Causas do zumbido no ouvido

O zumbido nos ouvidos, ou tinnitus, é uma percepção de som sem uma fonte externa. Ele pode variar de um leve ruído a um som constante e debilitante. As causas do zumbido são multifatoriais e podem estar relacionadas a condições médicas, ambientais e nutricionais. Abaixo estão as principais causas:

1. Causas Médicas e Fisiológicas

1.1. Perda Auditiva

  • Associada ao envelhecimento (presbiacusia).

  • Exposição prolongada a ruídos altos (danos às células ciliadas no ouvido interno).

1.2. Doenças do Ouvido

  • Otites: Infecções no ouvido médio ou interno.

  • Doença de Ménière: Afeta o equilíbrio e pode causar zumbido.

  • Otosclerose: Crescimento anormal do osso no ouvido médio.

1.3. Problemas Neurológicos

  • Neuralgia do trigêmeo.

  • Condições que afetam os nervos auditivos.

1.4. Distúrbios Vasculares

  • Hipertensão arterial: Fluxo sanguíneo turbulento pode ser percebido como zumbido pulsátil.

  • Aneurismas ou malformações arteriovenosas próximas ao ouvido interno.

1.5. Uso de Medicamentos Ototóxicos

  • Aspirina (em altas doses).

  • Antibióticos (aminoglicosídeos).

  • Diuréticos de alça.

  • Antidepressivos e quimioterápicos.

2. Causas Nutricionais

2.1. Deficiências Nutricionais

  • Vitamina B12:

  • Magnésio:

    • Essencial para a função auditiva; a deficiência pode causar disfunção nas células ciliadas do ouvido interno.

    • Fontes: nozes, espinafre, sementes, suplemento.

  • Zinco:

  • Vitamina D:

    • Baixos níveis podem impactar a saúde auditiva, especialmente em idosos.

    • Fontes: exposição solar, peixes gordurosos, suplementação de vitamina D3.

2.2 Consumo excessivo de irritantes

  • Cafeína e Sódio:

    • Podem agravar o zumbido ao aumentar a pressão arterial ou causar desidratação.

  • Álcool:

    • Pode dilatar vasos sanguíneos no ouvido, causando ou intensificando o zumbido.

2.3. Desidratação

  • Afeta o equilíbrio de fluidos no ouvido interno, contribuindo para sintomas como zumbido.

3. Estilo de Vida e Fatores Ambientais

  • Estresse e Ansiedade:

    • Podem exacerbar o zumbido ao aumentar a sensibilidade do cérebro ao som. Faça yoga!

  • Exposição a Ruídos Altos:

    • Fones de ouvido em volumes elevados, ambiente de trabalho barulhento.

  • Tabagismo:

    • Reduz o fluxo sanguíneo para o ouvido interno.

4. Outras Causas Relacionadas

  • Disfunção da Articulação Temporomandibular (ATM):

    • Problemas na mandíbula podem causar ou intensificar o zumbido.

  • Alterações Hormonais:

    • Comuns em mulheres na menopausa.

  • Distúrbios de Coluna Cervical:

    • Problemas de alinhamento podem causar zumbido.

Além das dicas acima, é importante a avaliação por um otorrinolaringologista. A intervenção precoce pode prevenir complicações e melhorar a qualidade de vida.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Melatonina na prevenção de doenças associadas ao envelhecimento

O envelhecimento pode ser definido como o conjunto de mudanças graduais e progressivas em um organismo que leva a um risco aumentado de fraqueza, doença e morte. Esse processo pode ocorrer no nível celular e orgânico, bem como em todo o organismo de qualquer ser vivo. Durante o envelhecimento, há uma diminuição nas funções biológicas e na capacidade de adaptação ao estresse metabólico (Giménez et al, 2022).

Os efeitos gerais do envelhecimento incluem disfunção mitocondrial, celular e orgânica, comprometimento imunológico ou inflamação, estresse oxidativo, alterações cognitivas e cardiovasculares, entre outros. Portanto, uma das principais consequências prejudiciais do envelhecimento é o desenvolvimento e a progressão de múltiplas doenças relacionadas a esses processos, especialmente nos níveis cardiovascular e do sistema nervoso central. Tanto as patologias cardiovasculares quanto as neurodegenerativas são altamente incapacitantes e, em muitos casos, letais.

