Aviões, aeroportos, intestino e glicemia

Manter o açúcar no sangue equilibrado enquanto voa nem sempre é fácil. O aeroporto e as companhias aéreas frequentemente disponibilizam um festival de massas, pães, bolos, doces.

Se você está tentando controlar o peso, se está lutando para melhorar a memória, se tem resistência insulínica, diabetes ou está fazendo tratamento contra o câncer, manter a glicemia estável é muito importante.

Viagens implicam em muitas mudanças na alimentação. Além disso, o próprio estresse da viagem, aeroporto, avião, mudança de fuso, pode contribuir para as alterações da glicemia. Mas, preparando-se, tudo dá certo:

1. Jante cedo e tenha uma noite inteira de sono. O sono ruim e a hora de dormir tardia estão associados a uma série de consequências para a saúde, incluindo resistência à insulina e desregulação da glicose no sangue no dia seguinte – especialmente se você comer um café da manhã com alto teor de açúcar.

2. Quebre o jejum perto da hora do almoço. Janelas de jejum noturno de 14 horas melhoram a glicose no sangue e a sensibilidade à insulina, portanto, planeje fazer sua primeira refeição do dia mais perto da hora do almoço. Durante o jejum hidrate-se bem. Você pode consumir água, água com gás, água com limão, água com própolis, água com açafrão e/ou gengibre, café ou chá sem açúcar.

3. Certifique-se de que sua primeira refeição contenha proteínas e carboidratos complexos. Não adianta fazer jejum e depois uma primeira refeição horrorosa. Consuma proteínas para ter mais saciedade, gorduras boas e fibras suficientes para ajudar a diminuir a taxa de absorção de açúcares. Isto vai evitar também cansaço excessivo e sonolência ao chegar no seu destino. Muitos serviços de aeroportos fornecem opções mais saudáveis. Escolha com sabedoria.

4. Consuma fibras para manter o intestino funcionando. A microbiota também sofre com as mudanças de fuso. O consumo de fibras e a boa hidratação é muito importante.

Prepare os seus lanches e mantenha-os à mão. Lanche não precisa ser pão com manteiga e café com leite ou salgadinho de aeroporto. Você pode levar com você um potinho com azeitonas, tomate, queijo e oréganos. Lanches assim fornecem proteína, fibras e gorduras monoinsaturadas, empacotadas com fitoquímicos com propriedades antioxidantes e antiinflamatórias. Além de mais saciedade, este lanche manterá sua insulina a níveis estáveis, evitando a compulsão alimentar e prevenindo doenças metabólicas. Quem não consome queijo pode trocar este alimento por castanhas ou mesmo amendoim.

Eu, pessoalmente, gosto da combinação de sabores de tomate cereja, mussarela de búfala e azeitonas. O tomate é também fonte de vitamina C e as azeitonas são fontes de vitamina E. Já o orégano, além de vitaminas e minerais, contém um composto bioativo chamado carvacrol, que é altamente antiinflamatório.

Outros lanches saudáveis para sua viagem incluem (1) cenouras ou palitos de aipo com humos de grão de bico, (2) queijo cottage com frutas e nozes, (3) maçãs ou peras fatiadas com pasta de amendoim ou amêndoas, (4) iogurte proteico ou iogurte grego ou iogurte de coco com sementes (girassol, abóbora, chia, linhaça), (5) edamame, com castanhas e tangerina, (6) mix de castanha (caju, Pará, pistaches, nozes) e 2 quadrados de chocolate 85%, (7) ovos de codorna e fatias de pepino, (8) pão de linhaça e guacamole, (9) pão de psyllium e patê de atum, (10) snack de grão de bico torrado.

Todos estes lanches contém fibras, uma estratégia importante para garantir saciedade, controle do colesterol e da glicemia e prevenir doenças intestinais.

5. Alongue-se e mova-se durante sua viagem. Seja na viagem de férias, seja na viagem de trabalho, estique-se, ande pelo aeroporto, fique em pé no avião. Isto ajuda o sangue a circular melhor, o intestino a movimentar-se mais e sua glicose a estabilizar em níveis adequados. Você pode exercitar-se na praia, na academia do hotel, em um parque. Ou pode fazer agachamentos, abdominais, polichinelos no seu próprio quarto de hotel. Explore a cidade a pé após as refeições. Mesmo 10 minutos de caminhada já fazem toda a diferença no controle da glicemia.

6. Gerencie seus níveis de estresse. Quando estamos estressados os níveis de adrenalina, cortisol vão lá em cima, o que eleva a glicemia. Um estudo canadense com mais de 800 advogados descobriu que participar de atividades de lazer ativas e sociais ou tirar férias ajudou a reduzir a depressão e o estresse no trabalho. As férias podem ser uma ótima maneira de diminuir os níveis de estresse e nos ajudar a nos sentirmos mais revigorados, mas para aproveitar todos os benefícios, precisamos ser capazes de descomprimir totalmente.

Tente estar o mais presente possível em sua viagem e aproveite todos os momentos especiais, como explorar novos bairros ou encontrar joias escondidas em sua cidade natal. Uma semana não vai atrapalhar seu progresso, então concentre-se em pequenas vitórias, como limitar a ingestão de cafeína ou acelerar.

