Glutationa para redução do estresse oxidativo

A glutationa é uma proteína formada pelos aminoáciodos cisteína, glicina e ácido glutâmico. Desempenha um papel fundamental na proteção contra doenças, redução do estresse oxidativo, promoção dos processos de destoxificação e regulação da função imune. Em doenças como Alzheimer e Parkinson os nívels de glutationa no cérebro costumam estar mais baixos (Dwivedi et al., 2020).

A glutationa é produzida no corpo e os níveis podem ser aumentados com suplementação tanto da glutationa lipossomal, quanto da glutationa sublingual. Além disso, vários nutrientes ajudam a aumentar a produção de glutationa pelas células: NAC ( N-acetil-cisteína), vitamina E, Vitamina C, ácido alfa lipóico, proteínas, ômega-3, selênio, vitaminas B1, B5 e B12.

Fitonutrientes, compostos presentes em plantas, como os metabólitos de glucosinolato e ditiotionas do repolho, couve, couve-flor, rabanete e brócolis, os sulfetos de dialila da família allium, os limonoides e flavonoides derivados das frutas cítricas, o EGCG do chá verde e várias outras substâncias de ervas e condimentos também otimizam a quantidade de glutationa no sangue (Minich, & Brown, 2019).

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Carboidratos acessíveis à microbiota

A dieta que promove saúde longevidade é a mais natural possível. Quanto mais nos afastamos de um estilo de vida tradicional, menos diversidade nosso intestino mantém. A redução da diversidade bacteriana está associada a doenças crônicas, como doenças intestinais, inflamação, resistência à insulina e obesidade.

As crianças desenvolvem diversidade intestinal quando expostas ao ambiente. Andam descalças, pegam na terra, brincam na grama, beijam os animais de estimação. Essa variedade de exposições influencia positivamente o ecossistema intestinal. Não nascemos para ficar dentro de uma bolha.

As cepas bacterianas centrais pertencem a seis gêneros: Faecalibacterium, Eubacterium, Clostridium, Blautia, Ruminococcus e Roseburia. Quebram a fibra alimentar para formar butirato, que regula o funcionamento intestinal, hepático e a imunidade.

A colonização bacteriana intestinal não é estática, muda de acordo com o que comemos, com os nossos níveis de estresse, exposição a medicamentos, vacinas, com o estilo de vida. Quando a diversidade bacteriana é reduzida ficamos mais expostos a patógenos e o risco de doenças aumenta.

Alguns probióticos de cepas específicas são clinicamente benéficos para restaurar o microbioma e melhorar sua função. Um exemplo é o Lactobacillus Rhamnosus LGG, que além de produzir butirato, altera a expressão gênica, fortalecendo a imunidade.

O Saccaromyces Boulardii reduz a perda de bactérias associada ao uso de antibióticos e restaura rapidamente o microbioma, particularmente as bactérias centrais. S. Boulardii poupa bactérias produtoras de butirato.

Bifidobacterium animals spp. Lactis (BB-12) previne o crescimento de patógenos pela secreção de antimicrobianos que impedem a adesão de patógenos à parede intestinal e evitam a diarreia associada a antibióticos. O BB-12 também melhora a função intestinal e reduz os efeitos colaterais dos antibióticos. BB-12 aumenta a resistência do corpo a infecções respiratórias comuns e reduz a incidência de infecções agudas do trato respiratório.

Essas cepas também melhoram a integridade da barreira, apóiam o sistema imunológico, interagem com o sistema nervoso, produzindo benefícios de amplo espectro para o hospedeiro. Quando se trata de escolher um probiotico, procure cepas que foram testadas em pesquisas, específicas para a condição que você está tratando. Também é importante escolher um fabricante de boa qualidade e armazenar os probióticos corretamente para proteger sua força e potência. Os probióticos são vulneráveis ​​ao calor e à umidade.

Os probióticos podem ser tomados ao mesmo tempo que os antibióticos, com um intervalo de pelo menos 2 horas entre eles. Tome os probióticos por um mínimo de 3 semanas e cuide da dieta. É reconhecido que uma grande variedade de alimentos específicos também pode aumentar a diversidade microbiana, aumentar os butirato e beneficiar a saúde. O amido resistente é um alimento que melhora a microbiota que alimenta o Ruminococcus Bromii, uma espécie importante envolvida na alimentação cruzada para manter o combustível intestinal ideal. Alimentos prebióticos adicionais incluem fibra dietética, polifenóis como os encontrados em mirtilos e chá verde, bem como 'carboidratos acessíveis à microbiota’ (CAMs)

Carboidratos acessíveis à microbiota (CAMs)

Os CAMs são carboidratos, frequentemente encontrados nas fibras dietéticas e em alguns tecidos animais, que podem ser usados ​​metabolicamente pelas bactérias intestinais. A fibra é comumente considerada a primeira consideração dietética para a saúde intestinal. No entanto, são os CAMs dentro da fibra que moldam o ecossistema microbiano.