Alterações cardiovasculares e neurodegenerativas associadas ao envelhecimento (Giménez et al, 2022).

Nesse contexto, usamos estratégias de estilo de vida (sono adequado, atividade física, dieta, suplementação, gestão de estresse) para retardar a deterioração orgânica e as doenças. A melatonina vem sendo estudada neste sentido. É um composto endógeno sintetizado naturalmente não apenas pela glândula pineal, mas também por muitos tipos de células e pode ter um papel fundamental na modulação de múltiplos mecanismos associados ao envelhecimento.

O que é a melatonina?

Estrutura da melatonina

A melatonina é um hormônio produzido pela glândula pineal, principalmente à noite, e desempenha um papel central na regulação do ciclo sono-vigília. Seu uso clínico tem sido amplamente estudado em diversas condições. Aqui está uma visão geral dos 6 principais usos e achados sobre a melatonina:

1. Regulação do Sono e Insônia

  • Eficácia em insônia primária:

    • Estudos demonstram que a melatonina pode reduzir o tempo necessário para adormecer (latência do sono) e melhorar a qualidade do sono, especialmente em indivíduos com distúrbios circadianos. Pode reduzir o tempo para adormecer em 7 minutos, em média, e também aumenta a eficiência do sono.

  • Transtorno do ritmo circadiano:

    • Benefícios para pessoas com jet lag e trabalhadores em turnos noturnos, ajustando o ciclo sono-vigília.

    • Doses entre 0,5 a 5 mg são comumente utilizadas para sincronizar os ritmos circadianos.

2. Uso em Crianças com Transtornos do Neurodesenvolvimento

  • Estudos mostram que a melatonina é eficaz e segura para melhorar o sono em crianças com:

    • Autismo

    • Déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).

    • Paralisia cerebral.

  • Um estudo controlado (Rossignol & Frye, 2011) destaca melhorias na latência do sono e duração do sono, com efeitos colaterais mínimos.

3. Saúde Metabólica

  • Obesidade e resistência à insulina:

    • A melatonina demonstrou efeitos na regulação do metabolismo da glicose e no controle de peso em modelos animais e humanos.

    • Um estudo clínico (Cipolla-Neto et al., 2014) sugere que a melatonina pode melhorar a sensibilidade à insulina, principalmente em indivíduos com disfunção do ritmo circadiano.

  • Efeito antioxidante e anti-inflamatório:

    • A melatonina é um potente antioxidante que protege contra danos causados por radicais livres.

    • Estudos mostram benefícios em condições como síndrome metabólica e doenças cardiovasculares.

Propriedades antioxidantes da melatonina (Monteiro et al., 2024)

4. Distúrbios Neuropsiquiátricos

  • Depressão e Transtornos Afetivos Sazonais:

    • A melatonina ajuda a regular ritmos circadianos desregulados associados a transtornos depressivos.

  • Doença de Alzheimer:

    • Pesquisas indicam que a melatonina pode atrasar o declínio cognitivo, proteger contra danos oxidativos e melhorar o sono em pacientes com Alzheimer (Zhang et al., 2025).

Efeito protetor da melatonina no cérebro (Zhang et al., 2025).

5. Melatonina em Câncer

  • Estudos sugerem que a melatonina pode ter propriedades anticancerígenas:

    • Redução de proliferação tumoral: Atua como modulador imune e inibe fatores de crescimento de células cancerígenas (Li et al, 2017).

    • Uma revisão (Seely et al., 2012) mostrou que a melatonina, combinada com terapia convencional, pode melhorar a sobrevida de pacientes com câncer, particularmente câncer de mama e próstata.

6. Saúde Reprodutiva

  • A melatonina influencia a fertilidade:

    • Mulheres: Estudos mostram melhora na qualidade dos óvulos em tratamentos de fertilização in vitro - FIV (Espino et al., 2019).

