Flapping como sintoma de estresse em pessoas com síndrome de Down e/ou autismo

Estereotipia é um comportamento repetitivo que serve para autorregulação. Para quem olha de fora pode parecer estranho, mas para quem está fazendo pode ser muito agradável. É uma condição benigna e autolimitada. O flapping é parecido como o bater de asas de um pássaro, um abanar as mãos na altura dos ombros. É mais comum entre crianças pequenas com trissomia do cromossomo 21 (síndrome de Down) ou autismo.

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Na síndrome de Down geralmente prolonga-se no máximo até os 6 anos. No autismo pode persistir em adolescentes ou mesmo em adultos. Muitas crianças com síndrome de Down fazem flapping mesmo não estando no espectro do autismo. O flapping é mais comum em situações de estresse, mas às vezes ocorre quando a criança está muito excitada ou feliz.

A pesquisa ainda precisa avançar muito na síndrome de Down. O consenso da sociedade de pesquisa em T21 discute as principais áreas de atenção, que exigem pesquisas aprofundadas na síndrome de Down. Entre elas, estão:

  • Coleta de dados robustos sobre a trajetória do neurodesenvolvimento, incluindo fala, linguagem e práxis oral.

  • Prevalência de transtornos neurológicos e/ou psiquiátricos, como transtorno de déficit de atenção/hiperatividade, autismo, depressão em pessoas com T21.

  • Melhor caracterização do microbioma de pessoas com T21.

  • Produção de informações de alto potencial para proporcionar benefícios de curto e médio prazo aos indivíduos com T21 e suas famílias.

  • Estudos que foquem no envelhecimento saudável.

  • Pesquisas em farmacogenética para uso mais seguro de medicamentos na T21.

Em outras fases da vida os sintomas do estresse podem ser bem diferentes

O estresse aumentado pode estar associado ao surgimento de sintomas físicos e psicológicos.

  • Psicológicos: angústia, nervosismo, irritação, impaciência, tontura, problemas de concentração e memória, dificuldade para dormir.

  • Sintomas físicos: aumento da queda de cabelo, dores de cabeça ou enxaqueca, tensão muscular, agravamento de alergias, piora da imunidade com mais facilidade em ficar doente, alterações gastrointestinais, palpitações cardíacas, suores, mãos frias ou molhadas.

Como controlar o estresse

Identificar as causas do estresse é o primeiro passo e isso varia de pessoa para pessoa, idade para idade, condição para condição. Troca de escola, troca de babá, morte de parente, divórcio dos pais, bullying, doença, são causas comuns para o estresse. Em jovens e adultos (com ou síndrome de Down) pode somar-se o excesso de atividades ou de uso de redes sociais.

Atendimento psicológico, atividade física, yoga, meditação, descanso, carinho ajudam no controle do estresse. Chás, como camomila, tília e valeriana também. Conheça práticas integrativas para o combate ao estresse:

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Aumento da incidência de doenças autoimunes

A cada ano atendo mais pessoas diagnosticadas com doenças autoimunes, tanto no Brasil, quanto no exterior. O gráfico a seguir mostra o aumento da prevalência destas doenças nos Estados Unidos. Por que isso acontece por todo o mundo? A genética da população não mudou, o que mudou foi o estilo de vida.

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  • A dieta está mais monótona, menos frutas, verduras variadas, proteínas de boa qualidade e mais alimentos ultraprocessados, farináceos, açúcar e gorduras ruins.

  • Os níveis de estresse são gigantescos.

  • A poluição ambiental é imensa.

  • O sedentarismo de alguns e, por outro lado, o excesso de atividade física de outros é comum.

  • As pessoas pegam menos sol e a carência de vitamina D é generalizada.

Pessoas com menos de 20 ng/ml de vitamina D correm um risco maior de desenvolver doenças cardíacas, doenças autoimunes e alguns tipos de câncer. O ideal é que todos estivessem com concentrações plasmáticas entre 40 ng/ml e 60 ng/ml. Marque sua consulta de nutrição online!

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Suplementação de mioinositol no tratamento da síndrome dos ovários policísticos

Os inositóis são hexaóis de ciclohexano (ciclitóis). Existem nove estereoisômeros possíveis, mas 7 são inativos. O mais ativo é o mioinositol (que muita gente chama simplesmente de inositol) seguido do d-chiro-inositol.

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O inositol está naturalmente presente nas membranas das células, estando envolvido em sua sinalização, na ativação de transportadores e no uso da glicose. Já o d-chiro-inositol também é importante para a síntese e estoque de glicogênio (carboidrato).

Como a síndrome dos ovários policísticos (SOP) tem sido relacionada à resistência insulínica, o uso do mioinositol pode ser uma boa ideia. A falta de mioinositol nos ovários compromete a liberação do hormônio folículo estimulante (FSH) e a ovulação, gerando mais dificuldade para a mulher engravidar. Uma boa suplementação seria 4g de mioinositol + 400 mcg de ácido fólico (ou metilfolato se houver polimorfismo do gene MTHFR). Outras dicas para a mulher que deseja ficar grávida:

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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