifidobacterium breve - 1,5 bilhões de UFC

Aviar doses suficientes para X dias, em cápsulas vegetais.

Posologia: Consumir 1 dose ao dia 30 minutos antes da refeição ou antes de dormir.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

TRATAMENTO INTEGRATIVO DA HIPOCLORIDRIA E DA SIBO

Muitos fatores reduzem a produção de ácido clorídrico, substância fundamental para a digestão das proteínas. Entre os fatores associados à hipocloridria estão o estresse, a infecção pela bactéria Helicobacter pylori, o uso de antiácidos, a carência de nutrientes como zinco, colina, vitaminas do complexo B. A redução de ácido clorídrico gera também a SIBO (Small intestinal bacterial overgrowth), o super crescimento de bactérias ruins no intestino delgado.

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Os sintomas da hipocloridria podem se manifestar como azia, refluxo, arrotos, dores após a refeição, digestão lenta (sensação de empaxamento/estufamento). O exame mais comum para o diagnóstico da SIBO é o teste de hidrogênio e metano expirado. O tratamento envolve o uso de antibióticos associado à dieta restrita em carboidratos fermentáveis (low FODMAPS), associado a suplementação de compostos antiinflamatórios e fitoquímicos com ação antimicrobiana.

Práticas integrativas

Artigo publicado em 2021 no Journal of Alternative and Complementary Medicine discorre sobre as possibilidades terapêuticas para além dos antibióticos. Os autores apostam nas justamente nas intervenções dietéticas com o uso de dieta elementar, probióticos e remédios fitoterápicos. Dieta elementar é muito estudada e muito utilizada a muitos anos com ótimos resultados e baseia-se na ideia de que nutrientes já fracionados são melhor absorvidos, portanto, deixam de ser combustíveis para maior crescimento bacteriano (Nickles et al., 2021). Compostos fenólicos, como as antocianinas presentes nas frutas vermelhas, o ácido clorogênico presente no chá verde e catequinas do cacau são alguns componentes moduladores da microbiota intestinal.

O controle do estresse e da ansiedade também são fundamentais para a boa digestão. Meditação e yoga são estratégias recomendadas, assim como as práticas de alimentação consciente.

“Usei probiótico e passei mal”

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É comum pessoas com SIBO, síndrome do intestino irritável ou diagnóstico de disbiose intestinal tomarem probióticos e sentirem desconfortos como piora de gases, dores abdominais, constipação ou diarreia. O que pode acontecer é que quando existe muita bactéria gram negativa no intestino e bactérias boas são administradas, inicia-se uma competição por espaço.

Quando as bactérias ruins morrem liberam lipopolissacarídeos bacterianos (LPS), gerando uma inflamação transitória. Por isso, outros fatores precisam ser ajustados, como uso de enzimas, melhoria da mastigação, melhoria da produção de ácidos biliares, redução do estresse, aumento do consumo de fibras e de alimentos com propriedades antimicrobianas (orégano, óleo de coco, óleo de alho, gengibre, açafrão, cravo, própolis, semente de mamão, semente de abóbora). Os probióticos também podem ser substituídos inicialmente por BIOMAMPS, fragmentos de bactérias boas mortas, que vão preparar o intestino para receberem posteriormente os probióticos

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/