    • Homens: Melhora na qualidade do esperma devido às suas propriedades antioxidantes (Luboshitzky et al., 2022)

A melatonina costuma ser bem tolerada, com efeitos colaterais mínimos e leves, mas que podem incluir: sonolência diurna, tontura, cefaleia, sonhos mais vívidos. O cuidado maior é no caso de crianças. Um pediatra deve ser consultado para evitar toxicidade (overdose).

Uso de melatonina por adultos e idosos

Lembre que a produção natural de melatonina cai com a idade e que sua produção é dependente de muitos nutrientes. Marque aqui sua consulta de nutrição online para conversarmos sobre a modulação individualizada para seu caso.

Legislação sobre o uso da melatonina

1. Brasil

No Brasil, a melatonina é regulamentada pela ANVISA e está disponível principalmente em farmácias de manipulação e como suplemento na dose de 0,21 mg (uso sem prescrição). À estas fórmulas também podem ser adicionados ativos como taurina, passiflora, glicina magnésio, inositol, que potencializam o efeito relaxante, como neste produto.

Doses mais altas podem ser prescritas por médicos que usualmente indicam concentrações que variam de 0,5 mg a 10 mg ao dia, em cápsulas, comprimidos sublinguais, gomas mastigáveis ou sprays.

2. Europa

A regulamentação da melatonina varia entre os países europeus, sendo classificada como medicamento em alguns e suplemento alimentar em outros.

Mas, em geral, a melatonina é considerada suplemento em doses de até 1 mg. Em países como Alemanha, França, Irlanda e Espanha, melatonina pode ser manipulada em doses mais altas, mediante receita médica. São comuns prescrições com 1 a 5 mg de melatonina ou adição de 5HTP ou ervas com propriedades relaxantes.

3. Estados Unidos

Nos EUA, a melatonina é amplamente disponível como suplemento alimentar e não exige prescrição. Farmácias especializadas até podem preparar melatonina, mas o mercado é amplamente dominado pelos produtos prontos e marcas como Natrol, Now Foods, Nature's Bounty, Olly.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Aumentar a adiponectina para emagrecer mais fácil

A adiponectina é um hormônio liberado pelo tecido adiposo (gordura) que ajuda na sensibilidade à insulina e na inflamação. Baixos níveis de adiponectina estão associados a diversas condições, incluindo obesidade, diabetes tipo 2, aterosclerose e até Alzheimer (Kim et al., 2020).

O que é adiponectina?

A adiponectina é um hormônio e uma proteína adipocina que afeta diversos processos metabólicos e é conhecida principalmente por seus efeitos sensibilizantes à insulina e antiinflamatórios. O tecido adiposo (gordura corporal) é o principal responsável pela produção de adiponectina, embora outros tecidos do corpo também a produzam.

Os hormônios são substâncias químicas que coordenam diferentes funções no corpo, transportando mensagens através do sangue para os órgãos, músculos e outros tecidos. Esses sinais dizem ao seu corpo o que fazer e quando fazer.

As adipocinas (também chamadas de adipocitocinas) são hormônios produzidos pelo tecido adiposo e que desempenham funções funcionais nos processos energéticos e metabólicos. Os processos metabólicos (metabolismo) são as muitas reações químicas dentro do corpo que transformam os alimentos (calorias) que você ingere em energia e transportam essa energia para todas as células.

Níveis de adiponectina abaixo do normal estão associados a várias condições endócrinas e metabólicas, incluindo:

  • Obesidade.

  • Diabetes tipo 2.

  • Síndrome metabólica.

Papel da adiponectina nos Diferentes Órgãos

Fígado

No fígado, a adiponectina desempenha um papel crucial no controle da produção de glicose. Ela ativa a via AMPK (proteína quinase ativada por AMP), que inibe a produção excessiva de glicose, contribuindo para a redução da resistência à insulina. Além disso, a adiponectina também ajuda a promover a oxidação de ácidos graxos no fígado, o que é importante para reduzir o acúmulo de gordura e prevenir doenças metabólicas, como o fígado gorduroso não alcoólico (NAFLD).

