Suplementos mais usados no câncer

Muitos pacientes enviam-me mensagens a perguntar que suplementos devem usar durante o tratamento do câncer. A conduta deve ser sempre individualizada, mas os principais incluem:

  • Ômega-3 - redução de hepatotoxicidade e nefrotoxicidade da quimio, prevenção de depressão

  • Whey protein - adequação da ingestão proteica, prevenção da caquexia do câncer

  • Vitamina D - evitar perda óssea pela quimioterapia, melhorar imunidade, melhorar prognóstico

  • Vitamina K2MK7 - correção de carência e evitar plaquetopenia

  • Ferro lipossomal para evitar anemia e mielossupressão

  • Zinco quelado e zinco carnosina para evitar mucosite

Outros nutrientes podem ser necessários para corrigir carências nutricionais existentes (como selênio, cobre, magnésio etc). A avaliação individualizada é importantíssima. Mas, o mais importante é a mudança na conduta alimentar para reverter possíveis problemas (diarreia, prisão de ventre, insônia) de características low carb/cetogênicas para melhorar metabolismo glicolítico. Aprenda mais sobre este tema em https://t21.video/browse

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Maior necessidade de vitamina D em indivíduos obesos

Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), em parceria com a University College London (Inglaterra), mostrou que o acúmulo de gordura abdominal é um fator de risco para insuficiência e deficiência de vitamina D em pessoas com mais de 50 anos (da Silva et al., 2022).

A vitamina D desempenha diversas funções no organismo e sua carência pode acarretar diversos problemas, como má absorção de cálcio e fósforo, prejuízos no funcionamento do sistema imune, maior risco de osteoporose.

O trabalho envolveu a análise de um banco de dados de 2.459 britânicos com mais de 50 anos acompanhados por quatro anos. Os participantes foram divididos em dois grupos: um formado por pessoas com pouca gordura abdominal e outro, com acúmulo de gordura no abdômen (circunferência de cintura maior que 102 cm para homens e maior que 88 cm para mulheres).

Ao avaliar o índice de vitamina D desses indivíduos quatro anos depois da primeira coleta de dados, foi verificado que aqueles que apresentavam obesidade abdominal tinham 36% mais risco de desenvolver insuficiência e 64% mais risco de deficiência de vitamina D, quando comparado com o grupo que não tinha obesidade abdominal.

Ao longo do processo de envelhecimento, é natural que ocorram mudanças na composição corporal, como o maior acúmulo de gordura na região do abdômen. A gordura abdominal tem papel importante no “sequestro” da vitamina D circulante na corrente sanguínea.

Vitamina D é importante para controle da inflamação e melhoria da sensibilidade insulínica (Shantavasinkul, & Nimitphong, 2022)

Também é comum a diminuição da espessura da pele e, por consequência, uma menor disponibilidade da substância precursora da vitamina D na epiderme, bem como uma menor capacidade de síntese da forma ativa dessa vitamina.

Outra modificação apontada com o envelhecimento é a diminuição do número de receptores de vitamina D nos tecidos corporais, o que dificulta a captação dessa vitamina circulante no organismo.

O livro de Michael F. Holick, "Vitamina D", é considerado uma referência essencial sobre a vitamina D. Ele oferece informações detalhadas sobre a importância este hormônio e como ele melhorar a saúde de todos.

Cuidado na suplementação de vitamina D

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Dieta alcalinizante no câncer

Quando o paciente com câncer tem a enzima desidrogenase lática (LDH) acima de 200, isto significa que está produzindo muito lactato. Isto ocorre pois as células cancerígenas criam um ambiente protegido, em que nem o oxigênio entra. Assim, passam a converter a glicose em ácido lático, acidificando o meio.

Quanto maior o nível de LDH pior é o prognóstico do paciente. Existem duas formas de reduzir o LDH, a dieta cetogênica, que limita a quantidade de açúcar para as células cancerígenas, a redução do consumo de alimentos acidificantes (carne vermelha, refrigerantes, leite, álcool, açúcar), o uso de bicarbonato de sódio e limão antes das refeições. Para individualização, converse com seu nutricionista.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/