Estilo de vida moderno é um potencial fator a contribuir para a obesidade

Há 140 anos foi criada a luz elétrica e de lá para cá o mundo explodiu em avanços tecnológicos. As maravilhas do mundo moderna mudou a forma das pessoas viverem, trabalharem, estarem. Cada vez dormimos mais tarde e esta única mudança contribuiu para a chamada síndrome circadiana.

O que é a síndrome circadiana?

O sistema circadiano é um importante regulador de quase todos os aspectos da saúde e do metabolismo humano.

A síndrome circadiana já foi implicada em várias doenças crônicas, incluindo diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares, síndrome metabólica, esteatose hepática, depressão. Esta síndrome é realimentada. Por exemplo, quanto mais deprimida piorar a pessoa dorme e quanto menos dorme mais deprimida fica.

Como a disrupção circadiana é um importante fator etiológico da Síndrome Metabólica autores sugerem que seja reconhecida como uma 'Síndrome Circadiana' (Zimmet et al., 2019).

Como regular o ciclo circadiano?

Higiene do sono, atividade física, jantar cedo alimentos saudáveis, exposição à luz solar durante o dia e combate ao estresse, com estratégias como yoga e meditação. Alguns nutrientes (triptofano, magnésio, zinco, ômega-3 e vitaminas do complexo B) podem melhorar a qualidade do sono, por ajudarem no relaxamento ou por aumentarem a produção de melatonina.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Alto consumo de proteína animal e mortalidade

A prevalência de diabetes tipo 2 e obesidade aumentou dramaticamente durante as últimas décadas e, infelizmente, deverá continuar aumentando nos próximos anos. Além da genética, vários fatores contribuem para estes e vários outros problemas de saúde como a dieta, a inatividade física, os hábitos familiares, exposição tóxica, desregulação circadiana, inflamação crônica, inflexibilidade metabólica etc.

Interações gene-ambiente no desenvolvimento de doenças e na mortalidade  (Pillon et al., 2021)

Interações gene-ambiente no desenvolvimento de doenças e na mortalidade (Pillon et al., 2021)

CARNES E DIABETES

Hoje vou focar na proteína. Estudos mostram que pessoas que consomem muita carne processada (salsicha, linguiça, mortadela, presunto etc) possuem um risco até 73 vezes maior de morrer por diabetes. Quando se trata de mortes por diabetes, a menor ingestão total de proteínas está associada a uma vida mais longa em todas as idades.

A ingestão diária padrão de proteína, que é de 0,8 gramas de proteína para cada quilo saudável de peso corporal, pode ser bom para a maioria (com exceção de idosos que podem ter uma exigência um pouco maior, especialmente a partir dos 65 anos).

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Melatonina, zinco e magnésio na prevenção de doenças cardiovasculares

A prevalência de doenças crônicas vem aumentando nas últimas décadas, sendo as doenças cardiovasculares (DCV) a primeira causa de morte em todo o mundo. As DCV possuem forte base genética, mas esta pode ser modificada por fatores ambientais. Quando falamos em prevenção de doenças cardiovasculares geralmente os primeiros itens da lista são dieta saudável, manutenção do peso adequado e atividade física. Contudo, alguns nutrientes são fundamentais para a saúde cardiovascular.

Zinco na prevenção de doenças cardiovasculares

O mineral zinco é um dos micronutrientes presentes em nossa dieta. Contudo, as principais fontes são ostras e frutos do mar. Por isso, a deficiência não é tão incomum, apesar de outras carnes e sementes também fornecerem zinco na dieta. A deficiência de zinco gera danos celulares e contribui para a aterosclerose, o dano oxidativo, a inflamação (com liberação de interleucina 1 e fator de necrose tumoral). A administração de zinco melhora a mecânica e condutividade elétrica cardíaca, reduz a incidência de arritmias e melhora a recuperação do miocárdio após um infarto (Milton et al., 2018). O nutricionista pode prescrever suplementos de zinco de várias formas (as doses variam conforme o caso):

Atenção: assim como doses muito baixas aumentam o risco cardiovascular, doses muito altas também! Para adaptação à sua necessidade marque uma consulta.

Magnésio para um coração saudável

O magnésio (Mg) é um elemento alimentar essencial para humanos. Vegetais verde escuros são ótimas fontes de magnésio. Contudo, muitas pessoas possuem baixo consumo deste mineral, o que aumenta a incidência de fatores de risco importantes para as doenças cardiovasculares, incluindo síndrome metabólica, diabetes e hipertensão (Rosique-Esteban et al., 2018).

Melatonina, o hormônio do sono que também é bom para o coração

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A melatonina é um hormônio neuroendócrino sintetizado principalmente pela glândula pineal. É conhecido como hormônio do sono mas, na verdade, numerosos estudos mostram que as ações da melatonina são muito variadas. A melatonina é um potente antiinflamatório e antioxidante para o cérebro e sistema cardiovascular. Também ajuda a regular o metabolismo da glicose e gorduras (Sun et al., 2016).

Nosso cronotipo deve ser respeitado. Se somos matutinos e dormimos muito tarde não conseguimos reparar os órgãos, quando deveríamos estar dormindo. O cronotipo não é idêntico para todos. Testes nutrigenéticos avaliam a contribuição do DNA nas nossas preferências comportamentais pela manhã ou noite.

Quando há uma desregulação do ciclo sono-vigília o coração sofre. Pessoas que trocam o dia pela noite possuem maior tendência a ganhar peso excessivamente, de apresentarem colesterol alto, resistência à insulina, diabetes, hipertensão e depressão. Pessoas deprimidas tendem a dormir mal e o ciclo se realimenta deteriorando a saúde. Existem muitas formas de melhorar a saúde, incluindo acordar mais cedo, praticar atividade física mais cedo, comer mais cedo e ir para cama mais cedo.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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