Músculos

Nos músculos, a adiponectina aumenta a capacidade de oxidação de ácidos graxos e melhora a capacidade de captação de glicose, o que ajuda a aumentar a sensibilidade à insulina. Isso é fundamental para o metabolismo energético, pois os músculos são um dos principais locais onde a glicose é utilizada. Assim, a adiponectina contribui para a manutenção do equilíbrio de glicose e a regulação do uso de energia nos músculos.

Tecido Adiposo

A adiponectina é secretada pelo tecido adiposo e, paradoxalmente, os níveis dessa proteína são mais baixos em indivíduos obesos, o que está relacionado à resistência à insulina e ao aumento da inflamação. A adiponectina tem um efeito anti-inflamatório no tecido adiposo, ajudando a modular a inflamação sistêmica e a reduzir a resistência à insulina. Ela também promove a oxidação de lipídios, contribuindo para o equilíbrio lipídico e evitando o acúmulo excessivo de gordura no corpo.

Sistema Cardiovascular

A adiponectina tem efeitos benéficos também no sistema cardiovascular, onde ela contribui para reduzir a inflamação vascular e melhorar a função endotelial (o revestimento dos vasos sanguíneos). Isso pode ajudar a proteger contra doenças cardiovasculares associadas à obesidade e à resistência à insulina.

Cérebro

A adiponectina tem efeitos neuroprotetores e pode desempenhar um papel na prevenção de doenças neurodegenerativas como a doença de Alzheimer, ao reduzir a inflamação no cérebro e promover a saúde neuronal.

De onde vem a adiponectina?

As células que armazenam energia no tecido adiposo branco, chamadas adipócitos, produzem e liberam principalmente adiponectina. O tecido adiposo branco é o principal tipo de gordura do corpo. Está abaixo da pele (gordura subcutânea), ao redor dos órgãos internos (gordura visceral) e nos ossos (gordura da medula).

Outros tipos de células podem produzir adiponectina, incluindo células do músculo esquelético (os músculos que ajudam você a se mover), células do músculo cardíaco e células endoteliais – as células que constituem uma membrana fina que reveste o interior do coração e dos vasos sanguíneos.

Como os níveis de adiponectina são controlados?

Os níveis de adiponectina no corpo são regulados por diversos fatores, incluindo características genéticas, condições metabólicas, dieta, atividade física e hormônios.

Indivíduos com excesso de gordura corporal, especialmente gordura visceral, geralmente apresentam níveis mais baixos de adiponectina. A resistência à adiponectina também pode ocorrer em pessoas obesas, contribuindo para distúrbios metabólicos como resistência à insulina e inflamação.

A insulina, um hormônio chave no metabolismo da glicose, também influencia os níveis de adiponectina:

  • Níveis elevados de insulina: A resistência à insulina, comum em condições como obesidade e diabetes tipo 2, está associada a baixos níveis de adiponectina. Em situações de resistência à insulina, a produção de adiponectina diminui, exacerbando problemas metabólicos.

  • Melhora na sensibilidade à insulina: Quando a sensibilidade à insulina é restaurada (como com perda de peso, dieta e exercício), os níveis de adiponectina podem aumentar.

Os hormônios fator de crescimento semelhante à insulina (IGF-1) e hormônio do crescimento (GH) regulam a liberação de adiponectina no tecido adiposo (gordura). A leptina (outra adipocina) também pode desempenhar um papel na regulação da adiponectina.

A dieta tem um impacto significativo nos níveis de adiponectina:

  • Alimentos ricos em ácidos graxos insaturados: Dietas ricas em gorduras saudáveis, como as encontradas em peixes, azeite de oliva e nozes, podem aumentar os níveis de adiponectina.

  • Alimentos ricos em polifenóis: Frutas, vegetais e outros alimentos ricos em antioxidantes e polifenóis também podem ajudar a aumentar os níveis de adiponectina.

  • Dieta rica em carboidratos refinados: Uma dieta rica em carboidratos simples e processados pode diminuir os níveis de adiponectina, possivelmente devido ao aumento da inflamação e resistência à insulina.

