Vitamina C pode ajudar a reduzir a dor

A dor é uma experiência sensorial e emocional incômoda associada a um dano real ou potencial a um tecido. A deficiência de vitamina C parece aumentar as dores músculo-esqueléticas. De fato, a dor é um dos sintomas da doença escorbuto, causada pela deficiência crônica de vitamina C. No escorbuto há sangramento dos tecidos, inchaço e aumento da sensibilidade em regiões como gengivas, articulações do quadril, joelho e tornozelo. O sangramento também pode aumentar dores ósseas.

A deficiência de vitamina C costuma ser mais comum em pacientes idosos hospitalizados e indivíduos com câncer. Trauma e cirurgia também podem esgotar as pequenas reservas de vitamina C do corpo, assim como o consumo excessivo de carboidratos simples. Mas pessoas que nunca consomem frutas e verduras também podem ter carência deste nutriente. Estudos mostram que nestes casos aumentam as dores nas costas e em articulações.

Não há consenso acerca do mecanismo analgésico da vitamina C. Uma das hipóteses é que o nutriente ajuda a reduzir o estresse oxidativo e a inflamação, os quais estão associados à dor. Outra questão é que a vitamina C é cofator na produção de neurotransmissores do tipo catecolaminas, que ajudam na analgesia (redução da dor). A vitamina C também parece participar da síntese de neuropetídios opióides e endorfinas, que também diminuem a dor. Obviamente, a vitamina C sozinha não fará milagres, mas é um importante componente na redução da dor.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Dieta e fibromialgia

A fibromialgia é uma síndrome clínica complexa. Tem como principal sintoma a dor em vários pontos do corpo, especialmente músculos e articulações. Outros sintomas incluem fadiga, cansaço, dificuldade de dormir, piora da memória, ansiedade, depressão e também alterações intestinais.

Alimentação de pacientes com fibromialgia

Sugiro que marque uma consuma para conversarmos sobre o teste nutrigenético. Enquanto isso inicie alguns testes:

  • Elimine alimentos contendo glúten, lactose e açúcar, devido ao seu potencial inflamatório;

  • Evite o uso de adoçantes e polióis pois desequilibram o intestino, causam disbiose e aumentam a inflamação, piorando a dor;

  • Pelo menos uma vez por ano adote um cardápio de baixo teor de FODMAP;

SUPLEMENTAÇÃO NA FIBROMIALGIA

1- Coenzima Q10: melhora a produção de energia nas mitocôndrias e tem ação antioxidante. Existe coenzima Q10 em alimentos como sardinha, espinafre e brócolis. Mas quem tem fibromialgia precisará de quantidades superiores, obtidas a partir da suplementação. Essencial após os 30 anos e a qualquer momento para quem toma estatinas (medicação para redução do colesterol).

2- Magnésio dimalato: promove o relaxamento muscular, aumenta a vasodilatação, diminui a inflamação, reduz cãimbras, melhora o sono, controla a pressão arterial, auxilia a eliminação de toxinas e a produção de energia mitocondrial.

3- Creatina: aumenta a reciclagem de energia, contribui para a manutenção da massa magra, melhora a sensibilidade a insulina e ajuda a diminui a dor.

4- GABA: níveis reduzidos deste neurotransmissor aumentam a percepção de dor. Aumentar a Neurotransmissão de Gaba é uma estratégia que auxilia na modulação da dor (Reckziegel et al., 2016).

5- RIBOSE: aumento de energia para contração muscular.

Estudos mostram que pacientes com fibromialgia também podem ter deficiência de aminoácidos de cadeira ramificada (leucina, isoleucina e valina), assim como de triptofano. Em uma recente revisão também foi demonstrado que deve-se atentar aos níveis de magnésio, L-carnitina e S-adenosilmetionina, nutrientes importantes para redução da inflamação e geração de energia na célula. 

Durante a consulta conversaremos também sobre o uso de fitoterápicos como boswellia serrata, moringa, própolis e outros suplementos como ômega-3, astaxantina, vitaminas antioxidantes e vitamina D. Mas lembre-se, a complexidade da doença exige a melhoria do estilo de vida como um todo. Durma bem, pratique atividade física, adote estratégias para combate ao estresse, dieta antiinflamatória, sem glúten (Rossi et al., 2015). E que faça yoga, alongue-se, medite, ouça música relaxante, aprenda sobre o uso de óleos essenciais antiinflamatórios.

Yoga, meditação e massagens ayurvédicas com óleo de gergelim também contribuem para a redução da dor (Carson et al., 2010; Hennard, 2011Meneguzzi et al.., 2011). O curso online de terapias integrativas e complementares com ênfase em yoga, meditação e ayurveda está com inscrições abertas. Saiba mais aqui: http://andreiatorres.com.br/curso/yoga

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

NUTRIENTES QUE REFORÇAM AS DEFESAS NATURAIS DO CORPO

Cada hormônio, enzima e anticorpo produzidos pelas células dependem de nutrientes. Para reforçar as defesas naturais e evitar infecções não pode faltar:

  • Proteína - seja de fonte animal (carnes, laticínios, ovos), seja de origem vegetal (feijão, lentilha, ervilha, grão de bico)

  • Zinco - sua falta provoca diminuição de células de defesa. Ostras, semente de abóbora e girassol e oleaginosas (castanhas, nozes e amêndoas) são boas fontes.

  • Vitamina A - apoia o sistema imune por potencializar a resposta de linfócitos T e melhorar a integridade das células. Consuma frutas e verduras amarelas e alaranjadas pois são fontes de carotenos que serão convertidos em vitamina A.

  • Vitamina C - possui ação antioxidantes e é aliada no risco de infecções respiratórias. Capriche nas frutas cítricas.

  • Vitamina D - estudos têm mostrado que níveis adequados de vitamina D reduz o risco de complicações pelo coronavírus. Banhos de sol regulares e suplementação para aumentar os níveis para pelo menos 40 ng/mL.

  • Fitoterápicos como astragalus, sabugueiro, própolis combatem bactérias e reforçam o sistema imune.

  • Ervas e condimentos como gengibre, tomilho e orégano reduzem infecções de repetição. Use na sopa, na salada, nos molhos…

  • Melatonina:

A quantidade é individual. Tenho uma série no YouTube sobre alguns nutrientes e muito mais na plataforma t21.video.

Alimentos alergênicos pioram a imunidade

Reduza o consumo de glúten, de alimentos ultraprocessados, de doces, refrigerantes e frituras. Existem também testes genéticos que avaliam a propensão a alergias. Algumas pessoas são mais alérgicas a leites, outras à clara do ovo, à oleaginosas como amendoim… Cada pessoa é diferente. Os testes nutrigenéticos nos auxiliam a conhecer mais nossa individualidade. Marque sua consulta aqui.

Também pioram a imunidade:

  • Bebidas alcoólicas

  • Privação de sono

  • Tabagismo

  • Falta de exercício

  • Dietas restritivas

  • Deficiência de nutrientes

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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