Para reduzir ainda mais o estresse durante a viagem, certifique-se de agendar bastante tempo para descansar ou tirar uma soneca. Você também pode praticar respiração ou meditação durante o caminho de um local para outro. Ou aproveitar os momentos livres para fazer práticas de yoga.

Na hora de viajar, é importante criar expectativas adequadas (afinal, sua rotina na estrada não será a mesma do dia a dia). Mantenha lanches ricos em fibras à mão, sempre coma salada ou legumes no almoço e jantar, evite dormir tarde, faça exercício pela cidade ou no quarto e tenha uma estratégia para lidar com o estresse e a ansiedade.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Lanches ricos em fibras para saciedade e manutenção da saúde intestinal

Lanche não precisa ser pão com manteiga e café com leite. Você pode levar ao trabalho um potinho com azeitonas, tomate, queijo e oréganos. Lanches assim fornecem proteína, fibras e gorduras monoinsaturadas, empacotadas com fitoquímicos com propriedades antioxidantes e antiinflamatórias. Além de mais saciedade, este lanche manterá sua insulina a níveis estáveis, evitando a compulsão alimentar e prevenindo doenças metabólicas. Quem não consome queijo pode trocar este alimento por castanhas ou mesmo amendoim.

Eu, pessoalmente, gosto da combinação de sabores de tomate cereja, mussarela de búfala e azeitonas. O tomate é também fonte de vitamina C e as azeitonas são fontes de vitamina E. Já o orégano, além de vitaminas e minerais, contém um composto bioativo chamado carvacrol, que é altamente antiinflamatório.

Outros lanches saudáveis para o trabalho ou faculdade incluem (1) cenouras ou palitos de aipo com humos de grão de bico, (2) queijo cottage com frutas e nozes, (3) maçãs ou peras fatiadas com pasta de amendoim ou amêndoas, (4) iogurte proteico ou iogurte grego ou iogurte de coco com sementes (girassol, abóbora, chia, linhaça), (5) edamame, com castanhas e tangerina, (6) mix de castanha (caju, Pará, pistaches, nozes) e 2 quadrados de chocolate 85%, (7) ovos de codorna e fatias de pepino, (8) pão de linhaça e guacamole, (9) pão de psyllium e patê de atum, (10) snack de grão de bico torrado.

Todos estes lanches contém fibras, uma estratégia importante para garantir saciedade, controle do colesterol e da glicemia e prevenir doenças intestinais.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Metabolismo glicolítico alterado no câncer

O bioquímico Warburg observou no início da década de 1920 que as células tumorais exibiam alterações significativas no metabolismo energético e na respiração mitocondrial em comparação com as células normais.

O pesquisador, que já havia ganho um prêmio Nobel, demonstrou que as células cancerígenas usavam ativamente glicose e glutamina para geração de ATP, por meio de fermentação, um fenômeno batizado como efeito Warburg e considerado como a “origem das células cancerígenas”.

O aumento da dependência da glicólise é observado na maioria dos tumores e a fermentação fornece ATP, bem como os intermediários metabólicos essenciais para a proliferação de células cancerígenas e tumores (Hammoudi et al., 2011).

Com o tratamento do câncer queremos uma mudança na capacidade de uso de nutrientes. Queremos ver no PET-SCAN: resolução do hipermetabolismo glicolítico, com normalização do padrão morfológico de linfonodos cervicais, torácicos, abdominais, pélvicos e de tonsilas palatinas.

O exame PET-SCAN, conhecido também pelo nome PET-CT é um exame de diagnóstico por imagem (PET e CT) é muito eficiente na detecção de cânceres, doenças do coração e problemas neurológicos.

​​​O que significa ​PET e CT no exame de PET Scan?

Positron emission tomography (PET), significa “Tomografia por Emissão de Pósitrons”. Esse é um exame que revela alterações no metabolismo celular. Já CT é a sigla em inglês para “Tomografia Computadorizada”, exame que produz imagens detalhadas da anatomia do paciente por meio de tecnologia digital e recursos de raio-x.

Para quem o PET Scan é indicado?​

O PET-CT é indicado em casos suspeitos de câncer, para análise do estágio de um tumor, para avaliação de eficácia de tratamento, para planejamento de radioterapia, para verificar a saúde do coração de um paciente que sofreu um infarto e para analisar a função cerebral em detalhes.

Como é feito o exame de PET Scan?

O procedimento não é invasivo e é extremamente seguro. Para realizá-lo, o paciente recebe, por via venosa, uma substância que emite baixas doses de radiação a base de glicose. Com isso, o médico consegue observar o consumo da glicose em cada parte do corpo e localizar possíveis problemas. O procedimento não é invasivo e é extremamente seguro.

O exame leva cerca de duas horas, porque é preciso esperar que a substância faça o efeito desejado no organismo. Além disso, é necessário jejum de seis horas antes da realização do exame.

Como melhorar o metabolismo glicolítico?

A melhor forma de restaurar a função das mitocôndrias e normalizar o metabolismo glicolítico é a dieta cetogênica. A dieta cetogênica consiste em uma alimentação de muito baixo carboidratos (em geral até 50 gramas ao dia) e farta em gordura.

Aprenda mais sobre dieta cetogênica terapêutica em https://t21.video/browse

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/