  • Dieta com baixo teor de gordura: Dietas com baixo teor de gordura podem levar ao aumento de adiponectina, especialmente quando combinadas com a perda de peso.

A atividade física tem um impacto importante nos níveis de adiponectina:

  • Exercício aeróbico: A prática regular de exercícios aeróbicos, como caminhada, corrida e natação, pode aumentar os níveis de adiponectina. O exercício melhora a sensibilidade à insulina e ajuda na redução da gordura visceral, ambos fatores que contribuem para a elevação dos níveis de adiponectina.

  • Exercício de resistência: O treinamento de força (musculação) também tem mostrado aumentar os níveis de adiponectina, embora os efeitos possam ser mais pronunciados com o exercício aeróbico.

Adiponectina e sensibilidade à insulina

A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas para regular os níveis de glicose (açúcar) no sangue, diminuindo-os. Mais especificamente, a insulina ajuda a glicose no sangue a entrar nas células musculares, adiposas e hepáticas, para que possam usá-la como energia ou armazená-la para uso posterior. Por isso, a insulina é essencial para a vida.

A sensibilidade à insulina refere-se à capacidade do seu corpo de usar a insulina de forma eficaz. Quanto mais sensibilidade à insulina você tiver, mais facilmente seu corpo poderá usar a insulina e manter os níveis de glicose no sangue em níveis saudáveis.

A resistência à insulina é o oposto da sensibilidade à insulina e ocorre quando as células dos músculos, da gordura e do fígado não respondem como deveriam à insulina. Seu pâncreas precisa bombear mais insulina do que o normal, uma condição conhecida como hiperinsulinemia, para superar a resistência e manter os níveis de glicose no sangue dentro dos limites.

A adiponectina desempenha um papel na sensibilidade à insulina por:

  • Impactando a sensibilidade à insulina no músculo esquelético (os músculos ligados aos ossos que ajudam você a se mover) e no fígado.

  • Aumentar a liberação de insulina do pâncreas.

  • Aumentar a captação de glicose basal (de fundo) e a captação de glicose estimulada por insulina nos tecidos adiposos (gordos).

  • Inibir (prevenir) a produção de glicose no fígado.

  • Promovendo a oxidação de ácidos graxos.

Promover o armazenamento de gordura em bolsas de gordura subcutâneas em vez de bolsas de gordura viscerais, fígado ou músculo esquelético. Este tipo de armazenamento de gordura reduz a massa gorda visceral e a inflamação sistêmica, com melhora do metabolismo da glicose e da gordura e aumento da sensibilidade à insulina.

Adiponectina e inflamação

A inflamação ocorre quando o sistema imunológico envia células para combater bactérias ou curar uma lesão. Existem dois tipos principais de inflamação, incluindo:

  • Inflamação aguda: Esta é a resposta necessária a danos corporais repentinos, como um corte no braço. Para curar o corte, seu corpo envia células inflamatórias para a lesão para iniciar o processo de cicatrização.

  • Inflamação crônica: Isso acontece quando seu corpo continua enviando células inflamatórias mesmo quando não há perigo externo. Muitas condições podem causar ou ser afetadas por inflamação crônica, incluindo artrite reumatóide, diabetes tipo 2, doenças cardíacas, doença de Alzheimer e câncer.

A adiponectina diminui a inflamação nos macrófagos (um tipo de glóbulo branco que envolve e mata microorganismos), tecido endotelial, células musculares e células epiteliais. As propriedades antiinflamatórias da adiponectina resultam na proteção do sistema vascular, coração, pulmões e cólon.

Qual teste verifica os níveis de adiponectina?

Um exame de sangue pode verificar a quantidade de adiponectina em uma amostra de sangue retirada de uma veia do braço. Os profissionais de saúde podem solicitar um exame de sangue de adiponectina para ajudar a diagnosticar condições metabólicas, como diabetes tipo 2 e síndrome metabólica. No entanto, existem outros testes mais comuns para diagnosticar essas condições.

Quais são os níveis normais de adiponectina?