Tomar probiótico e não consumir carboidratos acessíveis a microbiota (CAMs) vai impedir seu intestino e saúde de melhorarem. Dietas que restringem carboidratos podem ter seu lugar mas não podem ser eternas. Veja onde estão os CAMs:

- Amido resistente. Arroz, batata e aveia que foram cozidos e resfriados. Batata-doce, castanhas, ervilha, lentilha, banana-da-terra, banana verde, trigo sarraceno e yuka.
- Betaglucanos. Presentes em algas, aveia e cogumelos. Além de tratarem a disbiose ajudam a modular o sistema imunológico.
- Fruto-oligossacarídeos e inulina: alho, cebola, aspargos e banana.
- Mucilagem: ágar-ágar, chia, tomate e sementes de linhaça.
- Pectina: presente em mirtilos, groselhas, limões, tangerinas, maçãs, marmelos, laranjas e uvas.

Em resumo, frutas e vegetais protegem a diversidade e a funcionalidade do microbioma. A dieta ocidental típica com alto teor de gordura e baixo teor de fibras prejudica a diversidade microbiana e traz riscos à saúde.

Testes como este permitem a individualização da dieta, abrindo caminho para o encontro mais rápido de sua saúde. você recebe um desconto para fazer seu teste genético da microbiota, usando o código promocional andreiatorres no site da BiomeHub.

BENEFÍCIOS DAS FIBRAS

1) a fibra aumenta o volume das fezes e acelera o trânsito dos alimentos através do cólon,

2) a fibra é fermentada por bactérias intestinais para produzir ácidos graxos de cadeia curta (SCFA) (butirato, propionato, acetato) que aumentam a retenção de água e aceleram o movimento de alimentos através do cólon,

3) osAGCCs diminuem o pH do cólon aumentando o movimento dos alimentos através do cólon,

4) a fibra contém água. Todas essas coisas melhoram a consistência e a quantidade de fezes produzidas.

As ocasiões em que reduzimos mais o consumo de fibras é quando há diarreia ou SIBO. Mas não é para sempre.

Abaixo cito algumas marcas de fibras prebióticas. Antes do uso converse com seu nutricionista ou médico sobre a melhor opção par seu caso:

- Muke: inulina e frutooligossacarídeos (fos) e galactooligossacarídeos (gos) e goma guar (cyamoposis tetragonolobus)

- FiberFor - Fibra de Trigo, Frutooligossacaríos (FOS) e Inulina.

- FiberMais - Goma Guar Parcialmente Hidrolisada e Inulina.

- Fiber Balance - gomar guar parcialmente hidrolisada SUNFIBER e inulina

- Mix de fibras catarinense - inulina e polidextrose

- FOS maxinutri - frutooligossacarídeos (fos)

- Nesh fibras - inulina e goma guar

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Flapping como sintoma de estresse em pessoas com síndrome de Down e/ou autismo

Estereotipia é um comportamento repetitivo que serve para autorregulação. Para quem olha de fora pode parecer estranho, mas para quem está fazendo pode ser muito agradável. É uma condição benigna e autolimitada. O flapping é parecido como o bater de asas de um pássaro, um abanar as mãos na altura dos ombros. É mais comum entre crianças pequenas com trissomia do cromossomo 21 (síndrome de Down) ou autismo.

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Na síndrome de Down geralmente prolonga-se no máximo até os 6 anos. No autismo pode persistir em adolescentes ou mesmo em adultos. Muitas crianças com síndrome de Down fazem flapping mesmo não estando no espectro do autismo. O flapping é mais comum em situações de estresse, mas às vezes ocorre quando a criança está muito excitada ou feliz.

A pesquisa ainda precisa avançar muito na síndrome de Down. O consenso da sociedade de pesquisa em T21 discute as principais áreas de atenção, que exigem pesquisas aprofundadas na síndrome de Down. Entre elas, estão:

  • Coleta de dados robustos sobre a trajetória do neurodesenvolvimento, incluindo fala, linguagem e práxis oral.

  • Prevalência de transtornos neurológicos e/ou psiquiátricos, como transtorno de déficit de atenção/hiperatividade, autismo, depressão em pessoas com T21.

  • Melhor caracterização do microbioma de pessoas com T21.

  • Produção de informações de alto potencial para proporcionar benefícios de curto e médio prazo aos indivíduos com T21 e suas famílias.

  • Estudos que foquem no envelhecimento saudável.

  • Pesquisas em farmacogenética para uso mais seguro de medicamentos na T21.

Em outras fases da vida os sintomas do estresse podem ser bem diferentes

O estresse aumentado pode estar associado ao surgimento de sintomas físicos e psicológicos.

  • Psicológicos: angústia, nervosismo, irritação, impaciência, tontura, problemas de concentração e memória, dificuldade para dormir.

  • Sintomas físicos: aumento da queda de cabelo, dores de cabeça ou enxaqueca, tensão muscular, agravamento de alergias, piora da imunidade com mais facilidade em ficar doente, alterações gastrointestinais, palpitações cardíacas, suores, mãos frias ou molhadas.

Como controlar o estresse

Identificar as causas do estresse é o primeiro passo e isso varia de pessoa para pessoa, idade para idade, condição para condição. Troca de escola, troca de babá, morte de parente, divórcio dos pais, bullying, doença, são causas comuns para o estresse. Em jovens e adultos (com ou síndrome de Down) pode somar-se o excesso de atividades ou de uso de redes sociais.

Atendimento psicológico, atividade física, yoga, meditação, descanso, carinho ajudam no controle do estresse. Chás, como camomila, tília e valeriana também. Conheça práticas integrativas para o combate ao estresse:

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/