A obesidade é uma epidemia global mas a falta de amor próprio, a baixa autoestima e autoaceitação parecem ser epidemias ainda maiores. Quantas pessoas passam o dia julgando o tamanho das coxas, da barriga, dos braços...? Agora, imagine quanta energia teríamos sobrando se deixássemos de nos autodepreciar. Quanto espaço mental seria liberado se nos tratássemos com mais respeito. Se eu pedisse para que você listasse em um caderno todas as coisas que ama, quanto tempo levaria para que seu próprio nome aparecesse?
Para emagrecer é importante se aceitar radicalmente. Por isso, ame-se de dentro para fora. As coisas que você pensa e faz são infinitamente mais importantes do que os números da balança. Quando aceitamos isso de coração outros problemas vão se diluindo, inclusive a compulsão alimentar.
Parece fácil, mas não é. No consultório muita gente tem o discurso pareceido: "Já tentei de tudo, já fiz todas as dietas, já tomei todos os suplementos". Consigo seguir orientações por um tempo mas depois a compulsão volta com tudo.
O que aprendi ao longo desses quase 20 anos de formada é que algumas pessoas não conseguem resolver o problema olhando diretamente para ele, o atacando de frente. Não é simples. E esse é o espaço para as práticas integrativas, como a alimentação consciente, os exercícios meditativos, o yoga, o foco na respiração e nas sensações corporais, além da psicoterapia.