As faixas de valores normais para os níveis de adiponectina podem variar ligeiramente entre os diferentes laboratórios. Certifique-se de observar a faixa de valores normais listados em seu relatório laboratorial ou pergunte ao seu médico se tiver dúvidas sobre seus resultados.

Os níveis normais de adiponectina variam de acordo com o sexo e o índice de massa corporal (IMC). O índice de massa corporal (IMC) é uma ferramenta de triagem que mede a relação entre sua altura e seu peso. Os profissionais de saúde calculam o IMC usando o peso em quilogramas (kg) dividido pelo quadrado da altura em metros (m2). Na maioria das pessoas, o IMC está relacionado à gordura corporal, mas não é preciso em alguns casos. O IMC por si só não diagnostica obesidade ou saúde. Os prestadores de cuidados de saúde utilizam o IMC e outras ferramentas e testes para avaliar o estado de saúde e os riscos de alguém.

Em geral, os intervalos normais de adiponectina para homens são:

  • Pessoas com IMC inferior a 25: 5 a 37 microgramas por mililitro (ug/mL).

  • Pessoas com IMC de 25 a 30: 5 a 28 ug/mL.

  • Pessoas com IMC acima de 30: 2 a 20 ug/mL.

Em geral, os intervalos normais de adiponectina para mulheres são:

  • Pessoas com IMC inferior a 25: 5 a 37 ug/mL.

  • Pessoas com IMC de 25-30: 4 a 20 microgramas por mililitro (ug/mL).

  • Pessoas com IMC acima de 30: 4 a 22 ug/mL.

Quais condições estão associadas a níveis anormais de adiponectina?

Várias condições de saúde estão associadas a níveis anormais de adiponectina, incluindo:

  • Obesidade: Pessoas com obesidade apresentam níveis diminuídos de adiponectina. Por outro lado, os níveis de adiponectina são mais elevados do que o normal em pessoas com baixo peso grave, como pessoas que têm anorexia nervosa ou desnutrição. Em geral, quanto mais gordura corporal alguém tiver, mais baixos serão os níveis de adiponectina e vice-versa. A perda de peso em pessoas com obesidade resulta em níveis aumentados de adiponectina.

  • Resistência a insulina: Como a adiponectina auxilia na sensibilidade à insulina, as pessoas que apresentam resistência à insulina geralmente apresentam níveis baixos de adiponectina. A resistência à insulina ocorre quando as células do seu corpo não respondem à insulina como deveriam, o que resulta na liberação excessiva de insulina (hiperinsulinemia).

  • Aterosclerose: A aterosclerose é uma condição que ocorre quando placas se acumulam nas paredes internas das artérias. A placa é uma substância pegajosa feita de gordura, colesterol, cálcio e outras substâncias. À medida que a placa se acumula, as artérias ficam duras e estreitas. Como a adiponectina tem efeitos antiinflamatórios que ajudam a proteger o coração e os vasos sanguíneos, níveis baixos de adiponectina podem contribuir para a aterosclerose e outros problemas cardiovasculares, como ataques cardíacos (infartos do miocárdio).

  • Lipodistrofia: A lipodistrofia é um grupo de síndromes raras que causam falta de gordura (tecido adiposo) em algumas partes do corpo, enquanto há excesso de gordura em outras áreas, inclusive em órgãos como o fígado. Uma pessoa pode nascer com lipodistrofia ou desenvolvê-la mais tarde na vida. As lipodistrofias congênitas (desde o nascimento) e relacionadas ao HIV estão associadas a baixos níveis de adiponectina. Isso provavelmente ocorre porque a adiponectina desempenha um papel na forma como o corpo armazena gordura.

A maioria dessas condições está associada a níveis de adiponectina abaixo do normal.

Existe tratamento para níveis anormais de adiponectina?

Tratar obesidade, resistência insulínica e outras condições que reduzam a adiponectina é essencial. Um tratamento natural para melhorar os níveis de adiponectina é exercício consistente e perda de peso saudável.Outro tratamento é a suplementação do extrato padronizado de Dichrostachys glomerata. Aprenda a suplementar no curso de fitoterapia.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/