Altos níveis de mercúrio aumentam a necessidade de glutationa em pessoas com autismo

Fatores genéticos, nutricionais e ambientais têm sido implicados como fatores de risco para o autismo. O estresse oxidativo, incluindo baixos níveis plasmáticos do antioxidante glutationa atrapalha a regulação epigenética e a metilação, aumenta o estresse oxidativo, com consequências no desenvolvimento neurológico (Hodgson et al., 2014). A glutationa também ajuda a reciclar antioxidantes, a reparar o DNA, a destoxificar toxinas como o mercúrio.

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Muitos pesquisadores avaliam quais fatores geram maior neuroinflamação e comprometimento do funcionamento cerebral. Dentre os fatores ambientais suspeitos estão: chumbo, metil mercúrio, bisfenol, pesticidas organofosfatados, pesticidas organoclorados, disruptores endócrinos, fumaça de veículos automotivos, hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, éteres e compostos perfluorados.

Em revisão publicada por Kern e colaboradores (2016)  74% dos 91 estudos avaliados mostraram um relacionamento entre o mercúrio e o autismo. Isto acontece pois o mercúrio gera ativação autoimune, estresse oxidativo e neuroinflamação, que por sua vez conduzem a danos no cérebro e perda de conexões entre neurônios. Parece que quanto maior é a quantidade de mercúrio circulante maior é a severidade dos sintomas observados. Os cuidados devem começar desde a gestação, minimizando a circulação de mercúrio pelo organismo. Além do uso de glutationa, mulheres também podem fazer uso da microalga de água doce Chlorella.

Uso da glutationa via oral

A glutationa é produzida no corpo e também pode ser suplementada, usada de forma intramuscular ou intravenosa. A suplementação oral é feita na forma reduzida (dose usual para adultos de 100 a 300 mg/dia) ou lipossomal (dose usual de 250 a 500 mg/dia). Outra forma de aumentar a glutationa é administrando o precursor N-acetil cisteína (NAC, na dose para adultos de 600 a 1.500 mg, em geral).

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Consequências do excesso de alumínio no corpo

Estamos cercados por toxinas. Exames em recém nascidos mostram que eles já vêm ao mundo com mais de 180 produtos químicos tóxicos acumulados no corpo. Não tenho muito controle sobre o ar que respiramos, estamos tentando andar sob as árvores, passa um caminhão e joga um monte de fumaça em nossa cara. Mas podemos observar algumas coisas. Hoje quero falar do alumínio.

O alumínio pode ser encontrado em praticamente todos os banheiros ou cozinhas do país. Está na maioria dos desodorantes que são aplicados diretamente sobre a pele todos os dias e pode ser encontrado em muitos cosméticos. Também está na folha ou papel de alumínio que você usa para proteger sua lasanha da queima no forno. Pode estar na pasta de dente e no fermento do bolo.

Algumas pessoas acumulam alumínio mais facilmente no corpo e conseguirmos ver isso nos exames genético. A intoxicação por alumínio pode ser acompanhada de hiperatividade, inflamação, alterações do metabolismo do cálcio, redução da síntese de vitamina D, comprometimento da fala, convulsões, acúmulo de proteína TAU no cérebro, constipação, cólica e fadiga.

Painel genético da FullDNA

Painel genético da FullDNA

Na análise do painel genético percebemos que algumas pessoas possuem maior tendência à reações ao alumínio. Sugere-se a evitação do uso de panelas sem alumínio e teflon, de alimentos enlatados e de fermentos para bolo sem alumínio. No Brasil, uma marca de fermento sem alumínio é esta aqui da ecobio. A curcumina do açafrão parece diminuir a biodisponibilidade do alumínio  (Halim et al., 2011). Tente usar 1 colher de chá de açafrão diariamente na sua comida, com uma pitadinha de pimenta, para facilitar a absorção. A suplementação de Chlorella (cerca de 3/dia) também ajuda na redução do alumínio. Se seu alumínio sérico estiver acima de 1 podemos suplementar silanox. Se precisar de ajuda marque aqui sua consulta online.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Consumo de algas e imunidade

Algas são extremamente ricas em nutrientes. A spirulina é uma alga azul esverdeada fonte de proteínas, vitaminas (como carotenóides) e minerais (Kay, 1991).  Os nutrientes das algas combatem o dano oxidativo causado por radicais livres (Benedetti et al., 2004Sedriep et al., 2011). Algas também são fonte de vitamina B12 (Baroni et al., 2009), apesar de não tão bem disponível quanto a presente em ovos e laticínios. A vitamina B12 é muito importante para a maturação da espinha bífida do bebê durante a gestação, para o adequado funcionamento das hemácias (células do sangue que transportam oxigênio) e para o sistema nervoso, prevenindo a depressão.

As algas ainda melhoram a imunidade (Shytle et al., 2010) e contribuem para o tratamento da fibromialgia. Estudos mostram que algas como a clorella se ligam a metais pesados contribuindo para a destoxificação do organismo. Publicação de 2020 reforça que a spirulina contém picocianobilina que melhora a imunidade para que o corpo possa reagir melhor contra gripes e até contra o coronavírus (McCarty & DiNicolantonio, 2020).

Algas também são ricas em iodo (Combet et al., 2014), mineral importante para a tireóide e a regulação do metabolismo e de fibras (Wada et al., 2011), que tem um papel na regulação do funcionamento intestinal e na absorção de glicose e gorduras. Por estes efeitos, as algas parecem ser alimentos capazes de reduzir o risco de doenças cardiovasculares, diabetes e certos tipos de câncer.

Contudo, as algas podem produzir uma toxina denominada microcistina. Os polifenóis do chá verde (Xu et al., 2007) e o sulforafano das brássicas (repolho, couve, brócolis) protegem o corpo contra a microcistina. Contudo, não se recomenda consumo alto de algas e suplementos de algas para gestantes e lactantes já que não se conhece o efeito da toxina no desenvolvimento do feto e crianças. A compra de suplementos também deve ser cuidadosa. 

Não tem acesso à algas? Aumente o consumo de alimentos como salsinha, couve, coentro, que também melhoram a imunidade. Se quiser conhecer mais sobre as propriedades dos alimentos faça este curso online. O mesmo é perfeito para os que querem aprender mais sobre as propriedades protetoras e antiinflamatórias dos alimentos e o impacto dos mesmos na saúde e na prevenção de doenças.

Você aprenderá mais sobre soja, tomate, berinjela, brócolis, mel, açafrão, chá verde, maçã, mirtilo, açaí, dentre tantos outros alimentos. Conversaremos também sobre nutrientes e não nutrientes que podem ser destacados nos rótulos dos alimentos por seu potencial benefício à saúde, incluindo ácidos graxos, carotenóides, fibras e probióticos.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/