As mitocôndrias são as usinas de produção de energia de nossas células. Como já vimos muitas vezes aqui no site, esta energia é utilizada por todos os órgãos para o desempenho de suas funções.
Disfunções mitocondriais, ou seja, alterações na produção energética em decorrência do mal funcionamento das mitocôndrias associam-se a maior incidência de doenças cardiovasculares, maior dificuldade de perda de peso e também maiores alterações comportamentais nos transtornos do espectro do autismo, na síndrome de Down e no Alzheimer.
Chinnery (2015) trouxe uma revisão em que mostra que uma série de outras condições também estão associadas à fadiga mitocondrial incluindo epilepsia, demência, encefalopatias, tubulopatias renais, constipação, diabetes mellitus e hipoparatireoidismo e lipomatose.
Uma série de mutações de genes mitocondriais vem sendo estudadas na tentativa de explicar as disfunções. É o que mostra estudo publicado em 2016 por Koopman e colaboradores.
Além das mutações de genes importantes, fatores ambientais também estão podem contribuir para o surgimento da disfunção mitocondrial, como endotoxemia metabólica, disbiose intestinal, uso crônico de antiácidos, consumo excessivo de carnes, glico ou lipo toxicidade, contato com toxinas, consumo excessivo calórico (Jha et al., 2016).
Assim, o cuidado com o intestino, a redução no consumo de carnes, gorduras trans, alimentos industrializados e carnes (especialmente as industrializadas) torna-se importante. Para melhorar a função mitocondrial a suplementação também vem sendo estudada, destacando-se compostos como ácido lipóico, coenzima Q10 e curcumina (Koopman et al., 2016). Para ajustes em sua dieta ou prescrição de nutrientes consulte um nutricionista.
Discuto muitas questões relacionadas à suplementação de compostos específicos no curso online. Saiba mais aqui.